Medicina possui ótimos índices de ambientalização curricular
Constatação em estudo científico é feita junto ao mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional

Analisar o processo de ambientalização curricular na Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (Famepp) foi centro de pesquisa desenvolvida junto ao Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, pelo qual a Unoeste oferta mestrado e doutorado. Nas análises feitas pelo médico psiquiatra Samuel Augusto Ferreira Aurélio, dentre os resultados encontrados estão os de que mais de 60% das disciplinas e 76% dos planos de ensino apresentaram indicadores vinculados às questões socioambientais, ante 10% verificados em outros estudos em cursos superiores espalhados pelo Brasil.
A dissertação levada à defesa publica na tarde dessa quarta-feira (22) teve a orientação da professora doutora Maíra Rodrigues Uliana, com avaliação da coordenadora do programa, Dra. Alba Regina Azevedo Arana; e da convidada externa Dra. Eulaidia Araújo, da Rede Internacional de Ações Sustentáveis (RIAS) e do Instituto de Formação Empreendedora e Educação Financeira (IFEE). As avaliadoras aprovaram a dissertação com elogios ao conteúdo, qualidade do texto e a defesa feita pelo autor que se tornou apto para receber o título de mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.
Prevenção e controle de riscos à saúde
Na pesquisa quanti-qualitativa, mediante revisão bibliográfica e com análise documental do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), Plano Pedagógico de Curso (PPC) e planos de ensino das disciplinas, houve a aplicação da ferramenta localizar do editor de texto Microsoft Word para encontrar indícios de ambientalização por meio de radicais-chaves. O estudo “Universidades sustentáveis: ambientalização curricular no curso de Medicina da Unoeste, Presidente Prudente/SP” esteve vinculado a um dos Programas de Pesquisa Interdisciplinar (Prointer). No caso, o Prointer Ambientalização.
Ao apresentar a introdução, Samuel falou sobre a temática ambientalização curricular, tratada pelos pesquisadores Dra. Isabel Cristina de Moura Carvalho e Dr. Rodrigo Ferreira Toniol como elemento transformador para a relação do ser humano com o meio ambiente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) trata o assunto como saúde ambiental, que envolve todos os aspectos da saúde humana e da qualidade de vida necessária para um indivíduo. O que deixa o entendimento de que o aprendizado e teorias e práticas ajudam a prevenir e controlar fatores de risco à saúde.
Exemplo para outros cursos
A Dr. Maíra afirma que o trabalho do Samuel pode contribuir na construção de processos de ambientalização em cursos medicina, que não somente na Unoeste. “Tivemos um resultado surpreendente, no qual pudemos verificar que o curso de Medicina da Unoeste se preocupa com as questões socioambientais, evidenciadas pelos planos de desenvolvimento institucional e de ensino. Mais de 60% das disciplinas apresentaram indícios de ambientalização curricular. Outros trabalhos verificaram em outros cursos apenas 10%”, pontua.
“A partir do uso de indicadores de ambientalização foi verificado que cerca de 76% dos planos de ensino tratam das questões socioambientais. E esse aspecto está muito provavelmente relacionado com o uso de metodologias emergentes e inovadoras, que trazem esses conteúdos de maneira transversal. Assim, o curso de Medicina da Unoeste em Presidente Prudente apresenta-se como um curso ambientalizado e que pode, inclusive, ser exemplo para outros cursos da Unoeste e de outras instituições”, comenta a orientadora.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste