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Docentes vão a Brasília discutir tecnologias em saúde

Professores doutores e bolsistas e a coordenação do Nats da Faculdade de Medicina representaram a Unoeste em encontro, workshop e congresso da Rebrats


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Foto: Cedida Docentes vão a Brasília discutir tecnologias em saúde
O professor Dr. Rogério Giuffrida e a coordenadora do Nats professora Dra. Édima de Souza Mattos na sede da Opas, durante o Workshop em Brasília

Considerado um braço da Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Rebrats), o Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Nats) da Faculdade de Medicina da Unoeste esteve representado em três importantes eventos realizados recentemente em Brasília, por professores doutores e bolsistas que lecionam na Unoeste e pela coordenadora do Nats, a professora Dra. Édima de Souza Mattos. Eles participaram do Workshop em ATS e do 3º Congresso da Rebrats, este último realizado concomitantemente com o 13º Encontro Anual da Rede de Avaliação de Tecnologia em Saúde das Américas (Redtsa). 

O workshop foi realizado recentemente na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e reuniu todos os Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde contratados pelo Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (Degits), para elaboração das ATS e dos Protocolos Clínicos e Diretrizes terapêuticas (PCDTs). Estes últimos são documentos oficiais do Ministério da Saúde que visam a qualidade e a eficiência da assistência médica e farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Lembrando que em julho deste ano o Nats da Faculdade de Medicina da Unoeste foi selecionado para elaborar estudos e pesquisas de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) visando subsidiar a incorporação de tecnologias ao SUS.

Representando a Unoeste, participaram do workshop a coordenadora do Nats professora Dra. Édima, e o professor Dr. Rogério Giuffrida que também integra o Núcleo. A professora explica que o workshop teve como principais propósitos promover o alinhamento dos fluxos e produtos elaborados, bem como abordar os prazos das demandas, os pontos críticos dos relatórios de recomendação e as responsabilidades dos pontos focais. “Nossa participação nesse evento é porque a Unoeste conseguiu firmar uma Carta-Acordo junto com a Opas, Organização Pan-americana de Saúde, o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde, OMS, para desenvolver com um grupo de pesquisadores daqui os chamados PTCs, que são Pareceres Técnicos-Científicos. E como nós estamos fazendo esse trabalho para o Ministério da Saúde, participamos deste evento para que pudéssemos ter orientações e comandos de como atuar. E não só nós, como também vários outros Nats, porque o workshop reuniu todos que estão trabalhando para o Ministério da Saúde”, disse. 

Dra. Édima enfatizou ainda que a Unoeste é a única instituição particular de ensino integrada hoje à Rebrats, já que todos os outros Nats vinculados a essa rede são de instituições públicas de ensino. “Enquanto Unoeste, a relevância dessa nossa participação é poder mostrar o que nós fazemos aqui em termos de pesquisa e de ensino, e que produz e avalia produtos para o Ministério da Saúde. Nós já temos oito avaliadores bolsistas da Opas empenhados e capazes de desenvolver esse trabalho. Então é de suma importância porque quando nós acabarmos, já que são cinco PTCs de diferentes tecnologias, serão oferecidos e incorporados no SUS para a comunidade”, completou.

O professor Dr. Rogério Giuffrida, que coordena pesquisas nos programas de mestrado e doutorado da Unoeste, destaca a contribuição desse grupo seleto da universidade capacitado para prestar o serviço de importância nacional. 

“Nós podemos contribuímos com esses pareceres técnicos que o SUS precisa com a análise de dados. Essa análise gera informações importantes para a tomada de decisões. Vou resumir como funciona. Brasília ou alguma empresa quer testar uma nova medicação, ou algum grupo de saúde municipal, estadual ou federal precisa saber se alguma medicação funciona. Eles então enviam para nós essas demandas e nós fazemos um levantamento de tudo que existe publicado acerca destas informações. Processamos esses dados numa análise bastante complexa, cheia de análises estatísticas, para chegar a uma conclusão se um tal medicamento para tal enfermidade, por exemplo, funciona ou não. Isto é posteriormente apresentado em Brasília para a Conitec [Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde]. Essa comissão avalia o nosso parecer, verifica se se está em conformidade com o que eles precisam e, caso seja aprovado posteriormente, após uma série de etapas, isso será incorporado no SUS, oferecido à população como um tratamento disponível”, detalhou.

É por isso que a responsabilidade da Unoeste nesse trabalho liderado pelo Nats da Faculdade de Medicina é muito grande, já que pode ter poder decisório se uma nova medicação ou não deve ser incorporada na tabela de procedimentos do SUS e oferecido à população. “A universidade tem uma equipe excelente, comandada pela professora Dra. Édima que tutoria e coordena de forma bastante assertiva essa equipe. Ela é composta basicamente por pesquisadores que a gente tem dentro da área médica, na universidade. Então essa equipe vai gerenciar, projetar as pesquisas e fazer os pareceres”.

Troca de Experiências

Quanto a participação no Workshop em ATS na sede da Opas, em Brasília, ele diz que foi de grande valia dada a troca de experiências com outros grupos de pesquisa representados na ocasião por outros Nats. “Trocamos informações e, sobretudo, oportunidades de colaboração para podermos trabalhar em conjunto. Esses outros Nats mais experientes de universidades federais e estaduais de altíssimo gabarito e que também estavam lá, podem nos ajudar e vice-versa. Nessa troca de informações, aprendemos a dinâmica e a sistemática de como tudo funciona. Então foi realmente algo fantástico para a equipe. Fora que são extremamente organizados. Uma equipe jovem ali do Ministério da Saúde, mas com excelente competência e que dá total assessoria e apoio a nós. A gente vai fazer um trabalho técnico de alta complexidade para poder ajudar o SUS dentro de suas necessidades”, garantiu o professor Rogério Giuffrida.

Foto: Cedida Os professores bolsistas do Nats Dr. Hermann Bremer e Dr. Heliard Caetano no congresso realizado neste mês e que reuniu representantes de 15 países
Os professores bolsistas do Nats Dr. Hermann Bremer e Dr. Heliard Caetano no congresso realizado neste mês e que reuniu representantes de 15 países

Congresso da Rebrats e Encontro da Redtsa

O Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde da Faculdade de Medicina da Unoeste também marcou presença no 3º Congresso da Rebrats. Ele foi realizado junto com o 13º Encontro Anual da Redtsa, e contou até com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O evento, realizado no Centro Internacional de Convenções do Brasil, também em Brasília, reuniu representantes de 15 países. Pela Unoeste, estiveram presentes os professores bolsistas do Nats, Heliard Rodrigues dos Santos Caetano e Hermann Bremer Neto. 

O objetivo do congresso e do encontro foi promover discussões na área de avaliação de tecnologias em saúde por meio da troca de experiências entre especialistas e gestores das Américas. Por isso os processos e elementos que constituem as etapas do ciclo de uma tecnologia no sistema de saúde foram abordados em mesas redondas e painéis de discussão. 

Integrante do Nats, o professor do curso de Fisioterapia Dr. Heliard Rodrigues falou da importância da universidade se fazer presente no congresso e de contribuir e compartilhar informações com os representantes dos principais países do mundo. “Enquanto pesquisadores que trabalhamos com revisões sistemáticas, com ou sem metanálise, precisamos disseminar informação para os gestores de saúde, hospitais e serviços públicos de saúde por meio das pesquisas. A grande importância de participarmos se dá tendo em vista a relevância dos processos que são precedentes na ATS. Hoje o Nats da Unoeste já lida com as políticas de fortalecimento em relação ao ATS, e temos modelos de organização em relação daquilo que trazemos de pesquisa. Então já podemos mostrar para os gestores de como implementar isso na rede de saúde”, frisou.

Ele ainda considerou a via de mão dupla contributiva destes eventos, já que além de compartilhar conhecimento, o Nats da Unoeste também acaba absorvendo informações importantes disseminadas em Brasília, para as pesquisas e estudos realizados aqui. “Por meio desses congressos, encontros e workshops, trazemos essas informações aqui pra Unoeste para que podemos disseminá-las para os graduandos, discentes, docentes e também pesquisadores. A partir disso, formamos esse grupo seleto de grandes profissionais, médicos ou também um trabalho multiprofissional, para que possamos contribuir positivamente para o sistema de saúde do SUS”, finalizou.

 

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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