Viver mais e envelhecer com saúde é possível

Viver mais e envelhecer com saúde têm sido a preocupação de milhares de brasileiros, tanto que o número de idosos no Brasil está cada vez maior. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população com mais de 65 anos corresponde a 7,4% da população adulta, sendo que na década de 1990 a quantidade representava 4,8%. A pesquisa Tábua da Mortalidade também aponta que a expectativa de vida do brasileiro nascido em 2010 chegou a 73,5 anos, aumento de 25,4 anos nas últimas cinco décadas.

Hábitos saudáveis, realizados desde a juventude, contribuem para uma vida longa. Conforme a geriatra Dra. Margarete Jacometo, professora de Medicina da Unoeste, as pessoas estão mais conscientes de que é possível ter um envelhecimento saudável. “Mais importante do que viver mais é que esses anos sejam vividos com melhor qualidade de vida”, frisa. Segundo Margarete, é possível retardar o envelhecimento e “chegar lá” de forma saudável. Para isso, basta colocar em prática algumas estratégias.

Para as pessoas que chegam à terceira idade, uma das recomendações é a senecultura. Conforme a geriatra, o método “consiste no conjunto de ações interdisciplinares, realizadas por profissionais da saúde de diversas áreas. Inclui alimentação saudável, prática de atividades física e mental, abandono do tabagismo, peso ideal, uso racional de medicação, entre outros”. O resultado contribui para a promoção da saúde do idoso, que se manifesta por alterações positivas no estilo de vida.

Como envelhecer com saúde? – Alimentação saudável associada à prática de exercícios físicos faz a diferença. Chegar à “melhor idade” com disposição e saúde depende muito menos de recursos financeiros e de fórmulas farmacêuticas do que as pessoas imaginam. É o que afirma o professor de Educação Física da Unoeste doutor Vagner Raso. “Todos possuem as mesmas chances de envelhecer de forma bem-sucedida”.

É fato que a prática de exercícios físicos, aeróbicos ou com pesos, é essencial para a saúde. De acordo com Raso, o exercício com peso tem menos contraindicações e pode ser feito por qualquer pessoa. “Aqueles que estão na idade adulta e meia-idade deveriam aderir mais a proposta para diminuir a velocidade de perda normal de força e massa muscular associadas ao processo de envelhecimento”, explica. A melhora psicoemocional também tem sido percebida nos idosos fisicamente ativos, com quadros de predisposição mental, ausência de sintomas depressivos, melhor gerenciamento de situações de conflito interpessoal, entre outros.

Alimentação – A boa alimentação também é fundamental para a manutenção de todos os nossos processos vitais. De acordo com a nutricionista e docente da Unoeste Márcia Adriana Miranda Moraes, uma dieta adequada é aquela que assegura a ingestão equilibrada de todos os nutrientes: proteínas, gorduras, vitaminas, minerais, fibras e água. “A qualidade do envelhecimento é determinada pela vida pregressa do indivíduo: é nesse momento que avaliamos realmente o que fomos”. Segundo ela, é possível comer bem e gastar pouco. “Os alimentos com alto teor nutritivo e de boa qualidade possuem custo baixo, basta combinar verduras, legumes e frutas de safra com uma proteína de boa qualidade seguindo a época de melhor oferta de mercado”, destaca a nutricionista.

Mais dicas

– Aumentar e variar o consumo de frutas, legumes e verduras.

– Comer feijão pelo menos 1 vez ao dia.

– Reduzir o consumo de alimentos gordurosos e industrializados para no máximo 1 vez por semana.

– Diminuir o consumo de sal, álcool e refrigerante.

– Fazer pelo menos 3 refeições e 1 lanche por dia.

– Encurtar a ingestão de doces, biscoitos e outros alimentos ricos em açúcar para no máximo 2 vezes por semana.

– Comer devagar e beber bastante água.

– Manter o peso em limites saudáveis.

– Ser ativo e acumular 30 minutos de atividade física diária.