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Narguilé, ritalina e álcool: você faz uso de algum deles?

São drogas lícitas, mas todas podem provocar dependência e causar efeitos severos à saúde


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Foto: Mariana Tavares Narguilé, ritalina e álcool: você faz uso de algum deles?
Semana de Prevenção ao uso de Drogas realizada no Teatro César Cava

Atualizada no dia 11/04, às 16h

Álcool, narguilé e ritalina: o que eles têm em comum? Primeiramente, são drogas lícitas, mas todas podem provocar a dependência e causar efeitos colaterais severos à saúde. No caso da ritalina, trata-se de um medicamento controlado, com indicação para tratamento de doença específica, porém, seu uso sem orientação médica aumenta cada vez mais para uma finalidade que não compensa seu custo-benefício. Essas três substâncias, comuns principalmente entre os jovens, foi assunto discutido na 19ª Semana de Prevenção ao Uso de Drogas, evento organizado pela Liga de Toxicologia do curso de Medicina da Unoeste.

Se você se orgulha em dizer que não tem nenhum vício, mas quando está na rodinha com os amigos utiliza o narguilé, saiba que essa prática pode ser pior que fumar um cigarro comum. O pneumologista Ricardo Benetti explica que o narguilé é um dispositivo para inalação de fumaça aromatizada, mas tudo depende da substância que o usuário irá utilizar nele. “Do ponto de vista do tabaco, que é o mais utilizado, a ideia inicial é que ele seria um dispositivo que conseguisse filtrar a parte dos malefícios da fumaça do cigarro, mas isso já foi comprovado que não acontece. Infelizmente, em algumas substâncias ele até potencializa a inalação. Acaba sendo pior que o cigarro comum, porque a quantidade de fumaça inalada com esse método é muito maior que a de um cigarro”.

O pneumologista pontua que por ser um instrumento também de socialização, os jovens ficam horas inalando aquela fumaça, sendo que ninguém fica horas fumando um cigarro sem parar. “Estudos mostram que, nessas circunstâncias, os efeitos acabam sendo muito mais danosos. E muitas vezes os usuários não utilizam apenas o fumo comum, misturam com outros tipos de drogas ilícitas que potencializam seu dano. É importante frisar que qualquer substância utilizada nesse dispositivo é prejudicial, pois tudo é fumaça, contém nicotina, alcatrão e alguns hidrocarbonetos que são altamente cancerígenos”, comenta Benetti, que reforça a questão da falta de regulamentação para a compra do narguilé. “A justificativa é que não é aparelho que faz mal, mas sim o que se coloca dentro para fumar, explicação que não faz sentido algum”.

Já a ritalina é um medicamento eficiente para o tratamento de saúde, indicado principalmente para o transtorno de déficit de atenção e hiperativismo. E mesmo sendo de uso controlado, tornou-se comum no ambiente universitário. Na expectativa de melhorar a cognição, a memória e a atenção, jovens se submetem ao uso indiscriminado dessa droga que pode causar diversos malefícios se não tiver acompanhamento médico. “O primeiro deles é a dependência. Depois, existe o risco de desencadear problemas psiquiátricos como quadro de ansiedade, transtorno de pânico ou psicótico, além de outros sintomas e efeitos colaterais importantes, como taquicardia e convulsões. É um estimulante que tem um efeito semelhante ao da cocaína, não com a mesma intensidade”, alerta o médico psiquiatra Alexandre Duarte Gigante.

A toxicologista e professora da Unoeste, Rita de Cássia Bonfim Leitão Higa, que está à frente do evento desde a sua primeira edição, reforçou a importância de se discutir o tema “droga” no ambiente acadêmico, como forma de prevenção. Segundo ela, os assuntos discutidos são sugeridos pelos próprios acadêmicos. Na ocasião, ela falou sobre o álcool e chamou a atenção para a expressão beber socialmente. “Você bebe somente aos finais de semana, mas é uma cerveja ou uma caixa de cervejas?”.

A médica frisa a importância de se divertir com limite, que a bebida seja utilizada para celebrar com moderação, e não como abuso ou dependência química. “O alerta principal é: se beber, não dirija! O álcool é o que mais tem levado nossos jovens a acidentes graves. Neste fim de semana estive no Rio de Janeiro e vi dois jovens mortos em acidente de trânsito ocorrido na madrugada, logo relacionamos o ocorrido com a bebida. Nenhuma mãe merece chorar pela morte de um filho. A droga lícita causa dependência e malefícios tanto quanto a ilícita. Além dos problemas que causam à saúde, também destrói famílias, afeta a vida social e profissional da pessoa”, ressalta.

Abertura – A cerimônia de abertura contou com a apresentação do coral do Projeto Aquarela, o qual emocionou o público e recebeu uma calorosa salva de palmas. Além dos palestrantes, a mesa principal foi composta pela coordenadora pedagógica do curso de Medicina, Nilva Galli; pelo secretário municipal de Saúde de Presidente Prudente, Valmir da Silva Pinto; pela aluna Juliana Silva Mateus, representando a Liga de Toxicologia; e pela psicóloga e professora Cecília Emília de Oliveira Creste.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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