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Banho de picão-preto associado ao chá gera melhores efeitos

Pela 1ª vez é feita avaliação científica sobre o banho; efeito é potencializado com a ingestão do chá


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Foto: João Paulo Barbosa Banho de picão-preto associado ao chá gera melhores efeitos
Picão-preto, de nome científico Bidens pilosa, é uma erva daninha com efeitos medicinais

Pela primeira vez foram avaliados em estudo científico os efeitos do banho de picão-preto, planta cujo nome científico é Bidens pilosa e tradicionalmente utilizada pela cultura popular para tratar icterícia, doença comum em recém-nascidos, provocada por bilirrubina no sangue e que deixa a pele e a parte branca dos olhos amareladas. Já havia estudos sobre a ingestão do chá da erva e o novo experimento buscou saber se o banho apresenta o mesmo efeito em relação ao consumo por via oral. Ambos apresentam resultados, mas foi detectado como melhor efeito a utilização conjunta do banho e a ingestão do chá.

A pesquisa foi desenvolvida pela bióloga Cristiane Martinez Ruiz Pegoraro com a orientação da pesquisadora Dra. Gisele Alborghetti Nai que já havia conduzido outro trabalho utilizando o chá do picão-preto para avaliar o efeito protetor ao câncer, constando a redução de danos do ácido desoxirribonucleico (DNA). Porém, diante do uso popular da erva daninha em banho para combater a icterícia, daí a ideia de avaliação dessa forma de aplicação em busca de efeitos medicinais, com a constatação de que aliada à ingestão do chá melhora os efeitos protetores do fígado, rins e intestino.

O estudo de Cristiane sustentou a produção de sua tese no doutorado em Fisiopatologia Animal junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência Animal da Unoeste. Tese apreciada pelos avaliadores como um estudo importante e inédito, que serve como base para outros estudos. Na defesa pública na segunda-feira (5) a banca contou com a orientadora, dois professores doutores vinculados à instituição e dois convidados externos pela Unesp, respectivamente Fernando Antônio Pinto Anjolette, Rosa Maria Barilli Nogueira, José Carlos Silva Camargo Filho e Homero Marques Gomes.
Foto: João Paulo Barbosa Banca examinadora da tese: Anjolette, Gomes, Cristiane, Gisele, Rosa Maria e Camargo Filho
Banca examinadora da tese: Anjolette, Gomes, Cristiane, Gisele, Rosa Maria e Camargo Filho


Para a Dra. Gisele foi um momento muito importante para o programa e para a universidade, por ser a primeira defesa de uma tese do doutorado nessa área, sendo que no doutorado em Agronomia a primeira defesa de tese ocorreu em dezembro de 2015 pelo zootecnista Paulo Claudeir Gomes da Silva. No seu entendimento, formar doutores mostra a evolução da universidade na área de pós-graduação, cuja produção insere a Unoeste na comunidade científica brasileira e até mesmo internacional, contribuindo com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia.

Cita como exemplo essa produção de Cristiane, por atender às políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) que tem aproveitado e estimulado a produção de medicamentos fitoterápicos, produzidos através de ervas, que são menos tóxicos e mais baratos. A política nacional implantada em 2006 pelo Ministério da Saúde tem liberado gradativamente ao longo dos anos novos medicamentos à base de plantas medicinais. A Dra. Gisele acredita que a produção utilizando o picão preto como matéria prima poderá vir a fazer parte da lista de liberação de fitoterápicos; pelos benefícios mostrados nas pesquisas realizadas na Unoeste e em outras instituições.  

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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