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O amor que me curou: ser mãe transformou minha vida

História de superação e amor de Kátina Meneghetti de Souza, ex-aluna da Unoeste em Jaú, hoje médica, professora e mãe por adoção


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Foto: Cedida O amor que me curou: ser mãe transformou minha vida
Kátina Meneghetti de Souza, médica formada pela Unoeste em Jaú, ao lado da pequena Laura

“Meu coração transborda sempre que ouço ela dizer ‘mamãe’. Participar de qualquer homenagem no Dia das Mães me emociona profundamente. Sou realmente muito abençoada”. A fala de Kátina Meneghetti de Souza, médica formada pela Unoeste em Jaú e hoje professora da instituição, carrega toda a intensidade de uma história de vida que vai muito além da medicina: é sobre coragem, fé, resiliência e o amor transformador da maternidade. 

Desde cedo, Kátina sonhava em cursar Medicina. Inspirada por duas amigas formadas pela Unoeste que se tornaram grandes médicas, sempre recebeu incentivo para seguir esse caminho. “Entretanto, Presidente Prudente era muito distante e inviável. Quando o curso foi aprovado em Jaú, eu vi a oportunidade de estudar nessa instituição renomada, além de ser muito mais próxima de mim”.

A rotina como estudante de Medicina era exigente. “Sobretudo no internato, onde cumprimos escalas de plantões nos diferentes rodízios, participamos de simulações avançadas, ciclos pedagógicos, entre outras atividades, em que muitas vezes é necessário se privar de eventos sociais, tempo com a família e às vezes até do sono”.

O maior desafio: enfrentar o câncer no meio do curso 

Foi nesse período que veio o maior desafio: o diagnóstico de câncer de mama. “Um choque indescritível. Eu estava passando justamente no rodízio de ginecologia e obstetrícia e um dos temas que estavam sendo abordados era o câncer de mama. Eu conseguia compreender exatamente todos os resultados de exames que fui submetida, lembrava até de algumas estatísticas relacionadas aos tratamentos possíveis. Apesar de tantas incertezas, nunca pensei em desistir”.

Os obstáculos, pessoais e acadêmicos, foram imensos e para ela, enfrentar as sessões de quimioterapia durante o internato foi um grande desafio. “Já na segunda sessão a queda capilar havia iniciado, eu sentia náuseas, inapetência, astenia, entre outros sintomas. Subir as rampas da faculdade ou as escadarias dos hospitais havia se tornado um obstáculo diário. Além disso, outra preocupação era frequentar essas dependências estando imunodeprimida. Cheguei a ser aconselhada por alguns professores a pausar o curso durante o tratamento, mas eu fui resiliente e sou muito grata a Deus por isso”. 

A força para continuar veio da fé e da família, e o amor pela filha a encheu de esperanças. “Além da fé que professo ter, minha filha e meu esposo sempre tinham sorrisos aconchegantes nos momentos que eu mais precisei. Não posso deixar de mencionar os amigos da turma, colaboradores e professores da Unoeste que me abraçaram nesse momento tão sensível. Até quando eu conseguia me alimentar, era motivo de alegria. Alguns até participaram da contagem regressiva das quimioterapias, gratidão total”.

Foto: Gabriel Ferracini A família foi o porto seguro de Kátina durante o tratamento
A família foi o porto seguro de Kátina durante o tratamento

Plenitude no amor: a maternidade como renascimento

Desde muito jovem, Kátina já sonhava em ser mãe — e não necessariamente pelo caminho tradicional. “Na minha família já são vários nascidos do coração. Desde antes de me casar, já pensava em adoção, e meu esposo concordou com essa forma de paternidade”. 

O desejo era antigo, mas a jornada foi marcada por desafios. “Se eu disser que não fiquei ansiosa, estarei mentindo. Além de toda a burocracia, ainda tivemos a pandemia da Covid-19, que atrasou ainda mais a concretização do processo”.

Quando finalmente pôde acolher sua filha nos braços, sentiu-se verdadeiramente completa. “Plenitude. Sou alguém muito mais feliz sendo mãe. Costumo dizer que foi a melhor coisa que fiz na vida”.

Mesmo enfrentando o tratamento oncológico, Kátina nunca interrompeu os estudos — e nem abriu mão de cuidar da filha, mesmo com limitações físicas e emocionais. “Não houve retomada dos estudos porque eu nunca parei. Seguir no curso também me alimentou de esperança. Afinal, eu estava no caminho de realizar meu sonho de ser médica. Já em relação à maternidade, eu me cobrei bastante. Muitas vezes saí antes dela acordar e voltei quando ela já estava dormindo”.

Entre as sessões de quimioterapia e o peso do cansaço, o que mais doía era não conseguir segurar a filha nos braços. “Durante o tratamento, chorei várias vezes, e na maioria delas era pela incapacidade de pegar minha bebezinha tão desejada e esperada no colo. Antes da quimioterapia, fui submetida à mastectomia com reconstrução mamária e fiquei um bom tempo sem poder pegá-la no colo”.

Mas o amor — esse amor imenso que ela sente pela filha — sempre foi combustível. “Sabe aqueles dias hiper especiais? Multiplica por mil. É o que representa para mim. Meu coração transborda sempre que ouço ela dizer ‘mamãe’. Que dirá participar de qualquer homenagem do Dia das Mães. Sem palavras para agradecer a Deus por tantas graças. Sou realmente muito abençoada”.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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