MedMelodia emociona pacientes no Santo Amaro
Grupo de estudantes criou o projeto que, ao longo do semestre, visitará unidade hospitalar do Guarujá aos sábados

No último sábado (16), o Hospital Santo Amaro (HSA), em Guarujá, testemunhou um evento especial que trouxe um toque de música e alegria às suas instalações. Estudantes do curso de Medicina da Unoeste em Guarujá deram início ao projeto de extensão MedMelodia, uma iniciativa que visa proporcionar apresentações culturais aos pacientes todo sábado, no período da tarde, até o fim deste semestre.
O primeiro encontro ocorreu na enfermaria do HSA. Divididos em grupos, os alunos realizaram apresentações que incluíram duas músicas cantadas, uma instrumental e a recitação de uma poesia, tudo planejado para trazer conforto e entretenimento aos internados e seus acompanhantes.
O diretor de ensino do hospital, Dr. Hermano Poubel, enfatizou a importância da iniciativa na formação acadêmica dos estudantes, destacando a humanização do cuidado médico. Para a psicóloga Samira Mouhssen Elmat, que acompanhou a apresentação, momentos como este são essenciais tanto para o bem-estar emocional dos pacientes e seus acompanhantes, como também para os colaboradores do hospital. “Para os funcionários, só o fato de estar trabalhando aos finais de semana não é fácil. Ter o grupo aqui faz diferença, pois quebra a rotina para os pacientes e funcionários. É sensacional”.
Iniciativa aprovada
A administradora Debora Freitas estava acompanhando o pai João Batista da Silva em internação no momento em o grupo entrou no quarto. "Eu achei ótimo e fez todo mundo chorar. Eles deixaram o ambiente mais leve e arrancaram sorrisos dos pacientes e dos acompanhantes. Meu pai foi atrás deles para pedir a música Carinhoso [Pixinguinha]. Eles voltaram e cantaram só pra ele. Até gravei um vídeo".
Jonathan Bryan Costa, membro da diretoria do projeto, expressou sua satisfação com o primeiro dia do MedMelodia. "Quando entramos no primeiro quarto, acompanhados da psicóloga, aquelas pessoas que estavam com semblante triste começaram a olhar diferente e sorrir. O que fizemos também foi positivo para a gente, ter esse contato humano. Na faculdade aprendemos a necessidade de ter um tratamento humano com o paciente e poder colocar isso em prática por meio da arte gerou pontos positivos. Eu saí de lá extremamente reflexivo e até chorei", disse o estudante.
Talita Rabelo, coordenadora do MedMelodia, também destacou a emoção ao longo do primeiro dia de ação. "Para mim, essa é a realização de um sonho. O primeiro dia foi emocionante. Uma paciente pediu para que a gente cantasse a música “Beija-flor” [da dupla Henrique e Juliano] e passou a música inteira chorando. Quando a gente terminou de cantar, ela disse que beija-flor era a mãezinha dela que a deixou. Nossa intenção é, para o próximo semestre, ampliar a atuação para outras áreas do hospital, como hemodiálise", explicou.
Para ela, o impacto desse projeto para os estudantes de Medicina é transformador. “Nos ajuda a ver a realidade do outro e refletir. Muitos alunos choraram, lembraram da família, dos avós, pensaram no sentido da vida”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste