CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Estudo sobre vacinação de gestante gera alerta para a região

Dentro do universo da pesquisa com 544 parturientes e abrangência em 45 municípios são 9% sem vacinas anotadas em cartão


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: Homéro Ferreira Estudo sobre vacinação de gestante gera alerta para a região
Autor do estudo aprovado para receber o título de Mestre em Ciências da Saúde, o médico ginecologista e obstetra Luís Antônio Gilberti Panucci

No Cartão da Gestante a vacinação está entre as informações do pré-natal que segue protocolo de monitoramento da saúde da mãe e do bebê. Diante do fato do recém nascido não ter um sistema imunológico completo, o médico ginecologista e obstetra Luís Antônio Gilberti Panucci decidiu pesquisar sobre a vacinação de gestante. Durante nove meses, de agosto de 2022 a abril de 2023, buscou informações junto a 544 parturientes de 45 municípios: Presidente Prudente e região. Dentre os dados encontrados está o de que 9% delas não tinham as vacinas anotadas em cartão.

A pesquisa foi desenvolvida junto ao Programa de Mestrado em Ciências da Saúde, vinculado à Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) da Unoeste, com a orientação do médico infectologista Dr. Luiz Euribel Prestes Carneiro, co-orientação do estatístico Dr. Edilson Ferreira Flores, professor do campus da Unesp em Prudente; e com a colaboração em iniciação científica da estudante de Medicina da universidade Luiza Sant´Anna Pinheiro. A avaliação de dissertação e aprovação, na manhã desta quarta-feira (23), deixou evidente a importância do estudo para o sistema regional de saúde.

Para o orientador, o estudo tem notoriedade por ser inédito, pelos resultados alcançados e pela possibilidade de publicação em revista científica de alto impacto. A avaliadora Dra. Lourdes Aparecida Zampieri D´Andrea, bióloga do Instituto Adolfo Lutz e com expertise em várias áreas da saúde, afirmou ser uma contribuição de relevância para a saúde pública. O também avaliador Dr. Rodrigo Sala Ferro, infectologista mestre e Doutor em Ciências da Saúde, destacou a importância do estudo de Luís Panucci para a atenção básica em saúde, a porta de entrada dos usuários de sistemas de saúde.

Foto: Homéro Ferreira Componentes da banca de defesa pública: orientador Dr. Luiz Euribel e avaliadores Dra. Lourdes D´Andrea e Dr. Rodrigo Sala Ferro
Componentes da banca de defesa pública: orientador Dr. Luiz Euribel e avaliadores Dra. Lourdes D´Andrea e Dr. Rodrigo Sala Ferro

Alguns dados levantados

O estudo apresenta a história e importância da vacina, desde 1347 com a Peste Negra; o histórico da vacina no Brasil; vacinas com foco no calendário das grávidas - difteria, tétano e coqueluche (dTpa),  Influenza (gripe), Hepatite B e Covid-19; as vacinas individuais em situações especiais e as contraindicadas; e a ideia da pesquisa com pacientes do Hospital Estadual Dr. Odilo Antunes de Siqueira, em Prudente, onde são realizados cerca de 180 partos por mês e atende parturientes de 45 municípios que  abrigam 750 mil habitantes.

Do universo pesquisado, 37% não responderam a nenhuma pergunta do questionário formulado pelo autor do estudo. Das 63% que responderam e dentre os dados levantados está a constatação de que 9% disseram não ter tomado nenhuma vacina na gestação.  A maior cobertura vacinal tem sido nas maiores cidades do oeste paulista que são Presidente Prudente, Dracena e Presidente Epitácio. Nas outras 42 cidades os índices são menores. Partos em adolescentes no período do estudo teve o índice de 5%, menor no que se tem de registros pelo Brasil afora, sendo que no Nordeste alcança 25%.

Falta informação básica

Outro dado interessante, possivelmente no sentido de ser preocupante, é que em 20% do Cartão da Gestante não consta a idade da paciente. Dado apontado pelo autor do estudo como fundamental, inclusive por sua experiência que caminha para o 24º ano no hospital estadual. Gestantes com menos de 15 anos e mais de 40 têm pré-natal de alto risco.  O estudo tem o título “Cartão da Gestante: avaliação da cobertura vacinal e compreensão sobre imunização em parturientes de uma maternidade pública terciária de referência em São Paulo, Brasil”.

As conclusões são de registros negligenciados no oeste paulista; baixa cobertura vacinal versos baixas anotações das vacinas; as cidades maiores tiveram maior cobertura vacinal quando comparadas com as cidades menores; e que, apesar dos problemas elencados, a região oeste do estado de São Paulo apresenta índices de cobertura vacinal melhores que os apurados em estudos realizados nas regiões Norte e Nordeste e no estado de Minas Gerais. São dados importantes e que podem contribuir com tomadas de decisões no sistema regional que atende parturientes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

GALERIA DE FOTOS

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem