Preservação de livros é tema de campanha

A Rede de Bibliotecas Unoeste desenvolve semestralmente a “Campanha de Conscientização e Preservação de Livros”. Realizada nas unidades de informação 1, 2 e 3, localizadas respectivamente no campus I, Hospital Regional (HR) e campus II, a iniciativa leva os acadêmicos à reflexão sobre os cuidados com as obras, evitando rasuras e rabiscos nos exemplares.

Regina Liberati Silingovschi, coordenadora da rede, revela que este trabalho é importante, pois além de mostrar livros danificados, faz com que os universitários percebam a gravidade do ato. “Observamos que muitas pessoas utilizam caneta colorida ou marca texto para destacar frases que desejam reter na memória, mas esquecem de que os demais usuários têm uma maneira de estudar diferente. Quando os estudantes se deparam com essas obras rabiscadas, não é nada agradável”.

Ela revela que na Unidade de Informação 1 são disponibilizadas informações sobre os cuidados com as obras. “Possuímos uma pequena exposição com exemplares danificados, para chamar a atenção daqueles que passam pela biblioteca. Além disso, observamos que a água danifica bastante e irreversivelmente o livro, por isso, nos dias de chuva, toda a rede, fornece sacos plásticos para que os acadêmicos guardem os livros emprestados”.

Iris Francielly de Almeida Silva cursa o 4º termo de Odontologia. Ela diz que a campanha é importante, pois ajuda na conservação dos livros. “Através deste trabalho, podemos ter mais exemplares disponíveis para empréstimo. Além disso, os saquinhos oferecidos nos dias de chuva são essenciais para a proteção”.

A bibliotecária-chefe do espaço localizado no HR, Adriana Maria Evaristo Martinez de Oliveira, informa que a conservação dos documentos bibliográficos envolve diversos procedimentos. “Colocamos neste ambiente, uma série de orientações relacionadas ao uso correto dos exemplares e, inclusive, recomendamos que durante a utilização deste material, as pessoas evitem comer ou beber, pois os pequenos fragmentos de sujeira ou respingos atraem insetos que comem o papel e proliferam fungos”.

Jakeline Margaret de Queiroz Ortega, bibliotecária-chefe da unidade 3, ressalta que uma das atividades desenvolvidas pela campanha é a conscientização dos calouros no início do semestre letivo. “O importante desta conversa é que os calouros compreendam que o melhor é preservar para não restaurar. Vale lembrar que, além das obras danificadas expostas, desenvolvemos um trabalho para combater os hábitos de manuseio errado, que provocam o desgaste das obras em acervo”.

O acadêmico do 4º termo de Psicologia, Douglas William Vitor de Souza, acrescenta que após ouvir as orientações mudou o seu comportamento. “Muitas vezes na correria, não tinha o cuidado correto com os livros emprestados, a partir de agora, ficarei mais atento”.

Restauração – Regina salienta que é realizado um trabalho de recuperação das obras. “Para os livros danificados por água ou rasgado por animais como cachorro, enviamos a obra para ser recuperada em empresa própria para encadernação de livro. Eles refilam as bordas do livro em máquina e trocam a capa dando uma aparência nova a obra. Quando o dano é feito por rabisco de lápis, apagamos com borracha, mas quando a rasura é com caneta nada podemos fazer. Nos últimos cinco anos, foram feitas 60 recuperações por meio de encadernações”.

Dicas – Confira algumas recomendações para o manuseio adequado dos livros:

- Não façam anotações ou sublinhem frases nos livros;

- Não dobrem as páginas, essa ação rompe as fibras do papel e compromete a leitura;

- Manuseie os livros com as mãos limpas;

- Não umedeça as pontas dos dedos com saliva para passar as páginas, esta ação favorece o desenvolvimento de fungos e bactérias nos livros;

- Não use clipes como marcador, pois podem oxidar e rasgar as páginas;

- Cuide dos livros ao transportá-los em bolsas ou pastas, para não danificar a encadernação;

- Proteja os livros em dias de chuva.