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HIV cresce entre as mulheres brasileiras

Em dez anos, país teve aumento de mais de 40% de infectadas; médica associa fato à multiplicidade de parceiros e promiscuidade sexual


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Foto: Regina Maia HIV cresce entre as mulheres brasileiras
Suzete: "Apesar de tanta informação, as pessoas ainda não acreditam que pode acontecer com elas"




Os primeiros anúncios de casos de aids no mundo associavam a doença às relações homossexuais, especialmente entre homens. Porém, a Sessão Especial sobre HIV/Aids das Nações Unidas, realizada nos Estados Unidos em junho do ano passado, reconheceu que a epidemia da aids no mundo atualmente tem um perfil heterossexual e sua incidência é muito mais acelerada entre as mulheres, fenômeno que ganhou o nome de feminização da aids. No mundo todo, as mulheres já representam 50% da população infectada, e no continente africano já são maioria, com 60%.

Quando surgiram os primeiros diagnósticos confirmados no Brasil, na década de 80, havia apenas um caso de aids em mulheres para cada 26,5 em homens. Com o passar dos anos, a proporção foi caindo e hoje está em 1,5 caso em homens para 1 em mulher. Segundo dados do Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde, houve um crescimento de 44% na infecção por HIV entre mulheres no período de 1995 a 2005.

De acordo com a ginecologista Suzete Mota Pereti, do HU (Hospital Universitário “Dr. Domingos Leonardo Cerávolo”), esse aumento se deve principalmente à maior liberdade sexual feminina, traduzida nos dias de hoje pela “multiplicidade de parceiros” e pela “promiscuidade” dos relacionamentos.

“Apesar do esclarecimento – não apenas entre as mulheres, mas também entre os homens – e do enorme número de informações disponíveis, as pessoas ainda não acreditam que pode acontecer com elas”, diz a médica.

Mesmo com o fácil acesso ao preservativo (camisinha) que é distribuído gratuitamente nos postos de saúde, a ginecologista ressalta que esse método não é 100% confiável:

“A camisinha não protege totalmente da aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis, como HPV e clamídia, que também têm grande incidência entre as mulheres. É preciso associar essa proteção à sinceridade no relacionamento. A promiscuidade, o grande número de parceiros sexuais, é uma realidade entre as mulheres e ainda representa o maior risco quando o assunto é aids e outras doenças sexualmente transmissíveis”, informa a ginecologista.



Governo lança programa para conter a aids entre mulheres




Como parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher, na semana passada, o governo brasileiro anunciou um programa de ações para conter a disseminação do vírus da aids e outras DST entre as mulheres. O “Programa de Enfrentamento da Feminização da Aids e outras DST” é a primeira iniciativa do gênero na América Latina e Caribe voltada especificamente para a classe feminina e revela a preocupação com as altas estatísticas apuradas nos últimos anos.

Além desta iniciativa, o governo também lança a Campanha de Prevenção das DST/Aids no PAN. No ano em que o Brasil sedia os Jogos Pan-americanos, a idéia é disseminar mensagens e kits de prevenção durante os jogos. As ações estão previstas até 2010 e envolverá atletas e paratletas, incluindo jogadoras de vôlei, basquete e futebol, triatletas, corredoras, nadadoras e ginastas brasileiras.

A presença das atletas e o slogan - Vista-se nos jogos - visam conscientizar a população, especialmente as mulheres, para a importância de uma vida saudável e de uma maior auto-estima para a diminuição das vulnerabilidades associadas à transmissão do vírus da aids e outras doenças. (Informações: Ministério da Saúde).





Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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