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Café Filosófico difunde benefício da espiritualidade à saúde

Especialistas abordaram efeitos positivos em tratamentos e em vários aspectos da vida cotidiana; encontro foi realizado na noite desta quinta (22), pela Unoeste e APM


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Foto: Vinícius Pacheco Café Filosófico difunde benefício da espiritualidade à saúde
Encontro na Casa do Médico mostrou a influência da espiritualidade em vários aspectos da vida

Vivências, fatos históricos e os estudos que conectam a espiritualidade ao trabalho médico estiveram nas falas dos participantes do “Café Filosófico: Saúde e Espiritualidade: Caminhos da Transcendência”, na noite desta quinta-feira (22), na Casa do Médico, em Presidente Prudente. 

A realização foi do Núcleo de Avaliação Tecnológica em Saúde (Nats), Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (Famepp), Unoeste, Rede de Bibliotecas Unoeste e Associação Paulista de Medicina (APM).

Os convidados abordaram pontos como:

• Os fatores que afastaram as pessoas da fé nos últimos anos;
• O impacto do desenvolvimento de novas tecnologias e como a intermediação por meio delas afetou o processo espiritual;
• A necessidade de valorizar a busca pelo conhecimento sobre a fé;
• O que dizem os estudos científicos sobre a relação entre espiritualidade e resultados em tratamentos de saúde;
• A forma como a fé é vista por diferentes gerações;
• A diferença entre espiritualidade e religião;
• A importância de conhecer fatos reais e históricos envolvendo a espiritualidade.

O painel de discussão foi mediado pelo médico cardiologista e docente da Unoeste, Dr. Antônio Carlos Bongiovani. Os participantes foram:

Dra. Denise Fernanda Rodrigues Martinho Caixeta: advogada, especialista em Direito Civil e Processo Civil, membro da Diretoria do Instituto Brasileiro de Direito das Famílias (Ibdfam-SP) - Núcleo de Presidente Prudente.
Dr. Ricardo Cacciatore Bertão: médico ortopedista, especialista em tratamento da dor e patologias da coluna vertebral.
Dr. Gabriel de Oliveira Lima Carapeba: médico com pós-graduação em medicina do esporte e do exercício, fisiatria e psiquiatria; doutor em fisiopatologia e saúde animal pela Unoeste; e responsável pelo programa de saúde mental dos alunos da universidade.
Padre Thiago Calçado: pós-doutor em História Cultural, doutor em Filosofia, pós-doutorado em Teologia Geral e professor do Curso de Medicina da Unoeste.

Na abertura, o presidente da Casa do Médico, Dr. Ricardo Martucci, exaltou as conquistas do de Medicina da Unoeste, que este ano foi considerao o terceiro melhor do país em avaliação do Ministério da Educação (MEC). Martucci apontou que o desempenho e o profissionalismo dos alunos e professores engrandecem o país. 

Também destacou a importância da discussão que envolve a espiritualidade dentro da medicina. “A espiritualidade em si é uma forma de abraçar as pessoas, é saber perdoar, enxergar o mundo de forma pacífica. Então, todos esses atos que promovem essa conexão ajudam muito no profissionalismo em todas as áreas, principalmente na área humana. É importante ao paciente que o médico traga uma palavra de conforto, saiba ouvir, tenha sensibilidade”, explica. 

A professa doutora Claudia Alvares Calvo Alessi representou a direção do curso de Medicina no início do Café Filosófico. 

“Estive no encontro no ano passado e posso dizer: ele é transformador. Saímos diferente daqui. Para mim, a espiritualidade não é uma alternativa à medicina tradicional. Ela é um complemento. Eu acredito que o profissional da saúde precisa estar antenado na espiritualidade do paciente. Com isso, a gente vai conseguir ter resultados mais positivos e satisfatórios”, afirmou durante a abertura. 

Foto: Vinícius Pacheco Dr. Gabriel de Oliveira Lima Carapeba traçou trajetória da conexão entre fé e medicina
Dr. Gabriel de Oliveira Lima Carapeba traçou trajetória da conexão entre fé e medicina

Espiritualidade em muitos campos

O encontro não se limitou a falar sobre medicina, mas também explorou vários aspectos da vida cotidiana. Durante as discussões, a advogada Denise Caixeta abordou que muitos casos que vão para o judiciário podem ser evitados por meio de uma abordagem mais sensível. 

“Na minha atuação, eu lido com as dores das pessoas. Então, tenho que pensar como acolhê-las. Dependendo de como o advogado procede, pode-se resolver esse conflito em um acordo, em uma conciliação. Isso é transcendência”, diz. 

O Dr. Gabriel de Oliveira Lima Carapeba destacou um histórico sobre a relação entre espiritualidade e destacou a importância de se aprofundar nos fatos e nos estudos. 

“Hoje em dia a ciência comprova que a espiritualidade é algo essencial para a manutenção do paciente – seja aquele com uma doença grave ou quem está com um simples resfriado. Sempre foi assim, mas ao longo do tempo, isso se perdeu. Hoje estamos conseguindo resgatar o que era muito comum nos tratamentos até poucos séculos atrás. Quando houve essa perda do contato com a espiritualidade, se perdeu toda uma identidade e tudo acabou se confundindo”, explica. 

Os participantes também destacaram que a espiritualidade vai além da religião. “Ela precede a religião. Diz respeito à conexão do ser humano com ele mesmo e o modo que ele sabe abre à transcendência. Não só abrir-se com o que a pessoa entende como Deus, mas também abrir-se ao próximo”, abordou o padre Thiago. 

Para a coordenadora do Nats, professora doutora Édima de Souza Mattos, o projeto - que está na segunda edição - colabora muito com alunos que estão começando a atender os pacientes. 

“Eles ficavam preocupados em como dariam suporte a esses pacientes. Por isso, pensei em trazer essa contribuição à sociedade, para que haja o tratamento do paciente de forma holística. A fé é o principal – isso provoca a transcendência com o universo e vai te trazer prazer. Esse prazer contribui com a sua saúde”. 

Depois da apresentação dos convidados, o público presente – que envolvia profissionais da saúde, estudantes e a população em feral – pôde fazer perguntas. Este momento contou com questionamentos sobre as formas de abordar a espiritualidade com os estudantes, as mudanças que a inteligência artificial podem desencadear e relatos emocionantes de como a fé transformou a vida das pessoas. 

Durante as falas, o artista plástico e professor da Unoeste, Josué Pantaleão, produziu uma pintura em tela com inspiração na fala dos convidados. O quadro foi sorteado entre os participantes. 

Novas visões para a vida profissional 

Todas as 300 vagas para o Café Filosófico foram preenchidas por meio de inscrição on-line e gratuita – e entre o público que encheu as cadeiras do auditório, muitos estudantes de Medicina buscaram ensinamentos para conseguir desenvolver um trabalho mais humanizado. 

“A gente vai atender pacientes também com esse lado espiritual. No momento da dor, a espiritualidade é inevitável. Quando juntamos ela à Medicina, temos um prognóstico melhor. Temos mais saúde. A pessoa vai sentir-se acolhida. Vai entender que não é só uma equipe de saúde que está trabalhando por ela, mas que essa equipe está em oração... Que acredita não só na pesquisa, mas também em algo espiritual que vai ajudar o paciente”, conta a estudante Ana Julia Milhorança, do 6º termo de Medicina. 

“A gente pode observar até mesmo nas notícias que hoje há uma Medicina muito robotizada. Aproximar-se da espiritualidade deixa a gente mais humanizado. Nós estamos lidando com um ser vivo, que é o amor da vida de alguém. Não com uma doença apenas”, conta Giulia Borghi Lima, também do 6º termo. 

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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