Carne de cordeiro mais saudável e livre de medicamentos
Pesquisa aponta o emprego de probióticos como alternativa; manejo mais natural proporciona uma carne de qualidade

A busca por produtos naturais na alimentação humana é uma tendência. Nesse sentido, tem se procurado alternativas para melhorar o desempenho dos rebanhos de cordeiros e, consequentemente, oferecer uma carne livre de resíduos medicamentosos, por meio de alternativas como o emprego de probióticos (organismos vivos).
Com características que agradam até os paladares mais requintados, a carne de cordeiro é muito bem aceita pelo consumidor brasileiro, seja por conta das vitaminas que oferece, ou até mesmo pelo baixo índice calórico. Para atender esses e outros consumidores que buscam alimentos saudáveis, os ovinocultores têm utilizado os probióticos (mais naturais) em substituição aos antibióticos, que são amplamente usados nas produções animais. Mas será que os probióticos são recomendáveis para esse tipo de manejo? Uma pesquisa desenvolvida pelo curso de Zootecnia da Unoeste comprova que sim!
“Ficou evidente que o uso do probiótico atrelado a uma dieta com alta concentração energética gera um bom desempenho dos animais com velocidade de ganho de peso. Constatou-se, também, que a carcaça gerada pelos animais da raça Texel é de excelente qualidade, com boa cobertura de gordura”, explica a Dra. Marilice Zundt, docente responsável pelo estudo.

Segundo a docente, as pesquisas já demonstraram que é possível ter matrizes com boa produção de leite, “em períodos com menos de 150 dias, alcançando peso vivo entre 30 a 35 kg e carcaças com rendimento variando de 48 a 54%, garantindo assim animais diferenciados para serem colocados no exigente mercado consumidor”.
Para o ovinocultor Mario Xavier Martins, 54, a contribuição da universidade no desenvolvimento de estudos nesse setor é fundamental para a região. Há sete anos atuando nessa cadeia produtiva, expõe que existe uma demanda crescente pela carne de cordeiro. Entretanto, uma das dificuldades encontradas pelos ovinocultores na região é a falta de informação sobre o setor. “O trabalho realizado pela Unoeste é muito bem-vindo, pois nos permite visualizar resultados que podem ser aplicados em nossa propriedade como, por exemplo, o uso do probiótico no manejo dos nossos animais”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste