Arquitetura vai muito além à formação profissional
Núcleos propõem aprendizados com experiências extracurriculares; estrutura moderna potencializa conhecimento

Atender a matriz curricular com todas as disciplinas obrigatórias é importante. Só que a graduação em Arquitetura e Urbanismo da Unoeste vai muito além. Com conceito 4 (CPC) pelo Ministério da Educação (MEC), o curso se diferencia pelas ações complementares, que saem da sala de aula para o desenvolvimento completo dos acadêmicos.
A estrutura é outro fator importante! No Laboratório de Desenho e Representação Gráfica, por exemplo, o aluno se inscreve e atua na área como forma de aprofundar o que viu em aula. Na Maquetaria, os futuros arquitetos usufruem de mobília diferenciada num ambiente de 250 m², que permite a construção do conhecimento, a troca de experiências e a formação profissional. Além do Laboratório de Conforto, que preza pela modernidade dos equipamentos, como o heliodon e o túnel de vento, intensificando a sensação no local.
“Enxergamos que tirar o estudante da sala de aula é fundamental. Cria possibilidades de discussão e uma reflexão diferente. São muitas experiências trocadas, nestes espaços os alunos estão se encontrando”, segundo a coordenadora do curso Marcela do Carmo Vieira; ela afirma que o arquiteto precisa ter vivências e, desta forma, os estudantes acabam se aproximando mais dos professores. “Quem participa tem outro olhar”, pontua.

Visão de estudante – Com senso crítico aguçado, a acadêmica do 6º termo, Juliana Barreto da Silva veio de São Paulo e está engajada nas atividades do curso; é a presidente do Centro Acadêmico do Curso de Arquitetura e Urbanismo (Cacau), outro diferencial da graduação. “É uma das atividades que resolvi assumir desde o primeiro semestre do curso. Buscamos profissionais de fora, que compartilhem suas experiências no atual mercado de trabalho, dão dicas de como aproveitar o ambiente acadêmico e criar essa reflexão”, explica Juliana.
Ela conta que a Arquitetura e Urbanismo da Unoeste possibilita mais do que a formação profissional, já que “leva a tomada de diversos posicionamentos, desenvolvendo a visão sobre o mundo, a sociedade, o meio ambiente e as artes”. A atuação em atividades extracurriculares tem o papel de complementar o ensino, por isso, além do Cacau, a Juliana se encontrou no Núcleo de Projetos em Arquitetura e Urbanismo (NPAU). “Após começar a frequentar os encontros, vi que era realmente o que sempre busquei. Lá estudamos e visitamos obras importantes e desenvolvemos debates enriquecedores”, ressalta a acadêmica.
Os núcleos – Essa ideia de integração, relacionando teoria e prática para vislumbrar uma formação completa, passa pela criação do NPAU, em julho de 2016. A responsável, professora Cristiana Alexandre Pasquini pensa em desconectar as atividades da sala de aula. “É aprendizado por meio de extensão, realizando visitas e conhecimentos de obras. É levar o aluno para conhecer arquitetura produzida”, explica a docente, que apresenta a realidade de produção arquitetônica aos estudantes. “Eu atuo na área profissional e docente, então quero que o aluno transite entre o discurso e a prática”, completa.
O núcleo foi um dos responsáveis pela realização do Entre Meios, evento que reuniu grandes nomes da arquitetura nacional na Unoeste no ano passado. Já no próximo mês, em maio, os alunos do NPAU visitam as obras do renomado arquiteto João Batista Vilanova Artigas, em Londrina (PR). E diferenciais também são ofertados por outro núcleo, o de Projeto e Extensão em Urbanismo – Práticas colaborativas em Presidente Prudente; criado em 2017 pelos docentes Yeda Ruiz Maria e Victor Martins Aguiar, que conta com 60 alunos de graduação.
“É um diferencial do curso, um estímulo à pesquisa. A busca é por fazer uma arquitetura humanizada”, afirma Yeda que explicou algumas das ações. “Tínhamos o núcleo, mas não a identidade visual. Então resolvemos que os alunos deviam criá-la. Assim se aproximam”. Recentemente, visitaram o pico da neblina e montaram o mobiliário efêmero, que é o aproveitamento de “lixos urbanos” para confecção de móveis em praças colaborativas e espaços públicos.
Além disso, uma atividade social de tratamento a crianças com problemas sociais, em parceria com a Psicologia, está prevista para maio, em Mirante do Paranapanema. “Fazemos com que lidem com problemas reais, assim ganham mais comprometimento. O arquiteto deve enxergar além do que está vendo ali, precisa pensar à frente”, finaliza a docente.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste