Alunos de Enfermagem conhecem história angolana da profissão
Enfermeira angolana ministrou aula especial na Unoeste nesta sexta-feira


Nesta sexta-feira (3), alunos do 1º termo de Enfermagem da Unoeste tiveram uma aula diferente. É que a enfermeira angolana Manuela Lemos de Carvalho esteve na universidade a convite da professora Larissa Sapucaia Ferreira Esteves, que ministra a disciplina História da Enfermagem. Elas se conheceram na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em curso de pós-graduação stricto sensu. A docente prudentina faz doutorado e a angolana, mestrado. “A ideia é que os acadêmicos conheçam a contribuição do Brasil para o desenvolvimento dessa profissão na Angola, onde a enfermagem teve início recentemente”, relata Larissa.
Segundo Larissa, no Brasil, a primeira instituição que ofereceu a graduação foi no ano de 1890, já na Angola foi em 2000. Elas contam que o país teve grande contribuição brasileira para iniciar a profissão, pois um grupo de angolanos fez o curso na Universidade de São Paulo (USP) e deu início na primeira turma de Enfermagem na Angola, no Instituto Superior de Ciências da Saúde (Iscisa), da Universidade Agostinho Neto, em Luanda. Manuela é da primeira turma (2005). “Hoje, temos várias instituições de ensino que oferecem a graduação, principalmente depois da lei que tornou a profissão obrigatória”, relata.
Segundo Manuela, os brasileiros são muito bem aceitos em seu país. Nas jornadas de Enfermagem, por exemplo, ela revela que sempre têm brasileiros como palestrantes convidados. Lá, por a área ser recente, os profissionais são muito bem remunerados, revela a angolana, que também é docente na universidade em que se formou. “Acho muito importante que os estudantes conheçam a realidade profissional de países diferentes. Eles têm contato com a história antiga (Brasil) e também recente (Angola)”, discorre Manuela.
Larissa pontua, ainda, que a aula especial foi uma motivação aos acadêmicos do primeiro termo. “Como eles estão iniciando é importante que ouçam histórias de superação e motivação. A população da Angola acaba de sair de uma guerra civil e vem tendo conquistas, como na profissão de enfermeiro”, frisa.
A angolana conheceu as instalações do campus I, como os laboratórios, dentre eles o Laboratório de Habilidades e Simulação (LHabSim), bem como o Hospital Regional (HR), um dos campos de estágio dos acadêmicos. “Não imaginava esse investimento em uma instituição privada. Estou registrando tudo para levar ao Iscisa”, afirma. Manuela é formada na Angola e pós-graduada pela Universidade de Lisboa.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste