Erosão ácida no dente pode ser evitada com hábitos saudáveis
Problema dentário deixa sorriso envelhecido e dentição torna-se mais sensível

A erosão ácida é mais comum do que se imagina. De acordo com Rosalinda Tanuri Zaninotto Venturim, professora de Odontologia na Unoeste, o desgaste no esmalte dental "resulta em aspecto fosco, envelhecido, com alteração da forma dos dentes, comprometendo a estética e tornando-os sensíveis ao frio, ao calor e aos doces". Segundo ela, ir mais frequentemente ao dentista ajuda na dentição mais saudável, uma vez que o profissional “percebe a erosão no início, faz aplicações de flúor e dá orientação”.
De acordo com Rosalinda, a intervenção odontológica pode reduzir a sensibilidade. Além do flúor, há casos em que cabem restaurações com resina para melhorar o aspecto. Mesmo assim, o ideal é evitar a erosão ácida com refeições mais regradas. Sucos de laranja, limão, abacaxi ou maracujá, por exemplo, têm que ser tomados mais rapidamente ou com canudo, orienta a dentista. “As dietas modernas são muito ácidas e as pessoas, às vezes, não têm noção disso”, aponta.
Se esses líquidos contêm altos níveis de ácidos, assim como produtos industrializados, como refrigerantes, energéticos e álcool, em contrapartida existe a alimentação amiga do sorriso. A docente indica, portanto, comidas à base de leite, como os queijos. “Por serem fontes ricas de cálcio, neutralizam o efeito erosivo”. Outra prevenção, conforme Rosalinda, é evitar a escovação imediatamente após o consumo de alimentos ou bebidas ácidas. “O esmalte se encontra na sua fase mais vulnerável e, portanto, seria preferível que se aguardasse pelo menos uma hora após as refeições e se utilizasse escova de cerdas bem macias”, argumenta.
Pessoas de todas as idades podem ter erosão ácida, mas há um grupo de risco: os praticantes de atividade física. De acordo com Rosalinda, isotônicos e vitamina C, comumente usados por esportistas, são extremamente ácidos. E no caso de nadadores, o contato direto com a água pode ser um fator a mais porque o cloro tem potencial erosivo muito grande. Para eles, “podem ser utilizados protetores buscais, confeccionados pelo cirurgião dentista”.
Distúrbios orgânicos e psicológicos, como vômito, regurgitação, anorexia e bulimia influenciam na erosão, “pois no suco gástrico que vem para a boca está presente o ácido clorídrico”, justifica Rosalinda. Nessas situações, a atuação médica, antes da entrada do dentista, é fundamental para a evolução positiva do tratamento.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste