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Estudo com bolsa Fapesp busca benefícios na região portuária

Contribuição à saúde contempla moradores de Guarujá que convivem com altos índices de poluição ambiental 


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Foto: Cedida Estudo com bolsa Fapesp busca benefícios na região portuária
Gabrielly, Dra. Marceli e Isabella Valverde que faz parte do grupo de estudos e de apoio à pesquisa

Estudo científico avalia os efeitos da poluição atmosférica no sistema respiratório, cardiovascular e na qualidade de vida de idosos e crianças moradores de área portuária no município de Guarujá. Realização com aporte da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que concede ao projeto a primeira bolsa de iniciação científica ao campus local da Unoeste. Outra importante contribuição é da Prefeitura de Guarujá, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

A pesquisa é conduzida pela professora Dra. Marceli Rocha Leite e tem como pesquisadora principal a aluna Gabrielly Cristina Mattos da Silva que nasceu e mora na cidade há 26 anos, que estudou na rede pública e fez o ensino médio na Escola Técnica (Etec) Alberto Santos Dumont. Gabrielly passou sete anos estudando em casa, na busca de pontuar bem no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e conseguir bolsa para estudar medicina.

Altos índices de poluição 

Outros alunos envolvidos: Isabella Fernanda Sobral Valverde de Souza, Marco Antônio Zandoni Junior, Luana Serra dos Santos, Júlia Costa Tsukamoto, Karoline Santos Batista e Israel Nascimento dos Santos; do grupo de estudos “Exposições ambientais e de compostos inalados na saúde humana”, cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Colaboram as professoras Dra. Fernanda Maria Machado Rodrigues, Dra. Maíra Barreto Malta e a especialista Giulianna Forte.

Conforme a Dra. Marceli, a pesquisa leva em consideração que o setor portuário está diretamente ligado à poluição atmosférica devido à operação de carga e descarga (fonte geradora de poeira), à atividade industrial e às descargas atmosféricas da combustão dos navios e dos veículos, principalmente caminhões, que transportam as mercadorias até o porto. A literatura científica já evidenciou prevalência de altos índices de poluição ambiental em regiões portuárias de todo o mundo, incluindo no Brasil.

Busca de saber o impacto

Então, explica que o estudo pretende analisar se a poluição atmosférica produzida pela atividade portuária tem impacto na qualidade de vida, bem como no sistema respiratório e cardiovascular de crianças e idosos moradores da região. “Espera-se encontrar alterações significativas na população que confirmem esse impacto”, pontua e conta que o porto da cidade de Santos é o maior complexo portuário da América Latina e responde pela movimentação de quase um terço das trocas comerciais brasileiras.

“O projeto é muito singular e pioneiro, buscando relacionar como as alterações ambientais impactam na saúde humana. Identificar os aspectos ambientais e seus impactos na saúde da população é a primeira de uma sequência de tarefas a serem executadas para a elaboração do plano de ações de um sistema de gestão em saúde”, explica. Sobre o benefício acadêmico da pesquisa, a Dra. Marceli afirma ser muito significante para a pesquisadora principal e aos demais envolvidos.

Benefícios para a sociedade 

“O projeto permite que a discente participante do curso de Medicina pudesse ter seu primeiro contato com a pesquisa científica, introduzindo-a ao universo da medicina baseada em evidências, um dos pilares da profissão. O projeto também envolve outros discentes que farão parte da pesquisa e que também receberão bolsa que os auxiliará ao decorrer do projeto, sendo proveniente do financiamento concedido pela Prefeitura de Guarujá”, explica.

O benefício social está em contemplar a saúde de moradores das proximidades de regiões portuárias. “Medir e avaliar os efeitos da exposição à poluição do ar na região se mostra de fundamental importância na tentativa de dimensionar o problema e fornecer subsídios para ações que busquem a redução da contaminação e, consequentemente, dos efeitos adversos produzidos, principalmente nas crianças e idosos que são populações mais suscetíveis aos efeitos da poluição, bem como os demais moradores da região”, diz a Dra. Marceli em relação ao estudo que irá até fevereiro de 2025. 

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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