Coloração com prata detecta problema de reprodução ovina
Técnica é avaliada numa pesquisa do mestrado em Ciência Animal por médico veterinário que atua em Cuiabá (MT)

Nesta sexta-feira (13) o médico veterinário Daniel Boabard Ibrahim fez a defesa pública de dissertação no mestrado em Ciência Animal da Unoeste. Obteve aprovação no grau de mestre. Sua pesquisa esteve voltada na avaliação de uma técnica de coloração que utiliza prata aplicada em biopsia de testículo de carneiro para detectar se o animal pode ser utilizado ou não como reprodutor saudável.
O trabalho apresentou o título “Avaliação Técnica de Coloração AgNor em Células Saudáveis de Testículo de Ovinos”. A defesa ocorreu às 14h na sala 309 da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, no campus II da Unoeste, conforme programação do coordenador do programa na área, Vamilton Álvares Santarém.
A banca esteve formada pelo orientador doutor Marcelo George Mungai Chacur e a doutora Caliê Castilho Silvestre, ambos da própria universidade, juntamente com o professor convidado doutor Carlos Antônio de Miranda, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Araçatuba (SP).
Ibrahim é graduado pelo curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias da Unoeste, onde retornou para fazer o mestrado. A pesquisa agora finalizada, conforme Chacur, teve o objetivo de avaliar uma técnica de coloração histológica que utiliza prata para estimar a proliferação celular em testículos de carneiros.
“É feita uma biopsia, com a retirada de cerca de quatro milímetros de comprimento, portanto, apenas um fragmento do testículo que é corado com prata e feita a análise em microscópio para averiguar se existe processo tumoral ou está saudável”, explica o orientador. A finalidade é constatar se existe algum problema de fertilidade. Se houver, o carneiro pode ser castrado, se não for possível tratamento. Somente o animal absolutamente saudável pode garantir a reprodução em níveis qualitativos e quantitativos.
Conforme Chacur, o seu orientando Ibrahim apresentou pesquisa de caráter inédito considerando a criação ovina, já que existem pesquisas de aplicação da mesma técnica de utilização de coloração com prata em testículos de seres humanos, em mama de cadela e para diagnosticar tumores em pele de animal. O doutor Miranda, durante as arguições, disse que se trata de um trabalho pioneiro. Por esta e outras razões parabenizou o então mestrando, o orientador Chacur e a Unoeste.
Ibrahim iniciou o trabalho de investigação científica no Frigorífico Cordeiro Brasileiro e, devido ao encerramento de suas atividades em Presidente Prudente, concluiu no Frigorífico Marfrig, em Promissão (SP). Nessa etapa trabalhou em conjunto com a então mestranda Thais Andressa Arrebola (aprovada como autora de outra dissertação), numa atividade que exigiu o empenho de levantar às 4h, viajar, coletar o material e retornar a Prudente para ainda no mesmo dia fazer o trabalho de laboratório. Esforço elogiado pelo orientador Chacur.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste