Fisiologia: Ciência ajuda prática de exercícios
Fisiologia avalia adaptações que ocorrem no organismo quando ele está sob o estresse de uma atividade física

Praticar atividades físicas é bom para a saúde. A essa informação praticamente todo mundo já teve acesso. O que muita gente não sabe é que praticantes – sejam esportistas amadores ou profissionais – podem se beneficiar da ciência para compreender o como o corpo se comporta durante a atividade física. A fisiologia do exercício avalia as adaptações que ocorrem no organismo humano quando ele está sob o estresse de um exercício ou atividade física do cotidiano.
Segundo o professor da Unoeste, mestrando em Ciências da Motricidade, Manoel Carlos Spiguel Lima, essa parte da ciência da saúde serve, por exemplo, para detectar como está o condicionamento físico do indivíduo e prescrever uma atividade física individualizada. “Com essa avaliação, é possível detectar, por meio do nível de aptidão físicas do indivíduo eventuais problemas de saúde que podem vir acontecer, mas que se diagnosticado antecipadamente, serão evitados ou minimizados.”
Um exemplo disso, de acordo com o professor, é o caso de uma pessoa apresentar obesidade, baixa capacidade cardiorespiratória, possuir hábitos de fumo, álcool e levar uma vida sedentária. “É bem provável que, em curto prazo, alguma doença apareça neste indivíduo. A fisiologia do exercício ajuda na prevenção”, ressalta.
Segundo ele, pode ser ainda uma boa maneira de manter a saúde e melhorar a performance humana, além de se apresentar como forma de análise de recursos que prometem melhorar o desempenho de quem faz atividades físicas ou esportes.
“Ao avaliarmos, obtemos dados de peso corporal, percentual de gordura, nível de aptidão cardiorrespiratória, e ainda detectamos como é a vida cotidiana da pessoa e seus hábitos quanto ao fumo, bebida, sedentarismo, alimentação. Sabemos se os pais têm problemas cardíacos, etc. Assim conseguimos prever se a pessoa está no grupo de risco e, se não modificar sua rotina, poderá ter um quadro futuro com doenças crônico-degenerativas, como obesidade, hipertensão, diabetes”, complementa.
Lima esclarece que a fisiologia do exercício pode ser aplicada tanto para atletas de alto rendimento, como em portadores de doenças ou pessoas sadias. “Toda a área da saúde se beneficia com os estudos desse segmento".
Universidade tem laboratório especializado
O Laboratório de Fisiologia do Exercício da Faculdade de Educação Física da Unoeste é um espaço científico que atua como um importante reforço para o desenvolvimento de estudos, pesquisas e trabalhos que tenham ligação com a atividade física e o esporte. Além de se destinar a pesquisas direcionadas a atletas, presta atendimento à comunidade e aos esportistas.
Com a infraestrutura do laboratório, a equipe tem condições para prescrever e acompanhar programas de atividade física para vários públicos, não só para esportistas. Além disso, fomenta intercâmbio técnico-científico com outras instituições de ensino com propostas em comum, além de avaliar as adaptações fisiológicas relacionadas à atividade física, exercício e esporte.
Dentre as atividades realizadas está o desenvolvimento de projetos de pesquisas que são cadastrados na Diretoria de Gestão de Pesquisas da Unoeste. Os resultados são posteriormente divulgados na forma de artigos científicos em periódicos especializados da área de Fisiologia do Exercício. Tal divulgação possibilita a aplicação dos métodos por outros pesquisadores e profissionais em diferentes lugares.
O Laboratório também presta serviços para diferentes grupos: time de futebol e voleibol, corredores, ciclistas etc, e mantém vinculo de assistência técnico-cientifica com a academia da Unoeste, técnicos e personal trainers da cidade e região.
De modo geral, a avaliação física proporciona resultados importantes que são utilizados para diagnóstico de saúde, avaliação do nível de aptidão física e controle da intensidade do treinamento. As variáveis obtidas são importantes para a prescrição dos exercícios, além de comparação e análise do desempenho dos indivíduos.
Serviço – Informações pelo telefone (18) 229-2000 ramal 2137, com Mara Cristina Salvador Soares
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste