Estudo sobre olho seco é difundido em revista top da ciência
Pesquisa que utiliza cães que servem de modelo para humanos conquista publicação internacional de alto impacto

Pesquisa sobre olho seco em cães, desenvolvida junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência Animal na Unoeste, ganha projeção internacional com a publicação de artigo na revista Stem Cell Research, mídia científica de alto impacto (fator 3.9). A publicação é comemorada no programa e na universidade.
O estudo foi realizado em pesquisa de doutorado do farmacêutico Marcos Sgrignoli que no final do ano passado obteve o título de doutor, orientado pela professora e pesquisadora Dra. Silvia Maria Caldeira Franco Andrade. Outros profissionais e estudantes de pós-graduação e graduação estiveram envolvidos.
O estudo teve o caráter interinstitucional ao envolver a professora pesquisadora Dra. Márcia Guimarães da Silva, da Faculdade de Medicina do campus da Unesp em Botucatu. Também envolveu a professora pesquisadora Dra. Gisele Alborghetti Nai, da Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (Famepp/Unoeste).
Pela empresa de biotecnologia Regenera Stem Cells, com sede em Campinas, participaram as pesquisadoras doutoras Michele Andrade de Barros, Maura Krähembühl Wanderley Bittencourt e Bruna Pereira de Morais. Também pelo doutorado em Ciência Animal esteve envolvida Danielle Alves Silva e Danielle Antonelli Motta Sgrignoli.
Pelo mestrado em Ciência Animal participou Felipe Franco Nascimento e pela graduação, em iniciação científica, os seguintes alunos: Heloíse Rangel Dinallo, Bruna Toledo Duran Foglia, Wellington Bott Cabrera e Elaine Carrion Farese. A pesquisa durou três anos: de 2016 a 2018.
Foi desenvolvida com o auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e com o aporte financeiro do Regenera. O estudo também contemplou a extensão com tratamento médico veterinário em 50 animais, dos quais 22 passaram por todo experimento durante seis meses, sem custo para os proprietários.
Todavia, para tratar de cada animal o custo foi de pelo menos R$ 6 mil. O estudo trabalhou com imunomarcadores “para aferir padrão de inflamação e de reação imuno mediada, aquela que o próprio organismo produz”, conforme a Dra. Silvia. Os tratamentos apresentaram resultados positivos.
A revista produzida pela empresa Elsevier, com sede em Amsterdã, que é a capital da Holanda, é voltada para a medicina humana. O interesse pelo estudo feito no Brasil decorre do fato de que cães servem como modelo de estudos em oftalmologia que poderão ser aplicados em humanos.
Ao comentar sobre a importância do financiamento de pesquisa obtido junto à Fapesp e ao Regenera, respectivamente com R$ 76 mil e cerca de R$ 300 mil, a Dra. Silvia disse que a pesquisa também contemplou a parte clínica e envolveu outros estudos no Hospital Veterinário da Unoeste, beneficiado com um microscópio de última geração.
A publicação pode ser acessada pela internet.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste