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Hipotireoidismo afeta principalmente as mulheres


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Foto: Arquivo/Unoeste Hipotireoidismo afeta principalmente as mulheres
Pimentel: "Enfartos e derrames, estão entre os mais graves riscos para os portadores de hipotireoidismo"
O hipotireoidismo, diminuição do funcionamento da glândula tireóide, é sete vezes mais comum entre as mulheres do que entre os homens. Uma pesquisa, realizada este ano, fez um levantamento detalhado no Brasil e constatou que 5% da população feminina sofrem da doença.

Para se chegar a esse índice, o estudo coordenado pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e patrocinado pelo laboratório farmacêutico Abbott acompanhou 1500 mulheres, de 35 a 85 anos, que foram submetidas a entrevistas e exames laboratoriais.

Segundo o médico endocrinologista e diretor da Faculdade de Medicina da Unoeste, Fernando Pimentel, o hipotireoidismo oferece riscos à saúde dos portadores: “As doenças cardiovasculares, como enfartos e derrames, estão entre os mais graves riscos. Além disso, a maior parte das doentes brasileiras não sabe de sua condição”.

Pimentel explica que a dificuldade no diagnóstico se deve ao fato de a doença apresentar sintomas comuns a outras enfermidades. De um modo geral os pacientes apresentam alguns desses sintomas: ganho de peso, ressecamento da pele, queda de cabelo, prisão de ventre, depressão.

“Casos mais graves podem acontecer, principalmente se o problema for congênito, pois não ocorre o desenvolvimento adequado do cérebro, ocasionando rebaixamento do nível de inteligência. Os casos de hipotireoidismo congênito reduziram muito após a implantação do teste do pezinho para os recém-nascidos”, enfatiza Pimentel.

O médico ainda faz um alerta: “Quando as crianças são afetadas pode ocorrer baixa estatura e alteração no desenvolvimento da puberdade. O estado mais grave da doença (também chamado de coma mixedematoso) pode levar a óbito em mais de 50% dos casos.”

A Glândula – Em forma de borboleta, a tireóide é localizada na parte central do pescoço e pesa, em média, 15 gramas. Ela produz hormônios que estão envolvidos no controle do batimento cardíaco, atividade cerebral, sono, produção de colágeno e metabolismo.

Em casos de hipotireoidismo, a glândula funciona num ritmo abaixo do normal, o que pode levar ao comprometimento de várias funções orgânicas. “O iodo é um mineral que tem ligação direta com o bom funcionamento da tireóide. O excesso ou a falta do mineral pode causar danos à glândula”, explica Pimentel.

A doença está ligada ao excesso no consumo de sal com iodo e ao abuso no consumo de remédios para emagrecer que podem conter, em sua fórmula, o hormônio tireoidiano T3 ou substâncias que imitam sua ação, como o tiratrico.

Pimentel lembra que há mais de quarenta anos, adicionar iodo ao sal de cozinha passou a ser obrigatório. A intenção era reduzir a incidência de problemas de saúde relacionados à carência do iodo. “Só que nunca houve um controle rígido do processo”, afirma.







Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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