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Potássio na soja não deve ultrapassar de 100 kg por hectare

Experimento constata ainda que na medida em que aumenta o potássio ocorre a redução de magnésio e boro


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Foto: João Paulo Barbosa Potássio na soja não deve ultrapassar de 100 kg por hectare
Silvério durante a defesa pública da dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Potássio na soja não deve ultrapassar de 100 kg por hectare
Banca avaliadora: doutores Moro, Tiritan e Paredes
Foto: João Paulo Barbosa Potássio na soja não deve ultrapassar de 100 kg por hectare
Silvério com os doutores Tiritan, Moro e Paredes


No decorrer do mestrado em Agronomia da Unoeste, experimento realizado por Ailton Donizete Silvério analisou o parcelamento de doses de potássio no rendimento da cultura da soja. Embora não tenha encontrado resultados significativos, foi possível constatar que as doses – no plantio e na cobertura – não devem ultrapassar de 100 kg por hectare. “Acima disso, passa a ser desperdício”, pontua. Constatação referendada em pesquisa bibliográfica. Outra verificação foi a de que na medida em que aumenta o potássio, ocorre a redução de magnésio e boro.

Silvério desenvolveu o experimento numa propriedade rural do município de Presidente Castello Branco, no noroeste do Paraná. Utilizou uma área de 1,2 mil m² e a semente do cultivar BMX potência RR de ciclo médio. Promoveu cinco tratamentos e sete repetições com intensidade de 18 sementes por metro linear (30% a mais do que o convencional) em dez linhas de 5 m com espaço de 45 cm. Fez o primeiro tratamento sem potássio, o segundo e o terceiro, respectivamente, com 30 e 60 no plantio e zero na cobertura. No quarto utilizou 60 no plantio e 30 na cobertura e no quinto, 60 e 60.

A baixa precipitação pluviométrica do período não permitiu resultado significativo diante das análises da inserção da primeira carga, peso das sementes e peso das parcelas, em função das doses empregadas. Houve a coleta de solo para análise química e granulométrica. Buscou-se a resposta da soja à adubação com cloreto de potássio aplicado em sulco por ocasião da semeadura e posteriormente em cobertura. Pretendia-se encontrar a dose de potássio agroeconomicamente viável, que justificasse a produtividade da soja levando em conta custo e benefício.

Um primeiro experimento resultou em frustração, sendo que com o plantio manual a semente ficou mais profunda do que deveria. No segundo plantio foi utilizada a mecanização, mas faltou chuva. “O bom desenvolvimento da soja é determinado por condições climáticas favoráveis: temperatura, precipitação e fotoperíodo, que é o maior tempo possível de luminosidade durante o dia. Por isso, essa é uma cultura de verão”, explicou Silvério durante a banca de defesa pública de sua dissertação, na tarde desta sexta-feira (21).

Na pesquisa de campo, entre outras medidas, foram aplicadas análises química e granulométrica, preparação do solo com a adubação conforme a necessidade, semeadura e adubação com fertilizantes, sulcos e distribuição de potássio, adubação de cobertura, diagnose foliar (coleta secagem e embalagem), beneficiamento de grãos (secagem adubação, pesagem, classificação e contagem) e tratamento estatístico e análise do resultado. A apresentação de Silvério foi pontuada por cada passo do experimento, com explicações detalhadas apontando para os acertos e os erros.

Silvério iniciou sua fala agradecendo a todos que contribuíram com seu experimento e manifestou gratidão também à Unoeste pelo acolhimento, através da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação e do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu de Mestrado e Doutorado em Agronomia. Ainda na fase preliminar, discorreu sobre o histórico da soja no Brasil, que foi trazida da China em 1908, produzida por imigrantes no ano de 1924 em Santa Rosa (RS) e que teve sua expansão a partir de 1975 após a cultura cafeeira ser dizimada pela geada. Atualmente o Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo.

Silvério recebeu a orientação do doutor Carlos Sérgio Titiran, que presidiu a banca de avaliação integrada pelos doutores Edemar Moro e Evaristo Atencio Paredes, convidado junto à Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ao final foi aprovado para receber o título de mestre em Agronomia. O ato público foi prestigiado por parentes e outros convidados do autor do experimento e da dissertação “Parcelamento de doses de potássio no rendimento da cultura da soja”, que representa mais uma contribuição, desenvolvida na Unoeste, para os estudos dessa leguminosa utilizada como alimento para humanos e animais.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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