Comando da Polícia Militar em Prudente amplia ação ambiental

Na sede do Comando de Policiamento de Área do Interior (CPI-8) é desenvolvido um projeto de responsabilidade ambiental, batizado como Batalhão Verde. Iniciado no ano passado, a partir de agora entra numa segunda fase que compreende melhor gerenciamento dos recicláveis e rejeitos. A solenidade de implantação da nova etapa ocorreu na manhã desta quinta-feira (5), com a apresentação da proposta por alunos e professores do curso de Engenharia Ambiental da Unoeste.

Há 47 anos, quando da construção do complexo que abriga os gestores da Polícia Militar em Presidente Prudente, já havia uma preocupação com questões do meio ambiente. Tanto é que as obras incluíram estação de tratamento de esgoto. Iniciativa rara e possivelmente pioneira na cidade, nos âmbitos das edificações públicas e privadas. Fato que chamou a atenção da professora Leila Maria Couto Esturaro Bizarro, ao obter a informação de seu marido que é militar.

Despertado o interesse, houve entendimento com a polícia para alunos conhecerem a estação; ocasião em que surgiu o entendimento de trabalho em parceria voltado a implementar as ações ambientais no complexo que também abriga o 18º Batalhão de Polícia Militar. A primeira fase do projeto, cadastrado na Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext), consistiu no mapeamento dos pontos de geração de lixo e o diagnóstico dos resíduos gerados.

Em 2012, estiveram envolvidos os alunos Vitor Roberto Fonseca de Melo e Lucas Prado Orosco, que hoje já são engenheiros ambientais. Em 2013, os envolvimentos são de Sanderson Marinelli Júnior e Wellington Rodrigo Kanashiro que, juntamente com as professoras Leila e Isabela Marega Rigolin, apresentaram a nova fase para cerca de 80 policiais que servem nas duas unidades. Levaram em conta os dados levantados anteriormente.

No complexo militar à margem da Rodovia Raposo Tavares, nas imediações da confluência com a rodovia Assis Chateaubriand, os resíduos gerados são distribuídos em 39,58% como materiais recicláveis, 32,39% de rejeitos, 24,32% de orgânico, e 3,7 de perigosos que ocorrem na oficina e também na cavalaria e canil, onde os dejetos animais apresentam componentes químicos originários da utilização de produtos veterinários.

O gerenciamento proposto pela engenharia ambiental compreende prevenção, minimização, reuso, reciclagem, recuperação e disposição; de tal forma que para cada uma das quatro classificações dos resíduos são recomendadas determinadas medidas. São levados em conta os mínimos detalhes, a exemplo da troca de copos descartáveis por garrafas e com isso a redução de descarte plástico. Para o orgânico já existia um encaminhamento correto, com a destinação a criadores de porcos.

Agora, as ações estão voltadas às reduções dos rejeitos e dos perigosos; e maior empenho nos recicláveis recolhidos pela Cooperlix, a cooperativa que emprega 59 trabalhadores. “Assim, além do aspecto ambiental, tem-se o lado socioeconômico com a contribuição na renda familiar dos recicladores”, disse a professora Leila durante a apresentação.

A Unoeste contribui com a educação ambiental dos militares e a expectativa é de que possam agir como multiplicadores em suas casas e nos seus bairros. O comandante do CPI-8, coronel Francisco Batista Leopoldo Júnior, agradeceu a parceria do curso de Engenharia Ambiental e disse que a polícia está empenha em cumprir seu papel na sociedade, “da qual também fazemos parte”, pontuou. A coordenação do trabalho de responsabilidade ambiental é confiada ao tenente Carlos Roberto Rodrigues, na condição de chefe de logística do CPI-8.