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Simpósio põe em relevo a importância da iniciação científica

Estudo de abertura das apresentações no Enepe discute a saúde mental de estudantes universitários no Brasil


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Foto: Homéro Ferreira Simpósio põe em relevo a importância da iniciação científica
Thiago Iamada Porto: iniciação conta para o currículo e na residência médica

A 27ª edição do Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe) foi encerrada sexta-feira (21) na Unoeste com a realização do Simpósio de Iniciação Cientifica (SIC); o dia todo. Os estudos apresentados deixaram explícita a relevância do trabalho de professores pesquisadores com alunos de cursos da graduação. O primeiro estudo, dentre 25 da programação, foi sobre avaliação de correlações da Síndrome de Burnout com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em estudantes universitários; cujo resultado da pesquisa é o de que se configura uma certa intimidade do transtorno com a síndrome.

“Estima-se que este estudo forneça dados significativos que ampliem o conhecimento a respeito da temática, bem como as produções cientificas na literatura nacional”, diz a Dra. Camélia Santina Murgo, orientadora do autor do estudo Thiago Iamada Porto, aluno do 5º ano do curso de Medicina da Unoeste em Presidente Prudente. Estudo na linha de outros estudos contemporâneos que têm apresentado correlações positivas entre Burnout e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em estudantes universitários. 

Estendida para o campo estudantil

A síndrome de Burnout é um processo que conduz um indivíduo à perda da capacidade adaptativa dentro do trabalho. Ainda que descrita para o meio laboral, sua definição se estende para o campo estudantil sendo apresentada em três dimensões: exaustão emocional, descrença e eficácia profissional. Pesquisas sobre os biomarcadores da síndrome relataram queda rápida do cortisol pela manhã e respostas diminuídas em níveis mais graves; conforme o levantamento teórico para embasar o estudo em iniciação científica. 

Ainda como embasamento, há a informação de que o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, cuja definição não se limita a aspectos cognitivos, também associa-se com resposta ao cortisol diminuída. Tanto o Burnout como o TDHA podem trazer impactos para o desempenho acadêmico e comprometer os estados de saúde mental.  Dessa forma, conforme a Dra. Camélia, a pesquisa teve como objetivo verificar a prevalência da síndrome de Burnout e as possíveis correlações entre suas dimensões com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

Foto: Homéro Ferreira Público: estudantes e professores pesquisadores na abertura do SIC
Público: estudantes e professores pesquisadores na abertura do SIC

Pesquisa de abrangência nacional

Na avaliação das correlações foram alcançados estudantes do ensino superior de cursos de diferentes áreas do conhecimento das cinco macrorregiões brasileiras, mediante o uso das novas tecnologias. Fizeram parte do estudo 751 participantes, a maioria do sexo feminino (71,9%) com idade média de 23 anos. Para a coleta dos dados foram utilizados três instrumentos: questionário sócio demográfico, Escala de Burnout de Maslach para Estudantes (MBI-SS) e a Escala Aldult Self-Report Scale (ASRS-18). A coleta de dados foi realizada a partir da estratégia Snowball. Foi gerado um formulário on-line (Google Forms) e o link divulgado em redes sociais. 

Para análise dos dados, foram realizadas estatísticas descritivas da amostra, com a construção de dois modelos de variáveis latentes, por meio a uma modelagem por equações estruturais.  A orientadora afirma que o estudo em questão tem impacto muito importante, por discutir a saúde mental dos estudantes universitários. Comenta que Thiago trabalha com pesquisa quantitativa e se apropriou muito do que é fazer análises estatísticas robustas nessa área. “Além de estudar o tema, que tem total intersecção com educação e saúde, buscou muito conhecimento para ser pesquisador e ganhou notável domínio de técnicas de análises de dados”, pontua.

Currículo e prova de residência

Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic/Unoeste) pela segunda vez, com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Thiago fez a primeira pesquisa sobre suicídio e também foi orientado pela Dra. Camélia que é psicóloga. Naquela ocasião sentiu a necessidade de se aprofundar em estatística e análise de dados. Foi em busca de conhecimentos e os associou com programação computacional. Oriundo do ensino médio no Colégio Átomo de Presidente Prudente, o estudante de medicina diz que o primeiro passo para a iniciação científica é chamar a atenção de um professor orientador, o qual irá dedicar parte de sua atenção e energia ao estudante. 

A obtenção de bolsa é vista por ele como processo desafiador, incluindo a submissão para banca de avaliadores; e que a melhor fase é a pesquisa, da coleta de dados à produção do artigo. Vê como parte mais difícil a submissão de artigo aos pareceristas de um periódico científico; mas que a publicação dá muito prazer. O artigo do estudo apresentado no simpósio, tomado como exemplo da relevância que tem a iniciação científica, foi submetido à revista Ciências Psicológicas, do Uruguai, de impacto A-4.  Thiago classifica a iniciação científica como muito importante, inclusive por dar peso ao currículo e contar para a prova de residência médica.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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