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8º Luz, Câmera e Cocção revela técnicas da comida de boteco

Alunos de Gastronomia e Comunicação Social se unem em projeto que ensina técnicas profissionais por meio do audiovisual; episódios começam a ser divulgados nesta terça (24) 


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Foto: Vinícius Pacheco 8º Luz, Câmera e Cocção revela técnicas da comida de boteco
Equipe conta com 22 pessoas, entre professores e alunos dos cursos de Comunicação e Gastronomia

Os sabores encontrados com bares e botecos brasileiros são as estrelas da 8ª temporada do Luz, Câmera e Cocção, uma ação que une a produção audiovisual à gastronomia. O lançamento oficial dos episódios, dentro do Festival de Cinema e Gastronomia, foi na noite desta segunda-feira (23), no Salão de Vidro da Gastronomia, no campus 2 da Unoeste em Presidente Prudente. 

O projeto envolve 22 pessoas, entre estudantes, professores e equipe técnica. Os quatro episódios começam a ser publicados nesta terça-feira (24) e vão até sexta (27), um por dia, no canal da TV Escola Unoeste no Youtube. Os pratos são:

• Terça (24): panceta suculenta;

• Quarta (25): coxa creme, uma coxinha "gigante" com fritura sequinha;

• Quinta (26): sanduíches de boteco;

• Sexta-feira (27): opção sem glúten.

O público que compareceu ao lançamento pôde conferir os 4 episódios na íntegra e conhecer técnicas usadas profissionalmente, opções de molhos e complementos e até aqueles detalhes que fazem toda a diferença. 

Por exemplo: uma dica do segundo episódio é que quando são usados para fazer massas, alimentos como batata e abóbora podem ser assados porque... Aí, o motivo tem que ser conferido no episódio comandado por Lucas Marioto, que ensinou a receita da coxa creme. 

“Eu fiz dois tipos do prato que desenvolvi para o projeto. As professoras ajudaram muito. Eu tinha dificuldade em falar para as câmeras. Cozinhar é mais fácil que cozinhar e gravar ao mesmo tempo. Acredito que isso vai me ajudar no meu dia a dia, para o meu negócio, e para me comunicar melhor”, explicas Lucas, aluno do 3º termo de Gastronomia e que já é proprietário de empresas do setor de alimentação na cidade. 

No meio das receitas, a participação irreverente do Zé Polvinho, o "mascote" oficial do projeto, que sempre chega com informações importantes e dúvidas pertinentes sobre o preparo dos alimentos. Formato que funciona a partir também do trabalho dos estudantes de Publicidade e Propaganda, que mergulharam em várias etapas do audiovisual. 

“Todos nós da Comunicação fizemos rodízio das funções. A gente se organizava e um dia, eu fazia making-of. No outro dia, cuidava das redes sociais. No outro, cinegrafia. Então a gente foi explorando todas as áreas”, explica a estudante de Publicidade e Propaganda, Ludmila Martins. 

Experiência também para Ali Akemi, do 1º termo de Publicidade e Propaganda, que junto a Ludmilla, também encarou o desafio de cuidar do cerimonial de lançamento. “Eu operei bastante às câmeras, fiz imagens, teve a parte das mídias sociais, fazer postagens, participar do making-of. Não consumia tanto conteúdo de gastronomia, mas foi uma experiência nova e um aprendizado”, explica. 

Novas perspectivas

A estudante de Gastronomia Simone Solon também foi uma das apresentadoras e ficou responsável pelo episódio sobre comidas sem glúten. Aos 57 anos, ela veio de Ribeirão Preto (SP) junto com o esposo, que foi transferido por conta do trabalho, para Presidente Prudente. Enfrentar os desafios que o curso oferece, como o de participar de uma produção audiovisual, é o marco de uma nova fase.

“Eu estou muito feliz comigo, pois na minha idade, depois de mais de 30 anos longe dos estudos, tive coragem para voltar com o apoio dos amigos, do esposo, da família. Hoje eu vejo que eu tenho condições, qualquer um na minha idade tem condições. Eu não sou como os mais jovens, que fazem vídeo com a maior facilidade. Sou tímida, mas estou quebrando barreiras”, conta a estudante, que já projeta a possibilidade de montar um negócio voltado à área da gastronomia.

A timidez também esteve presente durante as gravações com a estudante Isabela Candido. Ficar à frente das câmeras, entender como tudo funciona, saber onde olhar, como se comunicar... Foi tudo novidade, mas até ela surpreendeu-se com o resultado.

“Eu não imaginava! Quando falaram do projeto, achei que ia fazer a parte da cozinha. No começo foi muito difícil, pois eu nunca falei em público. Mas depois eu peguei o jeito e deu tudo certo”, conta a jovem, que ficou responsável por dois lanches – um de pernil e outro de cogumelos. 

A mãe e o namorado de Isabela fizeram questão de acompanhar o lançamento e ver o novo “talento” da estudante. “Nunca imaginei ela em uma atividade dessa. Estou muito orgulhosa. É muito emocionante e vou compartilhar com todo mundo”, conta a operadora de caixa Juliana Candido, mãe da Isabella. 

Foto: Vinícius Pacheco Após exibição dos episódios, público pôde provar pratos desenvolvidos pelo projeto
Após exibição dos episódios, público pôde provar pratos desenvolvidos pelo projeto

Aprendizado para todos

O projeto Luz, Câmera e Cocção é uma experiência interdisciplinar e colaborativa na Unoeste. Esse ano, as ações começaram em fevereiro e contaram com 4 meses de trabalho, envolvendo definição de temas, produção de pilotos (primeira produção, que serve para avaliação), testes de receitas, entre outras etapas.

Para a coordenadora do curso de Gastronomia da Unoeste, Mariane Sato, participar do projeto traz uma bagagem importante para o profissional em formação

“A gente aprende comunicar-se de uma forma adequada, ainda mais nestes tempos que todos somos um emissor, todos precisam vender seu trabalho. É bom também quando você tem o seu próprio negócio e precisa defender suas ideias, como o seu menu degustação, por exemplo. Trazer essa visão do que é o audiovisual faz os alunos terem uma noção da complexidade que é ser um criador de conteúdo”, explica. 

Ela considera que esse processo de imersão – que começa desde a escolha do tema até a finalização do conteúdo - traz diferenciais para o mercado de trabalho. “Tudo é decisão dos alunos: tema, decoração, quem vai apresentar... Então, é tudo decidido em coletivo. Tem muita gente fazendo receita na internet, mas poucas fazendo com qualidade – inclusive, de conhecimento”, afirma Mariane. 

Para quem está começando na área da comunicação, o projeto também leva a uma transformação pessoal. “Nesse semestre, o projeto está mais consolidado. Nessa equipe, tivemos um choque de gerações, com uma equipe com jovens recém-saídos do ensino médio até pessoas mais experientes, e foi muito legal essa troca. Foi muito enriquecedor”, explica a professora do curso de Comunicação Social, doutora Thaisa Sallum Bacco. 

Em meio a tanto conteúdo produzido na internet envolvendo receitas e gastronomia, a finalidade do projeto também é outro diferencial, segundo Thaisa. 

“O objetivo é ensinar gastronomia utilizando audiovisual. Com isso, alguns alunos de Comunicação que não sabiam segurar uma câmera, saem do projeto produzindo boas imagens. Na Gastronomia, estudantes que não tinham nenhuma orientação de habilidades básicas de cozinha, fazendo pratos e procedimentos gastronômicos refinados”, explica. 

Este ano, o projeto Luz, Câmera e Cocção foi finalista no 28º Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste, promovido pela Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação). 

Realmente não há limite para aprender. Quando se usa metodologias e didáticas adequadas, a aprendizagem vem. Neste semestre ficou bem claro para gente o quanto o audiovisual pode ser uma ferramenta pedagógica importante nos processos de ensino e aprendizagem, e o quanto ele traz de resultado em termos de conhecimento para o estudante e para os professores”, conclui Thaisa. 

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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