Simpósio amplia visão dos alunos sobre neurologia

Em uma noite marcada por aprendizado, emoções e troca de vivências, a Unoeste promoveu na última sexta-feira (14) o Simpósio de Neurologia: Além dos Limites – Paraplegia e Tetraplegia, evento que reuniu alunos dos cursos área da saúde e recebeu também a participação da comunidade. 

O encontro, organizado pela Liga Acadêmica de Neurologia (LAN), buscou ampliar o conhecimento sobre as condições neurológicas que impactam a mobilidade e provocar reflexões sobre inclusão, tratamento e qualidade de vida.

Ao longo da programação, os participantes acompanharam palestras ministradas por profissionais da área, que abordaram aspectos clínicos, desafios terapêuticos e avanços no cuidado de pessoas com paraplegia e tetraplegia. 

Na primeira parte, o médico neurocirurgião Dr. José Queiroz, aprovado sete vezes em processos de residência, abriu o evento compartilhando sua trajetória profissional e apresentando aspectos essenciais sobre a paraplegia. Em seguida, o paciente Ricardo de Freitas Franco emocionou o público ao relatar sua experiência de vida, destacando desafios, adaptações e superações diárias.

Após uma pausa para o coffee break, a segunda etapa teve início com a palestra do professor doutor Vinicius Coralino, neurocirurgião e docente da Unoeste, que aprofundou os conhecimentos sobre a tetraplegia, abordando características clínicas e o papel da equipe multidisciplinar no cuidado ao paciente. 

Na sequência, o paciente Elder Souza, criador de conteúdo que convive com a tetraplegia, compartilhou sua rotina, o processo de adaptação e os caminhos encontrados para seguir determinação.

“Realizar simpósios como esse é fundamental porque a neurocirurgia ainda é uma área um pouco restrita em todas as faculdades de Medicina. A gente tem pouco acesso, acho que temos até pouca disponibilidade de um neurocirurgião dentro da sala de aula, então ter esse contato estou achando muito bom”, comenta Dr. José Queiroz, médico neurocirurgião convidado a palestrar. 

Durante o evento, Dr. José destacou a importância da atuação entre diferentes áreas da saúde no cuidado a pacientes com lesões neurológicas. Segundo ele, a resposta clínica eficiente depende de uma intervenção conjunta.

 “Esses pacientes necessitam de forma imediata de um fisioterapeuta; se tiver uma lesão cervical, de um fonoaudiólogo também, porque altera a deglutição. Então, às vezes, mais importante do que o neurocirurgião nesses pacientes é a equipe multidisciplinar. Um hospital bom, eu falo, ele tem uma equipe multidisciplinar boa”, ressaltou.

A participação dos alunos também trouxe um olhar sensível sobre o impacto do simpósio na formação profissional. Para o estudante João Victor Carmona, do 4º termo de Fisioterapia, escutar os relatos e a atuação dos profissionais ampliou a compreensão sobre o papel profissional na jornada de reabilitação.

“Para mim, foi importante ver o nível de dedicação e a abordagem que esses profissionais adotam no tratamento dos pacientes. Aprendi sobre a importância de oferecer suporte não apenas médico, mas também emocional para ajudar esses pacientes a reconstruírem suas vidas”, destacou.

Já para Karen Viana, aluna do 3º termo de Medicina, o simpósio proporcionou um momento inspirador tanto com o conteúdo apresentado quanto com as histórias de superação. “O simpósio foi incrível, com palestras interessantes, não só falando coisas médicas, mas também sobre acreditar no que a gente sonha e nunca desistir”, relatou.

A aluna destacou ainda que está iniciando seus estudos em neurologia este semestre e que o evento contribuiu para despertar ainda mais seu interesse pela área.

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