Formação de professor para educação infantil requer revisão
Estudo constata despreparo para trabalhar satisfatoriamente o desenvolvimento da criatividade na criança



Desenvolvida em escola de educação infantil da rede municipal de ensino no interior do Estado do Mato Grosso do Sul, pesquisa científica constata que, além da carência de recursos e apoio técnico, professoras sinalizam insegurança e pouco preparo para trabalhar satisfatoriamente o desenvolvimento da criatividade da criança. Também falta conhecimento da existência de representações diferentes sobre o conceito de criatividade ou da metodologia adequada aos modos de atuação diante do cenário atual.
O estudo foi realizado por Fernanda Soares Godoy Yano do Canto, aluna do Programa de Mestrado em Educação da Unoeste, mantido junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste. A pesquisa resultou na produção da dissertação “Desenvolvimento da criatividade da criança: um diálogo com docentes da Educação Infantil”, com a orientação da doutora Carmen Lúcia Dias. O trabalho da pós stricto sensu considerou a importância da educação infantil.
O suporte teórico utilizado sustentou o pensamento de que a criatividade possui papel fundamental para o desenvolvimento infantil e que as crianças precisam ser estimuladas em todos os seus sentidos, envolvendo os aspectos cognitivos, sensitivo, cultural e corporal, entre outros. Então, a pesquisa voltou-se para questões da formação do professor, inicial ou continuada, para atuar com esse público e se essa formação está adequada ou não para trabalhar a criatividade no desenvolvimento integral da criança.
A pesquisa com abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso intrínseco, contou com a coleta de dados, análise documental e entrevista com roteiro semiestruturado, envolvendo oito professores que lecionam em uma escola municipal sul-mato-grossense de educação infantil, para crianças de quatro e cinco anos. Os dados levantados passaram por análise e discussão, com a interpretação do significado das respostas dadas pelos professores.
Diante dos resultados, a recomendação da pesquisadora é para que haja revisão dos currículos nos cursos de formação em educação infantil e que sejam feitos investimentos em formação continuada. Fernanda fez a defesa pública de sua dissertação na tarde desta quarta-feira (4), avaliada pelos doutores Adriano Ruiz e Célia Maria Guimarães, convidada junto a Unesp em Presidente Prudente. Aprovada, irá receber o título de Mestre em Educação, concedido pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste