Tecnologias em saúde são debatidas em nível da rede nacional
Congresso do Ministério da Saúde reúne cerca de 600 participantes e conta com a participação de representantes da Unoeste
Amplo debate sobre perspectivas em Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) equitativa, estratégica e participativa ocorreu no 4º Congresso da Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Rebrats), realizado de 5 a 7 deste mês em Brasília.
Realização do Ministério da Saúde que reuniu cerca de 600 participantes de todas as regiões do Brasil e alcançou o marco histórico de 412 resumos de pesquisas clínicas submetidos à avaliação para publicação. Número que superou todas as edições anteriores.
A programação contou com cursos de capacitação, mesas-redondas, debates e apresentações de pesquisas. A Unoeste marcou presença do por meio do Núcleo de Avaliação Tecnológica em Saúde, vinculado à Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (Nats/Famepp).
Lá estiveram a professora doutora Édima de Souza Mattos, coordenadora no núcleo; o professor doutor Luiz Euribel Prestes Carneiro, você-coordenador; e a bibliotecária Jakeline Margarete Queiroz Ortega.
“As discussões reforçaram a importância do uso de evidências científicas, da transparência nos processos de incorporação de novas tecnologias e da análise criteriosa de impacto orçamentário no Sistema Único de Saúde (SUS) e na saúde suplementar”, diz a Dra. Édima.
Gestores e pesquisadores
Fizeram parte dos debates questões de avaliação econômica no âmbito da rede e de políticas de incorporação e metodologias de ATS, para fortalecer o diálogo entre gestores públicos e pesquisadores vinculados aos Nats pelo Brasil afora.
Em agenda institucional e articulações estratégicas, os representantes da Unoeste realizaram importantes encontros com autoridades nacionais, entre as quais com o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Leandro Pinheiro Safatle.
Também estiveram com as coordenações-gerais do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (Digtis), Luciana Xavier; e de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Cgats/Setics), Tereza Raquel Tavares Serejo; órgãos do Ministério da Saúde.
Outro encontro foi com o coordenador-geral de Doenças Raras do Ministério da Saúde (CGRAR), do Departamento de Atenção Especializada e outras Temáticas (Daet) da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), Natan Monsores de Sá.
Nos encontros ocorreram entendimentos sobre renovação de Carta Acordo entre a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Unoeste; projetos junto a Anvisa; e capacitação em Avaliação Econômica e Impacto Orçamentário aos membros do Nats/Famepp.
Inovação em saúde
Conforme a Dra. Édima, essas articulações em nível de Brasil reforçam o compromisso da universidade com o fortalecimento da pesquisa na área da saúde baseada em evidências e da inovação em saúde.
O congresso colocou em relevância questões críticas enfrentadas pelos sistemas de saúde, tais como o envelhecimento populacional global e o surgimento de tecnologias de alto custo: terapias gênicas, imunobiológicos, tratamentos oncológicos inovadores.
As abordagens incluíram a medicina de precisão, que vêm impondo novos desafios a gestores públicos e privados. As tecnologias apresentam avanços expressivos, mas pelo alto custo demanda análises robustas para garantir sustentabilidade financeira e acesso equitativo.
Neste contexto, foram reforçados os pilares que sustentam o SUS: universalidade – saúde como direito de todos; integralidade – cuidado completo e contínuo; e equidade – mais investimentos onde há maior necessidade.
Os impactos para Presidente Prudente e região, polo de serviços médicos com grande demanda para mais de 900 mil habitantes e que não possui um centro de referência para doenças raras.
Para outras cidades
“Como consequência, muitos pacientes são encaminhados para outras cidades em busca de diagnóstico especializado e tratamento”, conta a Dra. Édima para dizer que as discussões apresentadas no congresso ressaltam a relevância de ampliar a estrutura regional.
Junto à ampliação, fortalecer processos de diagnóstico precoce e garantir acompanhamento sistemático de pacientes. A Unoeste tem contribuído neste sentido, como ocorreu agora com a participação no congresso.
Ao mesmo tempo, a Unoeste consolidou sua presença no cenário nacional de ATS, fortalecendo o papel do Nats/Famepp como núcleo estratégico para ensino, pesquisa e inovação.
A experiência dos representantes da Unoeste contribuiu na atualização das práticas de avaliação tecnológica; ampliação do diálogo com instituições de referência; desenvolvimento de novos projetos acadêmicos e científicos; e avanço nas ações regionais em saúde baseada em evidências.
“A presença da universidade no evento do Ministério da Saúde reforça seu compromisso com a qualificação profissional, com a produção científica e com a promoção de melhorias no Sistema Único de Saúde e na saúde suplementar”, afirma a Dra. Édima.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste