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Estudante com paralisia cerebral faz mestrado para dar aulas

Seu projeto de pesquisa na Unoeste é sobre autoeficácia de estudantes do ensino médio que tenha o mesmo distúrbio


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Foto: Homéro Ferreira Estudante com paralisia cerebral faz mestrado para dar aulas
Michelle Delfito: psicóloga, pedagoga, especialista em psicopedagogia e aluna do Mestrado em Educação na Unoeste

O apoio incondicional dos pais e a convicção de que barreiras podem ser superadas, levaram a portadora de paralisia cerebral Michelle Delfito a fazer graduações em psicologia e pedagogia; especialização em psicopedagogia e ingressar, através de processo seletivo, no Mestrado em Educação na Unoeste, instituição de ensino superior que ocupa posição de vanguarda como universidade inclusiva. Voltado para estudantes do ensino médio, seu projeto de pesquisa é sobre a autoeficácia; teoria social cognitiva que trata da capacidade da própria pessoa se organizar e executar ações para atingir metas.

Michelle fez o curso de Psicologia e a especialização em Jaú; e a Pedagogia EAD junto ao Núcleo de Educação a Distância (Nead) da Unoeste, com a formatura em Presidente Prudente, no mesmo período do processo de seleção do mestrado. A única diferença em sua participação, entre os demais concorrentes, foi um tempo a mais no uso do computador, por teclar mais lentamente. A cada 15 dias, Michelle viaja de Torrinha para Prudente, na madrugada da segunda-feira e retorna na noite da quinta-feira. As aulas são terça, quarta e quinta. Fica hospedada no hotel da Unoeste, no campus II.

O município de Torrinha está localizado na região de Bauru, a 30 km de Jaú e a mais de 400 km de Prudente. Em sua cidade, no ensino fundamental, contava com apoio escolar de acompanhante. Quando do ingresso no ensino médio, teve o entendimento de que seria o momento de sair da redoma e escolheu estudar em Jaú, sem o apoio de acompanhante. Michelle conta que nasceu com paralisia cerebral e que na adolescência isso teve muito peso, com muitos questionamentos e um pouco de revolta. Afirma que seus pais foram fundamentais em seu processo de superação.

Pode chegar onde quiser

“Meus pais foram sempre muito honestos comigo; expondo a realidade e apoiando no que fazer. Nunca me esconderam da sociedade; sempre me entenderam. A gente via junto o que era viável e o que não era. Parceria muito importante para chegar onde estou hoje. Tive revolta na adolescência, mas descobri que poderia chegar onde quisesse. Seria um pouco mais trabalhoso, mas não impossível”, conta a filha do mecânico Áureo e de dona Márcia, que trabalha na loja de autopeças da família; irmã de Danielle e Camille, que são mais novas.

Conforme Michelle, desenvolver a comunicação foi um processo que levou tempo e antes de estudar fora era bem tímida. Superada essa dificuldade, cada vez interage melhor com as pessoas, como está ocorrendo no Mestrado; bem acolhida pelos professores, colegas e funcionários. “Estando aqui, percebi que gosto de passar o conhecimento que tenho. Acho isso importante, inclusive para alunos com deficiência”, comenta e explica que pode ser que seja mais fácil; embora cada dificuldade seja única, mas é possível entender o que o outro passa e se complementarem.

Mestrado com bolsa Capes

Outro fato relevante é o de que Michelle cursa o Mestrado com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação. A psicóloga e psicopedagoga destaca o estímulo e suporte que tem recebido da coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unoeste, Dra. Camélia Santina Murgo, desde 2011, quando a conheceu em Jaú. Além das graduações e especialização, Michelle possui formação em nível de aperfeiçoamento em paralisia cerebral e logoterapia aplicada à educação.

Durante as graduações realizou atividades profissionais como estagiária em escolas de ensino fundamental e médio e em instituições educativas especializadas no atendimento de pessoas com deficiência. Michelle Delfito tem experiência na área de psicologia escolar e pedagogia, atuando principalmente nos seguintes temas: deficiência, paralisia cerebral, inclusão escolar, inclusão e exclusão social. O Currículo Lattes revela o quanto é intensa a sua atuação acadêmica em extensão e pesquisa; publicações científicas e participação em eventos.  

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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