Aluno de Medicina Veterinária é contemplado com bolsa Fapesp
Amparo é concedido para experimento sobre moscas como vetor de bactérias na região do Pontal do Paranapanema


Produção científica é realização arraigada nos cursos de Ciências Agrárias da Unoeste, de tal forma a estabelecer uma cultura no corpo docente e rotina para os alunos. Na Medicina Veterinária são 34 projetos em andamento, entre os quais está o experimento sobre moscas como vetor de bactérias em fazendas canavieiras, em assentamentos da reforma agrária no Pontal do Paranapanema, no Parque Estadual Morro do Diabo e na cidade de Teodoro Sampaio. A pesquisa acaba de receber a aprovação de custeio pela Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp).
Danilo Marcelo da Silva Pereira é o 18º aluno a obter bolsa de iniciação científica da Fapesp, apoiado pelo seu orientador, Dr. Rogério Giuffrida. Os trâmites legais foram iniciados no final do ano passado e agora é anunciado o auxílio ao projeto intitulado “Ocorrência e perfil de sensibilidade microbiana de Aeromonas hydrophilla, Listeria monocytogenes e Yersinia enterocolitica isoladas de moscas sinantrópicas capturadas na região do Pontal do Paranapanema, SP”. O experimento já formalizado em sua estrutura teórica agora entrará na parte prática, com a previsão de conclusão em um ano.
Enquanto pesquisador, Giuffrida atua nas seguintes linhas: actinomicetos de importância em animais de produção e de companhia; doenças infecciosas e zoonoses tropicais em animais de companhia; doenças infecciosas em animais de produção e microrganismos multirresistentes e resíduos de antimicrobianos em animais domésticos. Ele mantém também atuação interinstitucional, em grupo de pesquisa na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu (SP), local onde Pereira teve o primeiro contato com esta produção científica.
Procedente de Assis e bolsista do Programa Universidade para Todos (ProUni), o acadêmico entende que estar inserido na iniciação científica fará diferença não apenas em seu currículo, mas na sua carreira. Ele enaltece a Unoeste pelo incentivo, por meio da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, agradece ao curso pela oportunidade e elogia o seu orientador pelo comprometimento, oferecendo amplo e total apoio. “Em breve farei as capturas das moscas e no laboratório de Medicina Veterinária Preventiva farei às avaliações de detecção das bactérias externas, transportadas nas patas, e internas, no estômago dos insetos”, fala.
No conceito de pesquisa aplicada, o que se pretende ao final é informar quais as bactérias e o quanto elas são nocivas à saúde humana e animal. Os microrganismos veiculados pelas moscas podem resultar em várias doenças infecciosas e parasitárias. Cabe às pessoas manter o controle das populações de moscas com uso de inseticidas, além de redobrar os cuidados com a higiene de ambientes. O conceito de produção de conhecimento para aplicação dos resultados está em voga, conforme entrevista, à revista Veja desta semana, do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Glaucius Oliva.
“É muito importante que os alunos da graduação se envolvam em pesquisas, pois esta atuação tem efeito multiplicador. Na Faculdade de Agrárias (Facapp) da Unoeste temos uma produção científica significativa, incrementada com a implantação do mestrado em Ciência Animal e com o fomento de órgãos externos, como a Fapesp e o CNPq com as bolsas do Pibic [Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica]. A pesquisa fortalece a graduação e a instituição. Em nosso curso é constante a participação de alunos inseridos nas pesquisas do mestrado. Cada um fazendo sua parte, acaba colaborando com o todo. Isso já criou uma cultura no corpo do docente e estabeleceu rotina para o corpo discente”, diz o diretor da Medicina Veterinária, Dr. Luiz Carlos Vianna.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste