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Pesquisa tem o peso maior no ranking do ensino universitário

Conferência internacional do Enapi mostra como universidade italiana trabalha pesquisa e internacionalização


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Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa tem o peso maior no ranking do ensino universitário
Vianello: exemplos de atuação em pesquisa e na internacionalização

A Università di Padova, a segunda mais antiga da Itália e que foi fundada em 1222, se organiza em atividades de pesquisa com 32 departamentos, 41 centros de orientação para cuidar das produções de maior investimento e 7 organizações de pesquisa, que cuidam das transferências de recursos financeiros provenientes da Europa, de empresas e do governo italiano. A própria universidade investe 20 milhões de euros por ano em pesquisas básicas, geralmente na área das ciências sociais, que dificilmente consegue obter recursos externos. Tudo isso é motivado pelo fato de que a pesquisa tem o peso maior nas avaliações que definem o ranking internacional do ensino universitário.

As informações são do pesquisador italiano Fábio Vianello, mestre em bioquímica e doutor em biofísica, vinculado ao Departamento de Biomedicina Comparada da universidade que tem oito séculos de práticas científicas e por onde passaram professores que deixaram seus nomes na história universal, como o físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano Galileu Galilei e o astrônomo e matemático polonês Nicolau Copérnico. Dentre os 78 mestrados, 52 especializações e 34 doutorados, vários cursos são ofertados na língua inglesa, exatamente para atender a questão da internacionalização, que também ocorre em relação aos 99 cursos de graduação.

Vianello proferiu a conferência de abertura do 21º Encontro Anual de Pesquisa Institucional e Iniciação Científica (Enapi), evento precursor do Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe), na manhã desta quarta-feira (19), no auditório Azaleia, campus II da Unoeste. O tema foi “Internacionalização da pesquisa e responsabilidade ambiental”, de tal forma que o conferencista deu ênfase especial ao mestrado em meio ambiente e sustentabilidade e o envolvimento da universidade no Grupo de Coimbra, que consiste numa rede de 38 universidades de 23 países da Europa, com o comprometimento de 224 mil professores que atendem 1,2 milhão de alunos.

A agência de avaliação do ensino superior na Itália leva em consideração a pesquisa como elemento principal, seguindo os padrões de exigência internacionais. O ensino vem a seguir e finalmente a extensão que é denominada 3ª missão e sua prática ocorre desde a escola primária. Na universidade, essa missão está mais afeita à emissão de patentes e as criações de startups que mantêm atividades de transferência de tecnologia, gerada pela pesquisa, para todo o território. O montante financeiro do investimento em pesquisas depende da qualidade do que é produzido em cada departamento, no qual o ingresso do professor contempla o bom currículo, o que significa produção e publicação científica.

“O sistema trabalha para que o jovem construa um bom currículo, capaz de permitir o seu acesso em qualquer instituição universitária do mundo”, pontuou Vianello para falar da ampla infraestrutura aberta aos alunos, tais como salas de estudo, serviços em tutoria, estágio e ajuda em programas de intercâmbio, laboratório para aprender a língua italiana, destinado aos estrangeiros, e laboratório de língua inglesa, com a finalidade de melhorar a recepção dos que procedem de outros países. A universidade é pública, mas o aluno paga a taxa de 2,5 mil euros por ano. Para quem tem baixa renda existe a oferta de bolsa. O aluno tem a possibilidade de trabalhar nos campis, no máximo 150 horas por ano.

Dos 32 departamentos, 28 são na cidade e 4 ficam no campo e são chamados de departamentos agrícolas que possuem laboratórios para os estudos em ciências agrárias e fazenda experimental. No Departamento de Biomedicina Comparada, citado como exemplo, são 40 professores e todos possuem boas relações com instituições estrangeiras de diferentes países, incluindo o Brasil, como é o caso de Vianello que todo ano vem ao Brasil para atuar no Laboratório de Biotecnologia do campus da Unesp em Botucatu (SP) e que atende estudantes de várias regiões brasileiras.

Ao falar especificamente em pesquisas no meio ambiente, o conferencista citou alguns exemplos que ainda estão no papel, como é caso da produção de nanopartículas de ferro que não afundam e podem ser mantidas na superfície para retirar cromo, elemento químico altamente tóxico, da água de mananciais. Com a mesma finalidade, existe outro estudo que resultou na fabricação de protótipo de equipamento, devidamente patenteado. E os estudos podem levar o pesquisador de uma área para outra, no que citou seu próprio caso de biólogo no trabalho da construção de protótipo mecânico.

A conferência proferida por Vianello foi precedida do pronunciamento de abertura do Enapi, feito pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste Dr. Adilson Eduardo Guelfi, que prestou agradecimentos a todos os envolvidos na realização do evento que pela primeira vez recebeu aporte financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação (MEC). Falou sobre o processo de internacionalização da Unoeste, que tem estimulado intercâmbios de pesquisadores e também de alunos da graduação.

Guelfi agradeceu, especialmente, ao Programa de Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional pela presença de pesquisadores internacionais no Enepe, o que resultou das relações buscadas no exterior. Na mesa oficial da cerimônia também esteve o pró-reitor Acadêmico Dr. José Eduardo Creste, na condição de representante do chanceler da Unoeste, Agripino Lima, e da reitora Ana Cristina de Oliveira Lima. O cerimonial foi conduzido pelo professor Ricardo Gabriel de Araújo. Dentre os presentes, estiveram a coordenadora pedagógica da Unoeste, Aparecida Darcy Alessi Delfim, e o membro do Núcleo Administrativo do Enepe, Dr. Jair Rodrigues Garcia Júnior. A apresentação musical da cantora e compositora Kayná dos Santos.

Entre as várias atividades do Enapi realizadas durante a manhã estiveram as comunicações orais, apresentações de trabalhos que concorrem ao Prêmio Científico Unoeste e dois minicursos, sendo o de “Tecnologia Assistiva: recursos de alto e baixo custo para a área do Transtorno do Espectro Autista”, ministrado por Ana Virgínia Isiano Lima e Ana Mayra Samuel da Silva, da Unesp. O minicurso “A representação de questões socioambientais pelo discurso literário” foi dado pelo Dr. João Adalberto Campato Júnior, da Faculdade da Alta Paulista (FAP). 

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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