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Alunos da Enfermagem realizam trabalhos de combate à dengue

Ações fazem parte da grade curricular do curso que visa desenvolver um trabalho voltado a questão do cuidado coletivo e gestão de processo de trabalho; foram apresentados 22 trabalhos em escolas, ESFs e bairros da cidade


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Foto: João Paulo Barbosa Alunos da Enfermagem realizam trabalhos de combate à dengue
Apresentação dos trabalhos foi realizada no Auditório Jasmim, no campus 1

Presidente Prudente contabiliza de janeiro até agora 402 casos confirmados de dengue e um óbito decorrente da doença, segundo as últimas informações atualizadas pela Vigilância Epidemiológica do município. Diversas ações de orientação e limpeza são realizadas na cidade por meio de iniciativas da Prefeitura e da Unoeste. E nesta quarta-feira (5), mais uma etapa desses trabalhos realizados em combate à proliferação do mosquito Aedes Aegypti foi concluída. Os alunos do curso de Enfermagem, por meio da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado na Atenção Básica, realizaram ações pontuais e diversificadas nas Estratégias de Saúde da Família (ESFs) dos bairros a fim de orientar a população sobre a prevenção à dengue. 

Na prática, os alunos são inseridos nas unidades de saúde do município por meio desse estágio que conta com a orientação dos professores da universidade. Neste semestre, eles tiveram que realizar alguma ação de prevenção à doença dentro do bairro, seja nas próprias ESFs, escolas ou no entorno dessas localidades. A proposta buscou gerar multiplicadores locais para que o conhecimento fosse disseminado entre a população. À frente da proposta esteve o professor doutor Eduardo Fuzetto Cazanãs, que conduziu toda a dinâmica das apresentações e do projeto.

“Nosso trabalho iniciou no ano passado quando realizamos a parceria da universidade com o Comitê de Enfrentamento a Dengue. Nessa ocasião, propusemos várias atividades para os segmentos da Secretaria de Saúde de Prudente e, dentre elas, os alunos do 7º termo que já desenvolvem um trabalho voltado a questão do cuidado coletivo e gestão de processo de trabalho. A partir dessa problemática, eles tentaram identificar quais eram as causas e as dificuldades para o enfrentamento ao Aedes Aegypti. Na proposta, cada grupo teve sua autonomia para trabalhar”.

O professor conta que as apresentações resultam dos trabalhos desenvolvidos pelos grupos. “Tivemos trabalhos expostos aqui que utilizaram de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), outros trabalharam com alunos das escolas do bairro. Tivemos também grupos que focaram as ações nas pessoas da terceira idade. Foram trabalhos diversificados e que atendem todas as faixas etárias”, detalhou Eduardo, acrescentando que todos esses trabalhos possibilitam novas e importantes ações em diferentes frentes. 

“A primeira é que eles executaram ações de curto prazo, o que podiam fazer nesse momento. Também planejaram ações de médio prazo. Então a ideia é que o próximo grupo que entre nas unidades deem continuidade, explorem melhor o que já foi proposto hoje que foi algo embrionário. Um outro aspecto é que os alunos possam aproveitar essas experiências que tiveram para levar relatos para congressos, a exemplo do Enepe”. 

Participação Acadêmica

Ao todo, foram 22 grupos de alunos do 7º termo mobilizados diferentes frentes de atuações. A aluna Daniele Vitorino conta que foi um momento desafiador, mas importante para sua superação. “Não esperava que o trabalho tivesse essa proporção. Fizemos um vídeo com orientações de combate à dengue, isso em parceria com a prefeitura. Conseguimos alcançar um número muito grande de visualizações, foram 11 mil. Foi muito bom poder colaborar de forma significativa com a nossa comunidade e eles foram muito receptivos ao nosso trabalho”. 

A aluna destaca ainda que o projeto foi importante para expandir a visão sobre as possibilidades de ações que podem ser feitas pelo profissional enfermeiro. “Tudo isso me ajudou a entender que eu sou capaz de fazer algo a mais como profissional, como enfermeira. No começo fiquei preocupada e pensava que não daria certo, mas estou realizada por todo esse processo. Vejo que posso alcançar coisas muito mais além do que eu imagino”. 

Foto: João Paulo Barbosa Professor doutor Eduardo Fuzetto conduziu as atividades
Professor doutor Eduardo Fuzetto conduziu as atividades

Para Laiane Tainá Silva Schlosser, essa participação foi uma oportunidade de adquirir conhecimento. “No meu grupo utilizamos a gamificação com alunos da Escola Estadual João Carlos Padilha. Criamos um jogo de tabuleiro bem colorido e bem atrativo para aplicar aos alunos. O retorno foi muito satisfatório. Também aplicamos um teste após a ação a fim de avaliar a efetividade de nossas orientações, o que foi muito satisfatório. Vejo que as ações de educação e saúde contribuem para a gente entender como atuar com a população, até onde podemos ir e como podemos fazer isso”, fala. 

Laís Mayumi Kossugui Yoshike conta que desenvolveu o trabalho com três ações principais. “Primeiro, a gente objetivou os bueiros do bairro que apresentava uma problemática de possível criadouro do mosquito da dengue. A falta de um local adequado para o descarte do lixo e ação em saúde voltada para a população, principalmente na escola que a gente realizou nossa atividade. A ideia dos bueiros foi articulada junto com a Vigilância Epidemiológica com a supervisora Elaine Bertacco, e a partir disso retomamos essa ação que foi proposta em 2019 e ficou parada devido a pandemia”.

A aluna detalha o desenvolvimento do trabalho. “Fizemos o convite aos artistas plásticos Itamar Xavier e o João Célio e foi bem diferente essa interação, porque nunca você imagina a enfermagem junto com o artista plástico. E eu acho que foi uma sensação muito gratificante de poder estar ali com alguém que está fazendo um trabalho todo voluntário. No descarte de lixo, a gente observou como havia falta de uma coleta seletiva, tentamos arranjar um local adequado que seriam as caçambas. E a partir da articulação com a Secretaria de Meio Ambiente conseguimos disponibilizar as caçambas para a população e divulgar também de uma forma que eles conseguissem atingir a meta de descarte ali. Em relação à educação, realizamos uma atividade na Escola Benedita de Pádua Martins”. 

Banca Examinadora

A professora Ana Maria Silva Camargo explica que as apresentações marcam a conclusão dessa etapa do trabalho. “A gente fala que é um momento de coroação. Porque é no momento dessas apresentações, em que a gente participa como banca, que vemos a articulação entre ensino e serviço, universidade junto com os profissionais da saúde e a população. Isso é bastante enriquecedor no sentido de trazer propostas que são concretas, que acontecem nessas unidades ajudando na formação do aluno. Então, por meio de planejamento, de metodologias que fazem com que esses alunos apliquem essas ações no dia a dia, resultados importantes acabam sendo colhidos”.

Como avaliadora externa, a secretária adjunta da Secretaria Municipal de Saúde, Danielle Borsari, comenta que a universidade é uma grande parceira do município em diversas ações. “Todas as ações que realizamos na secretaria tem o envolvimento da Unoeste. Isso é muito positivo, e os projetos integradores que foram apresentados vem para somar e juntar teoria à prática para o que a gente necessita em relação aos territórios das unidades. Então, são projetos que contribuem para a elaboração de novas políticas, de novas ações dentro dos territórios. Os trabalhos apresentados hoje foram muito interessantes, muito criativos. Os alunos usaram uma metodologia importante que traz o fortalecimento também do nosso trabalho nas ações de combate à dengue”.

Outro ponto muito debatido nas apresentações foi a questão do lixo no município. E a secretária ajunta aproveitou para fazer um alerta. “Teve um grupo que levou o lixo para dentro da escola e sensibilizou os alunos durante a dinâmica. Partindo desse ponto precisamos pensar em saúde e educação. O problema do lixo é crônico e todos nós precisamos levar a sério o descarte de lixo. A gente tem que falar da corresponsabilização do governo municipal e da população, precisamos nos educar para que situações como as que foram apresentadas nos trabalhos não sejam rotineiras e tidas como normais. Cada um tem o seu papel dentro da sociedade”, finaliza. 

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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