Estudo avalia influência de vitaminas B para as orquídeas
Busca de melhor resultado com menor quantidade na dosagem representa melhor resultado econômico ao produtor



Por pertencerem a um grupo de nutrientes orgânicos, as vitaminas são essenciais no desempenho de diversas funções no metabolismo de seres vivos. Atuam como antioxidantes e indutores de resistência. A carência pode acarretar problemas de desenvolvimento e crescimento. O excesso pode ser tóxico. Existem poucos estudos sobre o assunto em relação às orquídeas e tudo isso motivou o biólogo Leandro Haruo Sawamura a produzir estudo científico com o objetivo de avaliar a influência das vitaminas do complexo B, na busca de melhor efeito, utilizando menor quantidade na dosagem. Portanto, barateando custo e, consequentemente, gerando melhor resultado econômico para o produtor.
As avaliações foram sobre as vitaminas Tiamina (B1), Nicotinamida (B3) e Piridoxina (B6) para as seguintes espécies de orquídeas: Cattleya labiata, Cattleya walkeriana e Cattleya brevicaulis. Foram utilizadas sementes obtidas junto ao Banco de Sementes de Orquídeas do Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais da Unoeste. Foi realizado o cultivo in vitro das espécies, com diferentes concentrações de vitaminas para avaliações dos seguintes parâmetros: comprimento da raiz, comprimento da parte aérea, número de brotos e a massa seca. As vitaminas apresentaram efeitos isolados, com recomendação de 0,05 miligramas por litro da B1 e 0,125 tanto da B3 quanto da B6.
O trabalho recebeu a orientação do Dr. Nelson Barbosa Machado Neto que, desde 2007, juntamente com sua esposa a também pesquisadora Ceci Castilho Custódio, está inserido na comunidade científica internacional vinculada ao Millennium Seed Bank Project, o projeto global de armazenamento de sementes que tem a finalidade de preservar a biodiversidade mundial, para o qual contribui com estudos de conservação e maturação de semente de orquídeas. O casal, entre 2013 e 2014, passou oito meses desenvolvendo pesquisas no Kew Royal Botanic Gardens, o Jardim Real Botânico da Inglaterra.
A pesquisa desenvolvida por Sawamura, junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia – mestrado e doutorado, resultou em dissertação apresentada na sessão de defesa pública instalada pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) da Unoeste na manhã desta segunda-feira (19). O trabalho foi avaliado pelos doutores Fabiana Lima Abrantes, da Unoeste, e Ricardo Tadeu Faria, da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Sawamura foi aprovado para receber o título de mestre em Agronomia.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste