Estudo avalia resposta da cana em adubação com boro e zinco
Maiores produtividades são atingidas com aplicação de zinco na medida de 2kg/hectare, chegando a alcançar 10%



Considerando a importância da cana-de-açúcar na economia nacional e internacional, a engenheira agrônoma Fernanda Forli Marangoni desenvolveu estudo científico para avaliar a resposta da cana-de-açúcar à adubação com os micronutrientes boro e zinco na tentativa de estabelecer teores nutricionais adequados em solos de baixa fertilidade, como são os do oeste paulista, região de Presidente Prudente. O experimento apresentou resultados interessantes, conforme o orientador Dr. Carlos Sérgio Tiritan. Dentre os quais, o de que as maiores produtividades foram atingidas com o zinco aplicado na proporção de 2kg por hectare, sendo que num experimento o aumento foi de 6% e em outro chegou a 10%.
Fernanda apresentou os resultados do estudo na manhã desta sexta-feira (11), ao fazer a defesa pública de sua tese: a terceira do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Agronomia, coordenado pelo Dr. Fábio Fernando de Araújo e vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) da Unoeste, que é o único do Brasil, em termos de instituições particulares, a oferecer doutorado. Ao falar da adubação adequada, a autora do estudo disse que os micronutrientes são essenciais e que, na falta deles, a planta não completa o ciclo dela. Discorreu sobre a importância do boro e do zinco, cuja ausência no solo ou em quantidade insuficiente causa deficiências e anomalias nas plantas.
Sem o boro, as folhas ficam pequenas, deformas e quebradiças. A falta de zinco afeta o desenvolvimento das plantas. Estes são alguns dos sintomas dentre outros expostos durante a apresentação avaliada por cinco examinadores, professores da casa e convidados externos. A cana utilizada no experimento foi da variedade BR 867515, a mais cultivada do Brasil e que apresenta características interessantes, como as de velocidade de crescimento, ampla adaptabilidade e de baixa exigência em nutrição mineral, ao ponto de se desenvolver bem em solos arenosos e de apresentar resistência hídrica. Os experimentos ocorreram na Usina Alto Alegre, na Unidade Floresta.
A instalação ocorreu no final de 2012, precedida de análise do solo, fato que se repetiu no final de 2013 com o cana-planta (primeiro corte) e no ano seguinte com a cana-soca (segundo corte). Assim sendo, foi possível comparar os contrastes. Conforme a autora do estudo, as análises não apresentaram resultados significativos; porém, interessantes. As maiores produtividades foram constadas na cana-planta. Feita a apresentação, Fernanda se submeteu às arguições da banca examinadora e ao final foi aprovada para receber o título de doutora em Agronomia, a ser outorgado pela PRPPG.
Compuseram a banca, juntamente com o coordenador Tiritan, os doutores Godofredo César Vitti e Eduardo Zavaschi, ambos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), onde Fernanda fez o mestrado; e pela Unoeste Tiago Aranda Catuchi e José Eduardo Creste, que também é pró-reitor Acadêmico. Fernanda exerce a atividade docente, lecionando no curso de Agronomia da Unoeste.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste