Fonoaudiologia prevê protetor auricular ainda mais eficiente
Curso une-se a Química e Matemática em pesquisa de iniciação científica baseada em TCC

Geralmente as pesquisas de iniciação científica nascem a partir de uma necessidade da população, seja local, regional ou até mundial. Neste propósito, diariamente surgem estudos nas mais diversas áreas. Conservação auditiva é um assunto bem atual e tem sido linha de pesquisa bastante explorada pelo curso de Fonoaudiologia da Unoeste, com o apoio de outras graduações. Docentes e acadêmicos estão empenhados para evitar a perda de audição em trabalhadores que atuam em ambientes com som intenso. A mais recente pesquisa prevê um equipamento ainda mais eficiente dos que já existem no mercado.
A origem do novo projeto surgiu com o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da acadêmica Lidiane de Andréia, 8º termo. Ela é orientada pela doutora Maria Cristina Alves Corazza, coordenadora do curso, e recebe colaboração do professor doutor Robson Quintilio. A aluna avaliou quanto um protetor auricular de inserção de primeira linha, de uma marca bem conceituada, diminui o ruído que entra no ouvido. Segundo a orientadora, a literatura aponta que esses protetores reduzem de 10 a 20 decibéis (dB). Conforme ela, ainda é pouco se for considerado que uma serra elétrica gera 120 dB e uma turbina de avião, 130 dB.
A marca analisada superou esse número, já que apresentou capacidade de reduzir 40 dB. “É importante frisar que esse equipamento é de primeira linha e, apesar de ter preço acessível, não é o que a maioria utiliza”, salienta. Conforme a doutora, a meta é conseguir ainda mais. Por isso, teve a ideia de fazer um estudo pioneiro, que terá o envolvimento da pós-doutora Patrícia Alexandra Antunes, coordenadora de Química, e da doutora Rebeca Delatore Simões, professora do curso de Matemática. O Projeto de Pesquisa Docente (PPD) será iniciado em breve e terá apoio do Núcleo Institucional de Pesquisas Multidisciplinares (Nipem).
Novo equipamento – A coordenadora de Fonoaudiologia explica que o PPD visa a produção de um protetor auricular de inserção misturado a subprodutos biodegradáveis, como amido de milho e outros componentes, para que consiga tapar os orifícios e torná-lo ainda mais eficiente. “A ideia é ter um protetor auricular de inserção com capacidade de diminuir muito mais, quem sabe até 70 decibéis”, pontua Cristina. Ela assegura que o projeto visa um equipamento barato, que seja fácil de ser colocado, higiênico e que possa ser usado várias vezes pelo trabalhador sem causar riscos à saúde.
De acordo com a idealizadora, o principal objetivo do estudo é promover a saúde auditiva, principalmente aos trabalhadores que estão expostos a ruídos intensos. “Com a produção de um equipamento eficiente estaremos contribuindo com a sociedade. As empresas que se atentam a esse propósito contribuem para reduzir o número de pessoas surdas e, consequentemente, de jovens que se aposentam por surdez. E ainda ajuda a diminuir a necessidade médica, uma vez que a pessoa com perda auditiva pode desenvolver zumbido, vertigem, hipertensão arterial e, às vezes, alterações metabólicas, emocionais, psicológicas, entre outras”, afirma.
Incentivo – O curso de Fonoaudiologia fomenta pesquisas de iniciação científica. Segundo a coordenadora da graduação, o número é bastante relevante e os estudos sempre são apresentados em eventos científicos importantes. Para conquistar resultados ainda melhores, as pesquisas contam com profissionais de outras áreas.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste