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Medicina funda Liga Acadêmica de Hanseníase

Objetivo é atender meta do Ministério da Saúde: eliminar a doença até 2015


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Foto: Cedida Medicina funda Liga Acadêmica de Hanseníase
Alunos participam de curso de atualização em hanseníase, ministrado pelo hansenólogo Jaison Antonio Barreto


Com a proposta de contribuir para a eliminação da hanseníase, doença infecciosa que atinge pele e nervos, o curso de Medicina da Unoeste conta agora com a Liga Acadêmica de Hanseníase. Coordenada pela professora, Marilda Milanez Morgado de Abreu, dermatologista e hansenóloga, a entidade que terá a frente alunos da graduação, também visa atender a meta do Ministério da Saúde de eliminar a doença até 2015.

A liga foi inaugurada no último sábado (3), durante o curso de atualização em hanseníase, ministrado pelo hansenólogo Dr. Jaison Antonio Barreto, do Instituto Lauro de Souza Lima, de Bauru, onde participaram cerca de 100 pessoas. Barreto é também assessor médico da Associação Alemã de Assistência aos Hansenianos e Tuberculosos (DAHW) no Estado do Mato Grosso, onde realiza um trabalho de capacitação de equipes multidisciplinares. “Ele é um exemplo de dedicação e amor aos que padecem da doença”, destaca Abreu.

Conforme a professora e coordenadora, a liga é um sonho antigo. O grupo atuará, a partir de um projeto de extensão, com a capacitação dos alunos para o reconhecimento da doença através de aulas teóricas e práticas, além de buscar parcerias com o Programa Municipal de Controle da Hanseníase para a realização de ações, como a participação em campanhas específicas e o desenvolvimento de programas educativos junto à comunidade.

De acordo com a presidente da liga, Michele Cristina Barrueco Cereza, aluna do 5º ano de Medicina, a ideia se concretizou a partir do interesse despertado nos acadêmicos durante o atendimento de um paciente com suspeita da doença no ambulatório de dermatologia. “A liga é necessária e trará grande contribuição a nossa região, onde a cada dia surgem novos casos. Apesar dos esforços do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, a doença continua aparecendo”. Com esse cenário, a entidade foi fundada para capacitar os alunos e ajudar na descoberta de novos casos, visando à eliminação da doença no Brasil.

A professora reforça que o objetivo é a assistência da comunidade. “Os alunos terão uma formação mais abrangente em relação à doença”. Ela ainda revela que existem muitos casos de hanseníase na região de Presidente Prudente. “Estamos na fronteira com o Mato Grosso do Sul, um estado que tem grande índice da doença. Muitas pessoas têm e não sabem”, comenta.

Vale lembrar que todos os casos de hanseníase têm cura e o tratamento é gratuito nas unidades básicas de saúde. Os primeiros sintomas são manchas brancas ou avermelhadas, com sensação de formigamento, além da redução da sensibilidade ao calor e ao frio nas fases iniciais, e à dor ou ao toque nas fases mais avançadas. Se o tratamento for tardio, a doença pode levar a deformidades e incapacidades.

A liga – Conforme a presidente da Liga Acadêmica de Hanseníase, Michele Cristina Barrueco Cereza, a entidade sem fins lucrativos, atuará em dois pontos principais. “Pretendemos firmar parcerias com as secretarias de Saúde dos municípios da região de Presidente Prudente com a finalidade de participar na busca ativa de novos casos, além de fornecer informações sobre a doença e estimular as pessoas com lesões suspeitas a procurarem atendimento médico o mais precocemente possível. Para isso, todos os integrantes serão capacitados por meio de aulas e treinamentos específicos. Outro ponto essencial será o estudo de dados epidemiológicos de nossa região”.

São membros: Dra. Marilda Milanez Morgado de Abreu (dermatologista, hansenóloga e coordenadora da liga); professora Cláudia Calvo Alessi; Michele Cristina Barrueco Cereza (presidente); Aline Gonçalves (vice-presidente); Laura Jane Monteiro de Oliveira (tesoureira); Juliana Barrueco Costa(primeira secretária); e Pamela Caldeira (segunda secretária).

Meta no Brasil – De acordo com o Plano de Eliminação da Hanseníase, elaborado em 2011, a meta é que para até 2015 exista apenas um caso para cada 10 mil habitantes. Segundo relatório divulgado no início deste ano pelo Ministério da Saúde, entre 2010 e 2011 o número de novos casos caiu 15%. No ano passado, foram detectados 30.298 casos no Brasil, sendo 15,88 casos por 100 mil habitantes. Já no período anterior, 34.894 pessoas foram diagnosticadas com a doença.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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