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Aguapé é recomendável para fitorremediação na suinocultura

Recomendação vem de estudo comparativo utilizando plantas aquáticas para amenizar poluição por dejeto


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Foto: João Paulo Barbosa Aguapé é recomendável para fitorremediação na suinocultura
Camila Pinaffi foi aprovada para receber o título de Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional

Em experimentos científicos desenvolvidos no segmento da suinocultura com o uso da fitorremediação - a tecnologia que utiliza plantas para melhoria da qualidade ambiental - foram usadas três espécies de plantas aquáticas, mais encontradas na região de Presidente Prudente, com potencial de remoção de nutrientes: aguapé, alface d`água e salvínia. O estudo que reuniu os experimentos, com sete avaliações de parâmetros físico-químicos promoveu análise química dos tecidos das plantas e encontrou maior eficiência no aguapé. Sendo assim, a engenheira ambiental Camila Dias Pinaffi, recomenda aos criadores de suíno a utilização dessa planta em processo de fitorremediação para amenizar a carga poluente dos dejetos líquidos.
 
O estudo foi realizado junto ao Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) da Unoeste. A dissertação produzida pela autora do estudo foi levada à defesa pública durante a manhã desta quarta-feira (5), com a orientação do Dr. Carlos Henrique dos Santos, que na banca examinadora esteve acompanhado de seus colegas Suzana Chiari Bertolli e José Eduardo Creste, na condição de convidado externo, ainda que esteja vinculado à Unoeste, já que está inserido no Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia, com oferta em mestrado e doutorado. Para Creste, a utilização da fitorremediação é algo atrai a atenção ao estudo voltado para o manejo ambiental.
 
O caráter de ineditismo no contexto institucional e no âmbito regional, mediante o emprego dessa técnica utilizada para minimizar poluentes do meio ambiente, faz de Camila uma referência no assunto, e na visão de Creste, poderá ser fonte das mídias impressa, radiofônica, televisa e online; ou até mesmo para atuar em perícias judiciais. A qualidade da pesquisa foi elogiada pelos examinadores, considerando aspectos como dedicação, quantidade de experimentos, redação do texto da dissertação seguindo a dinâmica de causas e efeitos, e apresentação segura, própria de quem domina o assunto, ao ponto de expressar claramente os dados obtidos. A banca também fez apontamentos voltados ao aperfeiçoamento do trabalho.
Foto: João Paulo Barbosa Camila com o orientador Santos e os examinadores Suzana e Creste
Camila com o orientador Santos e os examinadores Suzana e Creste

 
Camila escolheu a suinocultura por ser um setor expressivo no país social e economicamente, mas requer adequação de manejos ambientais devido à geração de dejetos que geram danos ao meio ambiente e problemas de saúde pública. O Brasil é um país exportador de carne suína, a produção está concentrada na região sul, seguida pela sudeste. Na região de Prudente, na qual a produção está mais voltada à subsistência, despontam Iepê e Mirante do Paranapanema, município com maior número de assentamentos e assentados pela reforma agrária no país, respectivamente 37 e 1650 famílias. Os criadores brasileiros costumam utilizar os dejetos como fertilizante do solo, mas o excesso pode causar problemas ambientais, a exemplo da lixiviação como processo condutor para os mananciais.
 
Os experimentos em fitorremediação foram conduzidos em ambiente aberto na área agronômica do campus II, junto ao Centro Zootécnico, com instalações de 16 caixas d´água de policloreto de vinil (PVC), com capacidade para 350 litros, divididas em quatro grupos. Cada caixa recebeu 250 litros de água e dejetos líquidos de suinocultura (DLS) na proporção de 50%, sendo o grupo testemunha sem nenhuma planta e os outros três, cada um com uma das espécies escolhidas para o tratamento dos efluentes. Foram cinco ciclos experimentais, de outubro a dezembro de 2015 e de março a setembro de 2016. Foram utilizados os laboratórios da universidade.
 
As análises contemplaram os seguintes parâmetros: condutividade elétrica, potencial hidrogênico (pH). Oxigênio dissolvido (OD), turbidez, demanda química de oxigênio (DQO), teor de fósforo (P) e teores de nitrogênio amoniacal – amônio e amônia – e nitrato (NH). Também foram avaliadas as taxas de volatização de NH4? do sistema. O aguapé (Eichhornia crassipes) foi mais eficiente na limpeza de DSL em relação ao alface d´água (Pistia stratiotes) e salvínia (Salvinia auriculata). Daí, a recomendação do aguapé para fitorremediação na suinocultura, trabalho da Camila que foi aprovada para receber o título de Mestre em Meio Ambiente e de Desenvolvimento Regional.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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