Modelo universitário britânico tem o professor como gestor
Seminário internacional em gestão universitária realizado na Inglaterra tem a participação da Unoeste



O professor universitário britânico não é apenas um educador, mas um gestor acadêmico. Nas tarefas desenvolvidas em sala de aula e fora dela, tem a postura de administrador. Ensina e organiza. Contribui para que a estrutura seja eficiente e que o aluno possa alcançar excelentes resultados. Este é um dos pontos de vista depurado por 19 gestores de 14 instituições de ensino superior e de oito estados brasileiros que estiveram recentemente no II Seminário Internacional em Gestão Universitária Brasil-Inglaterra 2012, mobilizados pela Humus Consultoria.
A Unoeste se fez representar pelo diretor administrativo da mantenedora da Unoeste, a Associação Prudentina de Educação e Cultura (Apec), Augusto César de Oliveira Lima e pela pró-reitora de Extensão e Ação Comunitária (Proext), Angelita Ibanhes de Almeida Oliveira Lima. A programação sistematizada em seminários foi desenvolvida nas universidades de Oxford, no Queen’s College, e de Londres, no IOE – Institute of Education. Também incluiu visita na universidade de Cambridge, no King’s College. O seminário começou no IOE, que consiste numa faculdade para formação de professores, sediado na University of London.
Em 2008, o IOE foi avaliado pelo governo do Reino Unido como a melhor instituição de pesquisa em Educação no país, integrado à Universidade de Londres que tem mais de 120 mil alunos. A programação do seminário ofertou as boas vindas com a diretora da Humus, professora Sônia Simões Colombo e recepção pelo diretor do IOE, doutor Mike Winter. As primeiras palestras foram sobre o desafio à melhoria da gestão universitária no Brasil e estratégia educacional para preparar os alunos para a renovação, respectivamente com os brasileiros Luiz Fábio Mesquiati e Ronaldo Mota.
A introdução do segundo módulo foi feita por Paul Temple, sobre abordagens à gestão e estratégia universitária. Seguiram-se as palestras de liderança em nível de corpo docente, pelo professor Susan Hallan; novas abordagens em aprendizagem e ensino, pelo doutor Gwyneth Hughes; internacionalização e globalização no ensino superior, com o doutor Vicent Carpentier; e financiamento para a educação superior no Reino Unido, com a professora Claire Callender.
O terceiro módulo apresentou abordagens sobre estratégia e organização, com foco na gestão de recursos para a competividade, pelo doutor Paul Temple; marketing na educação no ensino superior no Reino Unido e na Europa, com Tania Rhodes-Taylor; garantia da qualidade da educação superior no Reino Unido e na Europa, por Janet Bohrer; e processos de governança e liderança sênior no ensino superior no Reino Unido, com o professor Peter Scott. O encerramento foi feito pelo doutor Paul Temple.
Para César Lima, foi um aprendizado e muito do que foi dito pode ser aplicado na Unoeste. “Temos muito caminho para percorrer”, avalia o dirigente, mas sem comparativos entre as universidades britânicas e as brasileiras, inclusive em razão de que as de lá são 90% públicas, nas quais os alunos britânicos pagam 9 mil libras por ano e para o estrangeiro o custo é maior. “A verdade é que as universidades brasileiras têm muito a aprender com os britânicos”, diz.
A pró-reitora Angelita Lima avalia o universo, permitido pelo seminário, como extremamente rico e que, além da questão da gestão, se impressionou com o marketing que tem foco no ex-aluno, visto como o produto final da universidade e em condições de proporcionar referências à mesma, ao se inserir no mercado de trabalho e desenvolver suas habilidades. O seminário ocorreu no começo deste mês e agora os participantes se articulam para produzir um relato de experiência e promover sua publicação científica.
Caravana – Formaram a caravana brasileira, além dos representantes da Unoeste, os seguintes gestores Alacir de Araújo Silva (Saberes - Vitória/ES), Alexandre Nunes Theodoro (Faesa – Vitória/SP), Antônio Márcio Figueira Cossich (Unesa – São João do Meriti/RJ), Antônio Souto Gouveia (Santa Maria – Recife/PE), Aparecida do Carmo Frigeri Berchior (UniFafibe – Bebedouro/SP), Astreia Soares Batista, Eduardo Martins de Lima, Lúcio Flávio Nunes Moreira e Marco Túlio Freitas (todos da Fumec – Belo Horizonte/MG), Clóvis Castelo Júnior (São Camilo – São Paulo/SP), Domingos Savio Alcântara Machado (Unit – Aracajú/SE), Elza Waquim Bucar Nunes e Raimundo de Almeida Nunes (Faesf – Floriano/PI), João Carlos Brito (Univates – Lajeado/RS), Lydia Maria Braga Foresti (Unifenas – Alfenas/MG), Mauro Afonso Rizzo (Promec – Botucatu/SP) e Rubens Anganuzzi Filho (Ceunsp – Itu/SP).
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste