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Lei aprova obrigatoriedade do Teste da Orelhinha

Exame deve ser gratuito e disponibilizado em hospitais e maternidades da rede pública e privada


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Foto: Assessoria de Imprensa/Unoeste Lei aprova obrigatoriedade do Teste da Orelhinha
“A cada 10 mil nascimentos, 30 bebês apresentam problemas auditivos”, afirma a docente de Fonoaudiologia da Unoeste, Patrícia Alcarás


Um procedimento simples que pode mudar a vida de milhares de crianças. Foi aprovada a lei federal que torna obrigatória a realização gratuita do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas, também conhecido como Teste da Orelhinha, em todos os hospitais e maternidades da rede pública e privada. A lei nº 12.303, que entrou em vigor no início deste mês, indica que o teste deve ser feito em todos os recém-nascidos.

“Durante o estado de sono natural do bebê, introduzimos uma sonda na orelha, um procedimento não-invasivo e indolor. Em seguida, é emitido um ‘apito’. Se a audição da criança estiver saudável, enviará som ao microfone colocado do lado externo do ouvido. No display do aparelho de Emissões Otoacústicas, ligado a este microfone, é possível visualizar o resultado. O exame dura apenas 1 minuto em cada orelhinha”, explica a docente do curso de Fonoaudiologia da Unoeste, Patrícia Arruda de Souza Alcarás.

A professora conta que o exame é realizado 24 horas após o parto e que através do diagnóstico precoce é possível melhorar de forma significativa a qualidade de vida da criança. “A cada 10 mil nascimentos, 30 neonatos apresentam algum tipo ou grau de deficiência auditiva. Hoje, cerca de 10% da população possui problemas na audição”.

Patrícia aponta os principais grupos de risco. “Mães que durante a gravidez tiveram rubéola, sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose, usaram drogas ou que foram submetidas à radiação, podem ter bebês com alterações auditivas. Crianças de baixo peso, prematuras, com hiperbilirrubinemia (amarelão), ou que sofreram anóxia neonatal (falta de oxigênio) ao nascer, também entram neste grupo”.

A docente afirma ainda que, com o diagnóstico, é possível identificar a perda auditiva com até um mês de vida. “Identificado o problema, uma equipe multiprofissional deve acompanhar o bebê até o terceiro mês. Em seguida, inicia-se o processo de adaptação e reabilitação com o Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). Antes, o tratamento era feito aos dois ou três anos de idade, atrapalhando o desenvolvimento da linguagem da criança”.

Na grade curricular da graduação em Fonoaudiologia da Unoeste, os acadêmicos aprendem a realizar o Teste da Orelhinha desde o primeiro ano. Patrícia ministra as disciplinas de Avaliação Audiológica Básica, Patologias do Sistema Auditivo, Aparelhos de Amplificação Sonora Individual, Deficiência Auditiva, entre outras. Ela é especialista em Audiologia Clínica e mestranda em Distúrbios da Comunicação Humana na Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), em Curitiba.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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