Artigo aborda antirretrovirais para gestante HIV positivo

Recentemente, o pesquisador e docente da Unoeste, Dr. Luiz Euribel Prestes Carneiro, teve artigo publicado pela revista HIV/Aids Research and Paliative Care, que trata de uma revisão sobre os defeitos genéticos induzidos pelo tratamento de gestantes HIV positivo com antirretrovirais. O material pode ser conferido, na íntegra, nos sites Medline/Pubmed ou pelo Google.

O docente lembra que quando recebeu o convite do editor dessa revista científica internacional – uma das mais importantes da área – ficou assuntado, “tanto com a complexidade do tema quanto pela responsabilidade”. Pontua que foram sete meses de trabalho e mais de 70 artigos lidos para a produção da revisão bibliográfica, intitulada: Antiretroviral therapy, pregnancy, and birth defects: a discussion on the updated data.

“A publicação mostra que em todo o mundo, um número cada vez maior de mulheres infectadas pelo HIV em idade gestacional inicia o uso de antirretrovirais, ou seja, medicamentos que revolucionaram a transmissão vertical do HIV por reduzirem a quantidade de vírus circulantes e manter a carga viral a níveis indetectáveis”, explica, destacando ainda que, associado a outras medidas, foram capazes de reduzir de 20% a menos de 2% a transmissão vertical do vírus.

Carneiro pontua que os antirretrovirais são usados pela mãe e pelo bebê, sendo tanto para prevenção naquelas pacientes que não têm indicação para o uso contínuo, quanto para o tratamento nas gestantes que fazem uso da medicação e vão continuar após o parto. “De maneira geral são tratadas com uma associação de remédios [coquetel] e para alguns deles os estudos são conflitantes quanto o efeito teratogênico [capaz de produzir alterações genéticas] sobre o feto”. A revisão conclui que os benefícios que o tratamento traz para a mãe e bebê são muito maiores, que os riscos em induzir defeitos genéticos no feto.