Grafite e outras atividades oferecem protagonismo escolar

A oferta de protagonismo escolar busca maior engajamento dos alunos, visando melhoria do aprendizado, na Escola Estadual Professor Miguel Omar Barreto, localizada no Parque Shiraiwa, zona oeste de Presidente Prudente. Em pesquisa-ação sobre questão ambiental aplicada junto aos professores, em estudo no Programa de Mestrado em Educação da Unoeste, foram definidas seis atividades a serem trabalhadas com os alunos. Uma delas é o grafite enquanto expressão cultural, cuja criação e aplicação em uma das paredes, na terça-feira (30) desta semana, também proporcionaram empoderamento.
 
Com os alunos no centro das atividades inseridas no processo educativo e com a ação social trabalhada coletivamente em todas as etapas de produções das atividades, o protagonismo e empoderamento foram estimulados nas oficinas preparatórias para o grafite, escolhendo os desenhos e local a serem aplicados. A geógrafa autora do estudo Ariane Barilli de Matos explica que, juntamente com sua orientadora Dra. Raimunda Abou Gebran, no primeiro semestre deste ano foram realizados encontros quinzenais com os professores, em Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC), às quartas-feiras após às 18h.
 
“Inicialmente trabalhamos com os professores, buscando as ideias deles, para saber o que havia de demanda, de possibilidades e limites. Então, para vermos o que era viável”, comenta Ariane. Para dar cores e mais vida ao ambiente escolar, foram duas atividades com grafite: as oficinas e a confecção da arte na parede de maior visibilidade da escola, ao lado do hall de entrada e de frente ao pátio, refeitório e quadra coberta. As outras atividades são plantio de mudas de árvores, já ocorrido; documentação fotográfica, em andamento; mutirão de limpeza do espaço de área verde, implantação da coleta seletiva, construção do bicicletário e exposição fotográfica, a serem realizados.
 
Estão envolvidos alunos dos cursos de graduação em Design Gráfico, Artes Visuais, Design de Interiores, Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Ambiental, juntamente com as professoras Luli Hata, Leila Esturaro, Yeda Maria Ruiz e Fabiane Lima Alves. A frente das oficinas e da produção do grafite na parede, a professora Luli comenta que os alunos estão, realmente, se sentido empoderados. A escolha foi trabalhar com alunos do 6º ano do ensino fundamental, por serem os que desde agora permanecerão mais tempo na escola, considerando os quatro anos para fechar o ciclo e mais três anos de ensino médio. As ações têm o apoio da diretora Maria das Dores Pereira Stadella.

Foto: João Paulo Barbosa