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Produção científica promove tecnologia verde no meio rural

Pesquisadores do Brasil e do Reino Unido fecham etapa de estudos e os resultados beneficiarão produtores


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Foto: João Paulo Barbosa Produção científica promove tecnologia verde no meio rural
Atividade na Fazenda Experimental da Unoeste, em Bernardes

Em quatro dias de intensas atividades, membros do Grupo Nucleus – formado por pesquisadores do Brasil e do Reino Unido – avaliam como positivo o encontro realizado esta semana na Unoeste, de terça-feira (26) a esta sexta-feira (29). Cada parceiro apresentou os resultados de suas pesquisas em busca de melhor eficiência do uso de nitrogênio em sistemas de produção agropecuária. Os dados passam a ser trabalhados e a próxima etapa estará em levar tecnologia para os produtores rurais.

A maior parte das atividades ocorreu no campus II da Unoeste, em auditório e salas de aulas, com programação iniciada terça à tarde e encerrada na manhã desta sexta. A quinta-feira foi reservada para visitas de campo, no Pontal do Paranapanema. Pela manhã na Fazenda Experimental que a universidade mantém em Presidente Bernardes, onde foi possível ver e trocar informações científicas sobre o experimento que utiliza feijão guandu para fixar nitrogênio no solo, em cultivo integrado com pastagem.

Experimento que trabalha com a introdução da tecnologia verde, de baixo custo e de melhor qualidade do alimento vegetal para humanos e animais, com reflexos positivos na produção de carne.  O guandu possibilita melhor eficiência na fixação de nitrogênio no solo, evitando a perda desse nutriente que pode, inclusive, contaminar os rios. O aproveitamento influi ainda no aspecto econômico, com a redução de nitrogênio na adubação mineral. 

Também foi oportunidade para conhecer experimento, realizado na mesma fazenda, sobre sistema de rotação de cultura, apresentado pelo Dr. Tiago Aranda Catuchi, professor pesquisador vinculado à Unoeste. O representante da Unoeste no Nucleus, o professor pesquisador Dr. Carlos Henrique dos Santos, pontuou que “esse grupo de pesquisadores do Brasil e do Reino Unido busca estratégias para melhor fixação de nitrogênio no solo e isso é uma preocupação mundial”.

À tarde foi apresentada a aplicação prática do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) na Fazenda Campina Grande, de propriedade de Carlos Viacava, no município de Caiuá. Tecnologia que supera os problemas do solo arenoso, para produzir soja e pastagem de qualidade. Um solo que retém pouca água; apresenta baixo teor de matéria orgânica; e tem baixa condição em armazenar nutrientes naturais. Porém, mediante tratos culturais e manejo é possível produzir bem.

O zootecnista Juliano Roberto da Silva mostrou áreas de pastagens da fazenda de Viacava e dois lotes do rebanho bovino: um com novilhas precoces que entraram em produção aos 12 meses e outro com vacas com 24 meses e segunda gestação. São animais com peso que variam entre 300 e 450 quilos que passam por seleção para escolha das matrizes, sendo os demais destinados ao abate. Tudo isso tem a ver com a qualidade da alimentação em pastos excelentes.

O encontro presencial na Unoeste do Grupo Nucleus, que se mantém permanentemente conectado pelas novas tecnologias, foi o derradeiro dos realizados no Brasil e no Reino Unido, de 2016 para cá. O coordenador do curso de graduação e da pós-graduação stricto sensu em Agronomia, que oferece mestrado e doutorado, Dr. Carlos Sérgio Tiritan, disse que esse evento é um marco muito importante para a Unoeste, por abrir fronteiras para o trânsito de mão dupla de pesquisadores e alunos.

“A qualidade das nossas pesquisas despertou a atenção de todos os envolvidos, mas especialmente dos pesquisadores estrangeiros. Eles gostaram dos resultados e isso nos coloca em condições de igualdade”, comentou o coordenador.  A aluna do doutorado Flávia Alessandra Mignacca, que fez a graduação e mestrado na Unoeste, manifestou contentamento em poder participar do encontro e ampliar o seu network; e pela satisfação em estudar em uma instituição muito elogiada pelos visitantes.

Isabô Melina Pascoaloto, que faz doutorado na Unesp em Botucatu, falou que todos ficaram realmente impressionados com a Unoeste. Entre os participantes foram só elogios à recepção, à estrutura e à qualidade do ensino, pesquisa e extensão. Também elogios ao grupo liderado no Brasil pelo Dr. Ciro Antônio Rosolem, vinculado à Unesp, e no Reino Unido pelo Dr. Sacha Mooney, da rede Nottinghan, que envolve os centros de pesquisas Rothamsted e as universidades de Bangor e Aberdeen. 

No Brasil também estão envolvidos: Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Federal Goiano, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Goiás, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Universidade Federal de Goiás (UFG) e Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O aporte financeiro é da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Maranhão (Fapema) e de Goiás (Fapeg).

A realização na Unoeste obteve o apoio da Reitoria e contou com as presenças, em diferentes momentos, dos pró-reitores de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Dr. Adilson Eduardo Guelfi; e o Acadêmico, Dr. José Eduardo Creste.  Mais um encontro de pesquisadores do Brasil e do Reino Unido faz parte do processo de internacionalização da universidade, com intercâmbios de envio e recepção de alunos e professores da graduação e pós-graduação.


Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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