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Sintomas confundem população

Hepatite B pode ser confundida com gripe; HU possui serviço especializado pelo SUS


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Foto: Regina Maia Sintomas confundem população
Comportamento de risco: sexo sem camisinha e uso de drogas injetáveis são a principal forma de transmissão




Em funcionamento desde maio de 2004, o Ambulatório de Hepatite do HU (Hospital Universitário Dr. Domingos Leonardo Cerávolo) já se tornou referência no atendimento às vítimas de hepatite A, B e C de Presidente Prudente e região. Sob a responsabilidade do infectologista Alexandre Portelinha Filho, esse serviço realiza o atendimento inicial e o acompanhamento ao tratamento de pacientes portadores de hepatites, além de atuar na conscientização sobre as formas de reconhecimento e prevenção da doença.

De acordo com Portelinha, a grande demanda na unidade está relacionada à hepatite B. Segundo ele, um dos maiores problemas detectados refere-se à dificuldade que os portadores têm em detectar o seu aparecimento. Causada por um vírus, essa doença costuma se apresentar mais amena na fase inicial, com sintomas que vão de febres, dores no corpo e na cabeça à falta de apetite, podendo ser facilmente confundida com uma simples gripe.

“A grande dificuldade desse tipo de hepatite é o fato das pessoas não perceberem seus sintomas ou não associá-los à doença. Muitos acham que se trata de uma gripe e quando nos procuram, a situação está avançada e os sintomas já são típicos: coloração amarelada da pele (icterícia), urina escura, com cor de coca-cola, e fezes claras. Em longo prazo, pode ocorrer a evolução crônica da doença para cirrose hepática ou câncer de fígado. Isso ocorre em 10% dos casos”, diz.

Assintomática na maioria das vezes (70% dos portadores não têm os sintomas descritos acima), a Hepatite B está relacionada a comportamentos de risco, como fazer sexo sem proteção e usar drogas injetáveis. “Há três formas básicas de transmissão: a sexual, por meio do sexo sem camisinha; a sanguínea, através do contato com agulhas contaminadas e que atinge principalmente usuários de drogas injetáveis, e a congênita, que ocorre na gestação, da mãe para o filho. O tratamento é simples, com medicamentos que inibem a multiplicação do vírus. Mas, felizmente, 90% dos casos tem cura espontânea, sem que haja intervenção médica”, explica Portelinha.

Conscientização – Além do atendimento direcionado, é realizado no Ambulatório de Hepatite um trabalho de conscientização sobre as formas de prevenção da doença. “Nas consultas, é enfatizado aos pacientes como se proteger das hepatites. No caso da hepatite B, recomendamos o uso de preservativos, a manutenção de um único parceiro nas relações sexuais e o não uso das drogas injetáveis. Essas medidas, com certeza, protegem da contaminação e asseguram a saúde da população”, ressalta Portelinha.

Pré-natal e camisinha - Portelinha reforça a importância de usar camisinha como forma de proteção, não só contra a hepatite B, mas contra vários outros tipos de doenças. “O preservativo é a forma mais segura de impedir o contato com o sangue, esperma e secreções que podem transmitir a hepatite B. Além disso, também protege contra outras doenças sexualmente transmissíveis, como Aids e sífilis”, explica.

De acordo com o médico, a transmissão que ocorre da gestante para o feto via placenta pode ser evitada caso seja detectada com antecedência. “Por isso é importante fazer o pré-natal desde o início da gravidez, pois com esse cuidado é possível observar o bebê e evitar que a contaminação aconteça”, finaliza.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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