Evento na Unoeste foca ultrassonografia de carcaça

“A zootecnia de precisão está relacionada à melhoria do sistema produtivo dos alimentos de origem agropecuária, onde suas aplicações ocorrem através do controle de fermentação ruminal, marcadores genéticos, seleção genômica, rastreabilidade de isótopos estáveis e utilização da tecnologia de imagem na agropecuária”. Esta afirmação é revelada pelo zootecnista Mário de Beni Arrigoni, da Unesp de Dracena (SP), que esteve entre os palestrantes do workshop Novos Enfoques na Ultrassonografia de Carcaça, realizado nesta segunda-feira (23), no auditório Azaleia, bloco B3, campus II da Unoeste.

O evento integra a Semana de Ultrassonografia de Carcaça, promovido pela empresa Designer Genes Technologies (DGT-Brasil), em parceria com curso de Zootecnia da universidade. Participaram da mesa de abertura o pró-reitor Acadêmico, José Eduardo Creste, a coordenadora da graduação na área, Ana Cláudia Ambiel, a diretora técnica da DGT-Brasil, Liliane Suguisawa, o presidente do Sindicato Rural de Presidente Prudente, Francisco José Ferreira Jacintho e o diretor da Etec do município, João Luiz Dal Ponte Filho.

“Estamos inseridos em uma região onde o setor agropecuário é muito forte e a universidade apoia iniciativas importantes para suas graduações. Estes momentos oferecem informações relevantes e coloca os alunos em posição de vanguarda, uma vez que eles recebem conhecimentos sobre as inovações da área”, explica Creste.

Arrigoni, que ministrou a palestra “Importância da ultrassonografia de carcaça: por que fazer?”, destaca que a evolução das ferramentas utilizadas na otimização da produção da carne está ligada a uma demanda mercadológica. “A ultrassonografia é muito útil para a análise dos índices de cobertura muscular e de gordura dos rebanhos, além de especificar o ponto de abate do animal. Já existem produtores que usam esta tecnologia e o mercado é promissor para os profissionais que pretendem trabalhar na área”, observa.

Henrique Nunes de Oliveira, da Unesp de Jaboticabal (SP), apresentou o tema “Ultrassonografia de carcaça no melhoramento animal”. Ele esclarece que o desenvolvimento da pecuária de corte aumentou significativamente no Estado de São Paulo. “Programas de melhoramento genético, relacionados às características da carcaça, contribuem significativamente com a qualidade da carne, agregando valores e recebendo uma aceitação elevada dos consumidores”.

Paulo Nobre da Embraga-Geneplus, responsável pelo assunto “Programa Geneplus: definição, implementação e utilização ao nível de criadores”, considera importante a abertura que a Unoeste oferece para este evento. “O ensino proporciona um crescimento ilimitado, por isso, é essencial que haja uma relação estreita entre o produtor agropecuário e a universidade, visto que a instituição disponibiliza informações para aqueles que utilizam ferramentas, contribuindo para a melhor produção”.

João Pedro Giudice é médico veterinário e ressalta que o evento é primordial para a reciclagem e atualização profissional. “Realizo trabalhos que envolvem a seleção genética, assim, as informações que obtive aqui serão de grande valia”, comenta.

Lara do Amaral Silva, do 7º termo de Zootecnia na Unoeste está entre os participantes. “A ultrassonografia de carcaça é uma técnica que ganha cada vez mais espaço. Como futura zootecnista, poderei atuar neste segmento e através destas orientações relevantes, tenho a oportunidade de receber contribuição significativa para a minha formação acadêmica”.

A Semana de Ultrassonografia de Carcaça prossegue nesta terça-feira (24), com o I Curso de Capacitação Técnica em Ultrassonografia de Carcaça.