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Iniciativa apoia combate à leishmaniose em Três Lagoas (MS)

Trabalho científico é realizado por meio da colaboração de pesquisadores que atuam nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul


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Foto: João Paulo Barbosa Iniciativa apoia combate à leishmaniose em Três Lagoas (MS)
Encontro com o pró-reitor da Unoeste, Dr. Adilson Eduardo Guelfi

 A cidade de Três Lagoas está entre os municípios com maior incidência de leishmaniose visceral humana do Mato Grosso do Sul. Somente neste ano, foram 134 casos notificados e seis confirmados até o dia 22 deste mês, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde. Mas não é de hoje que esse problema é uma preocupação de saúde pública na cidade de 105 mil habitantes, a terceira maior do Estado, sendo a capital Campo Grande, a primeira, com 805 mil habitantes e, a segunda, Dourados com 200 mil. As notificações oficiais existem desde 2012 e, o combate à doença, ganha agora uma aliada de peso: ação científica interinstitucional, na qual, a Unoeste está envolvida.
 
Nesta quinta-feira (27), dois professores Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), campus de Três Lagoas (MS), estiveram em Presidente Prudente (SP). O médico Luis Fernando Baldino Lopez e o biomédico Alex Martins Machado, que lecionam no curso de medicina da instituição sul-mato-grossense foram recebidos por Luiz Euribel Prestes Carneiro (médico infectologista) e Lizziane Kretli Winkelströter Eller (farmacêutica e bioquímica), respectivamente, coordenador e vice-coordenadora do mestrado em Ciências da Saúde. Durante a manhã, participaram de um encontro com o pró-reitor da Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da universidade, Dr. Adilson Eduardo Guelfi, para dar início à formalização de um termo de cooperação técnica, voltado à colaboração científica.
 
Guelfi destacou a importância da pós-graduação stricto sensu em Ciências da Saúde, incluindo o fato de estar envolvida interinstitucionalmente com profissionais do laboratório regional do Instituto Adolfo Lutz e o centro regional da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), órgãos vinculados à Secretaria Estadual de Saúde. Juntos e com apoio de outros parceiros em diferentes ações fazem de Presidente Prudente, um centro de referência em estudos sobre a leishmaniose visceral humana, uma das doenças tropicais negligenciadas (DTNs) que mais mata no mundo, geralmente, transmitida pela picada do mosquito-palha, vetor que tem o cachorro como um dos hospedeiros. Esse inseto é proliferado facilmente em regiões de clima quente e úmido no verão.
 
O controle epidemiológico depende de vários aspectos como questões ambientais, cães infectados, diagnóstico, tratamento das pessoas e ações públicas sobre o controle do lixo urbano e dos animais. De tal forma, a obtenção de dados é essencial para que estudos científicos possam contribuir no combate à doença. Em Três Lagoas (MS), os dados oficiais vão de 2012 a 2017, havendo a necessidade da busca de informações do período anterior, já que a doença entrou no Brasil por Corumbá, no extremo oeste do Mato Grosso do Sul e, na fronteira com a Bolívia, com as primeiras notificações em humanos no começo dos anos 80. Em Três Lagoas, no extremo leste, uma das razões de incidência da doença está ligada ao crescimento urbano desordenado.
 
Foto: Cedida Lourdes, Machado, Lopez, Carneiro, Marisa, Creuza, Geni e Dina
Lourdes, Machado, Lopez, Carneiro, Marisa, Creuza, Geni e Dina

Essas informações começam a ser discutidas e serão aprofundadas em estudos de colaboração científica, envolvendo professores e estudantes de graduação e pós. O segundo encontro foi realizado no Instituto Adolfo Lutz, órgão que atua como laboratório central de saúde pública e é responsável pelas referências técnico-científicas utilizadas em ações de vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental. Lopez, Machado e Carneiro estiveram reunidos, para dar continuidade à busca de parcerias de cooperação técnica, com a diretora técnica de saúde II, Marisa Menezes Romão e, a pesquisadora científica responsável pelo Laboratório de Leishmaniose, Lourdes Aparecida Zampieri D´Andreia.
 
Também participaram do encontro, a diretora técnica de saúde I, Esperdina Silva de Paula Foltran, do Núcleo de Ciências Biomédicas e, as técnicas do Laboratório de Parasitologia, Creuza Batista Menezes e Geni Urias. O interesse na produção colaborativa em Três Lagoas (MS) entra em um circuito previsto de estudos nas cidades de Prudente, Dracena, Assis e Adamantina com pesquisas retrospectivas e perspectivas. Conforme Carneiro, conhecer a doença do ponto de vista epidemiológico é tão importante quando à questão clínica e, isto, está inserido no projeto pedagógico do mestrado em Ciências da Saúde que contempla a população regional vulnerável, as pessoas privadas de liberdade e a capacitação docente.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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