Zootecnista explica como escolher peixes de qualidade
O consumo de peixe pelos brasileiros ainda está distante dos índices apresentados pela população dos países asiáticos, europeus e até mesmo dos Estados Unidos. A Organização Mundial de Saúde recomenda um consumo mínimo de peixes de 20 kg/ano por pessoa. No Brasil há uma grande variação deste consumo: nas regiões Sul e Sudeste do País, o consumo per capita em média não chega a 7 kg/ano; já em algumas cidades do Norte e Nordeste ultrapassa os 30 kg/ano.
Conforme o coordenador do curso de Zootecnia de Presidente Prudente (SP), da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Nilton Garcia Marengoni, entre os fatores que determinam essa diferença de consumo estão as condições geográficas, como a proximidade do litoral, que possibilita uma intensa atividade pesqueira e o rápido escoamento da produção, beneficiando as regiões Norte e Nordeste.
Marengoni cita também que o baixo consumo de peixe no Brasil está relacionado a fatores culturais, já que a tradição pecuária leva o brasileiro a pensar na carne como primeira fonte de proteína animal na alimentação.
Para o pesquisador, que é PhD na área, este quadro aos poucos está sendo revertido, pois com os novos parâmetros de qualidade alimentícia mundial, a proposta é levar à mesa alimentos mais saudáveis. "Neste aspecto, o pescado aparece como a melhor opção, devido ao seu alto valor biológico e nutricional, bem como suas características organolépticas (textura, cor, sabor, etc)", afirma Marengoni.
Nesta época do ano, em que uma parcela maior da população procura se alimentar mais vezes de peixe, devido ao período de Quaresma, o professor ressalta que a escolha de um produto de qualidade passa, antes de tudo, por uma questão de opção saudável em todos os sentidos. É preciso que o consumidor fique atento.
A carne de peixe é um alimento muito rico em vitaminas e sais minerais, além de ser a grande fonte de ômega 3, substância capaz de baixar a taxa de colesterol no sangue. Existem alguns cuidados que podem ajudar muito na hora de escolher um peixe fresco.
1. Optar por um local com condições higiênico-sanitárias adequadas para o manuseio e comercialização do produto. Ficar atento à forma de conservação do pescado: congelado, resfriado, salgado, defumado, enlatado, etc.
2. Para os peixes inteiros, procure sempre verificar suas características externas: repare bem nos olhos do peixe. Eles devem estar bem brilhantes, transparentes e salientes. Olhos turvos e afundados demonstram que o peixe não está fresco. As escamas devem estar bem brilhantes e aderentes (firmes). Evite os peixes com escamas opacas e soltas.
3. É preciso que o peixe apresente uma pele brilhante e viscosa, características do peixe fresco. Quando a pele começa a ficar opaca e mole, o peixe não está mais em boas condições. Escolha peixes com as guelras vermelhas, úmidas e brilhantes. Evite os peixes com as guelras acinzentadas e ressecadas.
4. A carne do peixe fresco é dura, elástica e brilhante. Peixe fresco tem a cor bem viva e sem manchas. Cheiro de peixe é sempre um pouco forte, mas evite os peixes com odores muito desagradáveis.
Para que os comerciantes possam oferecer um produto sadio, Marengoni diz que é preciso que saibam que existem vários fatores que influenciam na qualidade, sanidade e higiene do pescado, entre elas:
- As características relativas à espécie como, sexo, tamanho, os hábitos alimentares, as condições fisiológicas, idade, etc.
- As especificidades sobre produção, tais como a procedência, o sistema de cultivo, a nutrição, o manejo sanitário, a qualidade da água, etc.
- Relativas à comercialização, a chegada ao local de comercialização ou conservação, o método de conservação do pescado: redução de temperatura, de pH e umidade, processamento, comercialização e industrialização do pescado.
Para o zootecnista, é necessário ressaltar que as pessoas que não consomem peixe deviam fazê-lo pelo menos uma vez por semana, não só na Quaresma. "A exemplo disso, alguns órgãos governamentais do Brasil já têm implantado programas de introdução do peixe na merenda escolar. Desta forma, a cadeia produtiva do pescado vai aos poucos se consolidando, garantindo a produção e sustentabilidade da aquicultura brasileira", afirmou Marengoni.
Sérgio Borges - Da Assessoria de Imprensa
Conforme o coordenador do curso de Zootecnia de Presidente Prudente (SP), da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Nilton Garcia Marengoni, entre os fatores que determinam essa diferença de consumo estão as condições geográficas, como a proximidade do litoral, que possibilita uma intensa atividade pesqueira e o rápido escoamento da produção, beneficiando as regiões Norte e Nordeste.
Marengoni cita também que o baixo consumo de peixe no Brasil está relacionado a fatores culturais, já que a tradição pecuária leva o brasileiro a pensar na carne como primeira fonte de proteína animal na alimentação.
Para o pesquisador, que é PhD na área, este quadro aos poucos está sendo revertido, pois com os novos parâmetros de qualidade alimentícia mundial, a proposta é levar à mesa alimentos mais saudáveis. "Neste aspecto, o pescado aparece como a melhor opção, devido ao seu alto valor biológico e nutricional, bem como suas características organolépticas (textura, cor, sabor, etc)", afirma Marengoni.
Nesta época do ano, em que uma parcela maior da população procura se alimentar mais vezes de peixe, devido ao período de Quaresma, o professor ressalta que a escolha de um produto de qualidade passa, antes de tudo, por uma questão de opção saudável em todos os sentidos. É preciso que o consumidor fique atento.
A carne de peixe é um alimento muito rico em vitaminas e sais minerais, além de ser a grande fonte de ômega 3, substância capaz de baixar a taxa de colesterol no sangue. Existem alguns cuidados que podem ajudar muito na hora de escolher um peixe fresco.
1. Optar por um local com condições higiênico-sanitárias adequadas para o manuseio e comercialização do produto. Ficar atento à forma de conservação do pescado: congelado, resfriado, salgado, defumado, enlatado, etc.
2. Para os peixes inteiros, procure sempre verificar suas características externas: repare bem nos olhos do peixe. Eles devem estar bem brilhantes, transparentes e salientes. Olhos turvos e afundados demonstram que o peixe não está fresco. As escamas devem estar bem brilhantes e aderentes (firmes). Evite os peixes com escamas opacas e soltas.
3. É preciso que o peixe apresente uma pele brilhante e viscosa, características do peixe fresco. Quando a pele começa a ficar opaca e mole, o peixe não está mais em boas condições. Escolha peixes com as guelras vermelhas, úmidas e brilhantes. Evite os peixes com as guelras acinzentadas e ressecadas.
4. A carne do peixe fresco é dura, elástica e brilhante. Peixe fresco tem a cor bem viva e sem manchas. Cheiro de peixe é sempre um pouco forte, mas evite os peixes com odores muito desagradáveis.
Para que os comerciantes possam oferecer um produto sadio, Marengoni diz que é preciso que saibam que existem vários fatores que influenciam na qualidade, sanidade e higiene do pescado, entre elas:
- As características relativas à espécie como, sexo, tamanho, os hábitos alimentares, as condições fisiológicas, idade, etc.
- As especificidades sobre produção, tais como a procedência, o sistema de cultivo, a nutrição, o manejo sanitário, a qualidade da água, etc.
- Relativas à comercialização, a chegada ao local de comercialização ou conservação, o método de conservação do pescado: redução de temperatura, de pH e umidade, processamento, comercialização e industrialização do pescado.
Para o zootecnista, é necessário ressaltar que as pessoas que não consomem peixe deviam fazê-lo pelo menos uma vez por semana, não só na Quaresma. "A exemplo disso, alguns órgãos governamentais do Brasil já têm implantado programas de introdução do peixe na merenda escolar. Desta forma, a cadeia produtiva do pescado vai aos poucos se consolidando, garantindo a produção e sustentabilidade da aquicultura brasileira", afirmou Marengoni.
Sérgio Borges - Da Assessoria de Imprensa
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste