Alerta: Automedicação pode causar riscos à saúde
Professor da Unoeste alerta que o consumo de remédios sem prescrição médica traz sérias conseqüências
A automedicação é o hábito de se medicar sem a devida orientação ou prescrição médica. “No Brasil, a automedicação é hábito comum. Os motivos são vários como dificuldades de acesso a atendimento médico, por falta de informações completas e até mesmo pelo costume que se tem de indicar para conhecidos medicamentos que apresentaram bons resultados”, comenta o professor da Faculdade de Farmácia da Unoeste, Adriano Falvo.
Mas, de acordo com Falvo, é necessário a consciência quanto aos perigos da automedicação. O número de reações adversas a medicamentos é cada vez maior. “O paciente não sabe, mas até mesmo um antiácido pode comprometer a ação de outro medicamento se utilizado sem o acompanhamento médico ou auxílio de um farmacêutico”, alerta.
Falvo, que também é o responsável pela Farmácia Escola da Unoeste, explica que todo medicamento tem seus efeitos colaterais e a prescrição médica é individualizada, de acordo com as características de cada paciente. “Alguns antigripais, por exemplo, são perigosos para pessoas com insuficiência coronariana; alguns antiinflamatórios são contra-indicados para pessoas com asma ou causar úlcera gástrica; antibióticos podem diminuir o efeito de anticoncepcionais e assim sucessivamente”, esclarece.
Outro fato apontado por Falvo quanto aos perigos da automedicação é a dificuldade de compreensão das informações que a bulas dos medicamentos trazem. “A linguagem utilizada nas bulas dos remédios é técnica e muitas vezes causa confusão na hora de compreender as informações. Além disso, medicamentos semelhantes, que fazem parte do mesmo grupo farmacológico, trazem informações diferentes em suas bulas, umas com mais informações que as outras, por exemplo.
“O farmacêutico é o profissional primário da área da saúde. Na maioria das vezes é o primeiro a ser procurado para atendimentos. Por isso o profissional farmacêutico precisa atuar com responsabilidade na hora de atender um paciente. É preciso orientá-lo adequadamente quanto ao uso da substância para garantir bons resultados no tratamento”, afirma ao ressaltar que todo profissional precisa estar consciente das suas limitações e encaminhar para um médico casos mais graves.
A presença do farmacêutico é exigida em tempo integral na Farmácia. Ele é responsável pela administração do local e pela interação medicamentosa (reações entre um medicamento e outro ou entre um medicamento e um alimento que podem resultar na inativação de ambos ou de algum deles, intoxicações, potencializações de efeito, entre outros).
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste