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Animais atropelados correm risco de extinção

Estudo na Unoeste relata os perigos que os animais silvestres correm na rodovia SP 613; caça e pesca predatória elevam as perdas na fauna no Morro do Diabo


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Foto: Silvério Hosomi Animais atropelados correm risco de extinção
Instalação de parcelas de areia para a observação das pegadas dos animais que utilizam os túneis para atravessar a rodovia
Foto: Silvério Hosomi Animais atropelados correm risco de extinção
Veados-mateiros e os quatis tiveram maior índices de atropelamento no período sazonal do inverno
Foto: Silvério Hosomi Animais atropelados correm risco de extinção
Vinícius Rodrigues em recente apresentação do TCC na Faclepp


Em todo o país, é muito comum o trabalho conjunto entre a Polícia Militar Ambiental e biólogos na preservação de animais em extinção. Em Teodoro Sampaio, o policial ambiental Vinícius Alves Rodrigues, responsável pelo patrulhamento no Parque Estadual Morro do Diabo (PEMD), desenvolveu seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) com a temática “Levantamento de animais Silvestres atropelados na Rodovia SP 613 que corta o Parque Estadual Morro do Diabo – SP”.

“Espero que esse estudo sirva para a implantação de novos meios para evitar os atropelamentos e para a educação ambiental das futuras gerações”, destaca o acadêmico de Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências, Letras e Educação (Faclepp) da Unoeste.

Como policial ambiental, Rodrigues relata que as principais dificuldades em seu trabalho de patrulhamento são: falta de locais para socorro dos animais atropelados, que estão vivos ou machucados, além da falta de respeito dos motoristas com os animais silvestres, quando excedem a velocidade permitida na rodovia. O acadêmico propôs em seu trabalho, a implantação de radares, lombadas eletrônicas, ecodutos, passarelas ecológicas e melhores túneis para transposição de animais.

Para o professor mestre Silvério Takao Hosomi, orientador do TCC, o levantamento dos animais atropelados é de grande importância, pois serve para melhorar o direcionamento das políticas públicas envolvidas na gestão do Parque Estadual do Morro do Diabo, que é uma unidade de conservação.

Segundo o professor, contribui ainda para a obtenção de material biológico para fins de educação ambiental e/ou pesquisas envolvendo animais silvestres, que fazem parte da Lista Vermelha de Animais Ameaçados de Extinção. “O trabalho serviu também para avaliar as ações que tem por objetivo diminuir o índice de acidentes com animais silvestres na rodovia”, diz Hosomi.

Conforme o docente, que também é biólogo, esse assunto pode beneficiar toda a fauna do local. Hosomi explica que a rodovia SP-613 traz muitos impactos ambientais, entre eles a morte de animais ameaçados de extinção. Com o trabalho foi possível observar que a sinalização da rodovia, a atuação da Policia Militar Rodoviária e Ambiental e a existência dos túneis de passagem têm contribuído para amenizar o número de animais silvestres atropelados. “A metodologia utilizada permitiu determinar o trecho da rodovia onde os animais estão mais sujeitos a atropelamentos, o período do ano em que esse tipo de acidente mais ocorre e as espécies mais susceptíveis”, justifica o docente.

Como orientador do trabalho, Hosomi avalia que o aluno cumpriu de forma brilhante todos os objetivos propostos. Além de agregar conhecimentos da formação de policial ambiental ele soube empregar bem os conceitos científicos e acadêmicos aprendidos no curso de Ciências Biológicas.

Avaliação dos TCCs – Para o docente mestre Willyan de Lima Vieira, um dos responsáveis pela disciplina de TCC, o nível dos trabalhos é muito bom, pois o curso de bacharelado em Ciências Biológicas possui orientação nas mais diversas áreas, como Saúde, Botânica, Zoologia, Ecologia e outras. De acordo com Vieira, vários alunos acabam publicando seus trabalhos e dando continuidade na carreira acadêmica.

Para o docente, a disciplina é muito importante, pois coloca o aluno em um momento de discussão, reflexão e busca por conhecimento para responder as perguntas de seu estudo, e como produto final produzir mais conhecimento.

“Os TCCs abordam diversas áreas do conhecimento, que podem apresentar questões de conscientização, melhoramento de técnicas, propostas e soluções de problemas, beneficiando as pessoas nos aspectos sociais, da saúde e a obterem uma visão mais ampla do meio ambiente”, conclui Vieira.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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