Projeto promove bem-estar, acolhimento e formação cidadã
Atendimentos ofertados pelo curso de Fisioterapia da Unoeste, em Presidente Prudente, tem impacto direto na vida de famílias atípicas

Mais do que um espaço de aprendizado teórico, a Unoeste tem se consolidado como um agente de transformação social através dos atendimentos oferecidos pelo curso de Fisioterapia. Com atividades práticas em projetos de extensão, a universidade proporciona benefícios reais para a população, ao mesmo tempo em que forma profissionais mais completos, éticos e preparados para os desafios do mercado de trabalho e da vida em sociedade.
Uma das grandes vantagens desses atendimentos é justamente a possibilidade de levar cuidado e atenção a públicos que normalmente não têm fácil acesso a serviços de saúde — como mães e cuidadores de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Os atendimentos são gratuitos, realizados com base em escuta qualificada, avaliações funcionais, orientações e atividades voltadas à promoção da saúde e da qualidade de vida.
Além disso, os alunos experimentam um ambiente que simula a realidade do exercício profissional, desenvolvendo competências essenciais como empatia, comunicação eficaz, raciocínio clínico, responsabilidade social e autonomia.
“É muito mais do que aplicar o conteúdo da disciplina — é vivenciar o papel do fisioterapeuta como agente de mudança social”, explica a professora doutora Aline Duarte Ferreira, responsável pelo projeto.
Entre as ações desenvolvidas, o projeto “Cuidar de Quem Cuida” é um exemplo claro de como o conhecimento acadêmico pode ser revertido em benefício direto para a comunidade. A atividade é vinculada à disciplina de Propedêutica e Semiologia Funcional 3, realizada no 6º termo do curso, em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes (Semepp), no Complexo Aquático Antônio Macca - Centro Olímpico de Presidente Prudente.
O projeto atende mães, pais e cuidadores de crianças com TEA que participam de atividades de natação adaptada com a professora e coordenadora do Projeto Teativo de Natação, Iara Anai Raimundo. Enquanto as crianças estão na piscina, os alunos da Unoeste oferecem aos responsáveis por elas avaliações de saúde, escuta ativa, orientações posturais e propostas de autocuidado.
“O nosso intuito é aproveitar esse momento de espera, que antes era ocioso, para oferecer cuidado e atenção às pessoas que dedicam suas vidas ao cuidado do outro. São mulheres e homens que, em geral, não têm tempo para si. Então, estamos devolvendo à sociedade aquilo que os alunos aprendem em sala de aula”, afirma a professora Aline.
Para a aluna Maria Beatriz Soares de Morais, de Presidente Epitácio, a experiência tem sido transformadora. “Já vivemos metade do curso e agora conseguimos aplicar, de verdade, aquilo que aprendemos. Esse contato com o paciente, escutar, entender a história dele, é algo indescritível. A teoria é importante, mas a prática é o que nos forma”.
Também no 6º termo do curso Igor Gonçalves, de Nantes, reforça essa percepção da colega de turma. “A gente sai da zona de conforto. É muito gratificante vir para um lugar novo e ser acolhido. O olhar se amplia. Você passa a enxergar além do diagnóstico: você vê a pessoa, vê a mãe, a história. Isso muda tudo”.
Reconhecimento da população
Simone Costa é mãe do Arthur Miguel Costa Chagas, de 4 anos, e moradora do Parque Furquim. Ela comenta que o projeto é valioso. “Para nós que somos mães atípicas, ele nos ajuda muito. Se pensarmos em atividades, como essa que é oferecida, elas são muito caras. E ainda, recebemos os cuidados com os alunos da Unoeste, o que ajuda muito. Pra mim é muito gratificante, estou amando tudo”.
A Dra. Aline ainda destaca os ganhos na formação cidadã dos estudantes. “Estamos formando fisioterapeutas com um olhar biopsicossocial. Eles entendem que o cuidado vai além da técnica, envolve sentimentos, contexto familiar, realidade socioeconômica. Atividades como essa desenvolvem um olhar sensível, reflexivo e humano, que é exatamente o que a sociedade precisa”.
Além dos ganhos acadêmicos e sociais, o projeto também fortalece o compromisso da Unoeste com a nova diretriz do Ministério da Educação (MEC), que exige a inclusão de atividades extensionistas no currículo.
“Essas experiências estão alinhadas às exigências do Ministério e à missão da universidade de formar profissionais completos, preparados não apenas tecnicamente, mas também emocionalmente e socialmente”, conclui Aline.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste