Fisioterapia apresenta trabalhos em congresso internacional
Universitários do curso que expuseram estudos no evento integram a Liga Acadêmica de Fisioterapia Baseada em Evidências (Lafbe)

A paixão pelos esportes de força e fisiculturismo motivou Pedro Rocha Tenorio, 26, a cursar Fisioterapia na Unoeste. Já para Fernanda Lumi Sasaki, 23, a escolha pela graduação ocorreu depois de conhecer um pouco mais da área por meio do namorado que precisou fazer sessões de fisioterapia. Com motivações distintas, esses universitários têm aspectos em comum: possuem afinidade pela área da pesquisa e apresentaram seus estudos no 35º Congresso Mundial e 30º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte. Realizado no Rio de Janeiro (RJ), entre os dias 12 e 15 de setembro, os eventos foram promovidos pela International Federation of Sports Medicine (FIMS) em parceria com a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).
Fernanda é de Suzano (SP) e cursa o 6º termo da graduação, enquanto Tenorio é prudentino e está no 4º termo. Os dois universitários são da Liga Acadêmica de Fisioterapia Baseada em Evidências (Lafbe) e foram os primeiros integrantes do grupo que levaram estudos para um evento. “Apresentei uma pesquisa que avalia e compara a composição corporal e a capacidade funcional de pacientes cardiopatas divididos em dois grupos: convencional e de realidade virtual”, explica Fernanda.
Sobre os resultados demonstrados no evento realizado na cidade carioca, a acadêmica diz que, ambos os grupos revelaram capacidade funcional muito boa. “Já em relação à composição corporal, não houve um efeito positivo, algo que não era esperado. Como esse estudo foi realizado em oito semanas sem acompanhamento nutricional, acredito que, para se obter informações mais consistentes é preciso que essa análise ocorra em um período superior a 12 semanas com acompanhamento nutricional”.
Em relação ao seu trabalho, Tenorio descreve que o tema central é o exercício resistido, onde realizou a junção de três experimentos investigando os últimos anos de literatura ligada ao assunto. “Busquei embasamento que contradiga o paradigma do treinamento físico e das recomendações em torno do alongamento, ou seja, se devemos ou não alongar antes dessa prática e como ele impacta na capacidade de produção de força ou volume de treino”, explica.
O universitário acrescentou ainda que foram realizados testes em 64 indivíduos de três grupos musculares diferentes. “Constatamos que alongar antes de uma atividade física, pelo menos a resistida, pode causar a diminuição das capacidades referentes ao exercício como força ou o volume do treino. Esse resultado pode interessar quem pretende extrair o máximo do treino como, por exemplo, atletas de alto desempenho. A principal ideia que defendemos é que o alongamento pode ser substituído por outras rotinas de aquecimento”, conclui.
Além das apresentações, os acadêmicos aproveitaram todas as atividades proporcionadas pelos congressos. “É a primeira vez que participo de um evento desse tipo. Imaginava que a faculdade seria algo monótono sabe? O famoso ciclo estudos, provas, emprego, às vezes, desemprego ou possuir um trabalho em uma área não desejada. Mas, depois desse congresso, vi que a gente pode sonhar e buscar ser o que realmente quer! Foi uma experiência muito boa”, destaca Fernanda.
Tenorio acrescenta ainda que expor o seu estudo nesse congresso foi uma oportunidade de representar a universidade, mas também de levar o nome da Lafbe, da qual também é presidente. “O networking proporcionado foi gigantesco. Conheci muitas pessoas importantes do mundo esportivo e também das áreas da ciência do esporte e da saúde. Enriqueci o meu currículo com a apresentação do meu trabalho que também terá o resumo publicado nos anais da Revista Brasileira de Medicina”, encerra.
Para a professora Ana Paula Coelho Figueira Freire, docente coordenadora da Liga Acadêmica de Fisioterapia Baseada em Evidências, a participação dos acadêmicos em eventos científicos é de extrema relevância, pois amplia os conhecimentos que contribuem para a prática clínica do fisioterapeuta e é um diferencial no currículo. “Os alunos vivem uma experiência ímpar com a oportunidade de conhecer profissionais considerados referências em suas áreas, fazendo novos contatos e visualizando diferentes trabalhos”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste