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Morte do usuário causa fragilidade do trabalhador do SUS

Pesquisa revela que o sofrimento psíquico gera sensação de impotência ao ponto de provocar suicídios


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Foto: João Paulo Barbosa Morte do usuário causa fragilidade do trabalhador do SUS
Doutora Sandra Fogaça: pesquisa o sofrimento psíquico do trabalhador
Foto: João Paulo Barbosa Morte do usuário causa fragilidade do trabalhador do SUS
Pesquisadora vê capa pelo tablet, antes mesmo de receber o livro


Desde 2005, a doutora Sandra Fogaça Rosa Ribeiro pesquisa o sofrimento psíquico do trabalhador do Sistema Único de Saúde (SUS). Iniciou os estudos científicos a partir de sua formação em psicologia e se fez referência entre os pós-graduados brasileiros que atuam neste segmento. Como tal, sua mais recente produção é a coautoria de capítulo do Livro Trabalho e Estranhamento: Saúde e Precarização do Homem-que-trabalha, lançado neste começo de mês no Congresso Internacional da Asociación Latinoamericana de Abogados Laboralistas, realizado em Salvador (BA). A morte do usuário fragiliza a tal ponto o trabalhador, que o número de suicídios chama a atenção, conforme a pesquisadora.

Em coautoria com o pesquisador da Unicamp, doutor José Roberto Montes Heloani – da Faculdade de Educação, o capítulo tem o seguinte título: O sofrimento do trabalhador do SUS frente a morte do usuário no processo de trabalho interdisciplinar. Sandra Fogaça conta que o trabalhador do SUS se vê impotente por não poder suprir precariedades do sistema, o que resulta na morte de usuários. Na região do interior paulista, onde levantou os dados, foram quatro mortes em 2008 e, no ano seguinte, 22. Um aumento de 450%. Para esse trabalhador fragilizado, o aconselhamento é que seja menos solitário e trabalhe mais em equipe.

Com o apoio da Rede de Estudos do Trabalho (RET) e da Associação para Defesa da Saúde do Trabalho (Adesat), o livro publicado pela Editora LTr tem como organizadores Giovani Alves, André Luís Vizzaccaro-Amaral e Daniel Pestana Mota que dividem a autoria, além de Sandra e Heloani, com Luiz Salvador, Ricardo Antunes, Edith Seligmann-Silva, Jorge Luiz Souto Maior, Maria Elizabeth Antunes Lima, Margarida Barreto, Francisco José Trillo Párraga, Renata Paparelli, Sérgio Augusto Vizzaccaro-Amaral, Olímpio Paulo Filho, Sandro Eduardo Sardá e Heiller Ivens de Souza Natali. O livro resultou de evento promovido pela RET no ano passado, na Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Professora da Unoeste na graduação em Psicologia e no mestrado em Educação, Sandra Fogaça atualmente desenvolve em seu Projeto de Pesquisa Docente (PPD) estudos sobre o sofrimento psíquico do professor universitário. O trabalho é realizado com atuação do subgrupo de pesquisa composto pelas alunas Kelly Cristina Tesche Rozendo e Delza Macedo, respectivamente da Psicologia e da Educação. Graduada pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), a professora pesquisadora fez mestrado e doutorado na Unesp em Botucatu, com o dissertação voltada ao trabalhador do SUS e a tese centrada na interface do sofrimento psíquico do trabalhador com o processo de educação permanente.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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